sábado, 13 de setembro de 2008

Massa busca a pole. Raikkonen e Hamilton, em 14º e 15º


Monza (Itália) - A chuva não deu trégua e a segunda fase de classificação para o GP de Monza de Fórmula 1 continuou complicada. Apesar das dificuldades, o brasileiro Felipe Massa fez o necessário e colocou sua Ferrari na disputa pela pole position para este domingo com o décimo tempo do Q2.

Já seus principais adversários ao título, o inglês Lewis Hamilton e o finlandês Kimi Raikkonen pararam no Q2 e largam, respectivamente em 15º e 14º no grid.

Pressionado, Hamilton tentou buscar a recuperação nas últimas voltas, chegou a rodar e por pouco não bateu. Raikkonen, que já tinha se complicado para passar ao Q2, não seguiu adiante.

Outro que também rodou no treino foi o polonês Robert Kubica, que igualmente ficou fora do quali final. A disputa pela ponta do grid terá, além de Massa, Sebastian Vettel, Heiki Kovalainen, Nico Rosberg, Jarno Trulli, Sebastian Bourdais, Mark Webber, Fernando Alonso, Timo Glock e Nikki Heidfeld.

Pararam no Q2, além de Kubica, Hamilton e Raikkonen, o italiano Giancarlo Fisichella e o escocês David Coulthard.

Raikkonen passa no sufoco pelo Q1


Monza (Itália) - Enquanto os dois líderes do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 trataram de garantir seus tempos o quanto antes na primeira etapa classificatória para o GP da Itália, neste sábado, o finladês Kimi Raikkonen passou no sufoco para o Q2. Felipe Massa e Lewis Hamilton seguiram sem complicações, enquanto Raikkonen ficou entre os piores.

Massa será o único representante nacional. Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet pararam ainda na Q1, disputada sob chuva forte. Na próxima etapa, apenas os dez mais rápidos seguirão para a etapa final.

Com chuva, Glock é o melhor no último treino livre


Monza (Itália) - Depois de uma sexta-feira marcada por muita chuva, o sábado não começou muito diferente em Monza. No último treino livre antes da classificação para o GP da Itália de Fórmula 1, os favoritos andaram sem forçar na pista e não fizeram grandes tempos.

A melhor marca ficou com o alemão Timo Glock, fazendo 1min35s464. O brasileiro Felipe Massa ficou a 1s799 na oitava colocação. O inglês Lewis Hamilton fez o último tempo com 10s861 de diferença. Confira os desempenhos no treino livre:

1º. Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min35s464
2º. Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso) - a 0s665
3º. Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 0s883
4º. Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a 1s222
5º. Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - a 1s242
6º. Nick Heidfeld (ALE/BMW) - a 1s508
7º. David Coulthard (ESC/Red Bull) - a 1s551
8º. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1s799
9º. Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 1s806
10º. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India) - a 1s821
11º. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 2s040
12º. Robert Kubica (POL/BMW) - a 2s207
13º. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 2s314
14º. Nelsinho Piquet (BRA/Renault) - a 2s369
15º. Jenson Button (ING/Honda) - a 2s418
16º. Rubens Barrichello (BRA/Honda) - a 3s225
17º. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso) - a 3s855
18º. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 5s700
19º. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 7s219
20º. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 10s861

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

FIA determina regra para evitar ultrapassagens "polêmicas"

F1

Tentando evitar confusões como a que fez com que Lewis Hamilton perdesse a vitória no GP da Bélgica, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou aos pilotos nesta quinta-feira uma regras para se tentar uma ultrapassagem sobre um rival depois de 'cortar' um chicane por fora da pista.

De acordo com o diretor de provas Charlie Whiting, que se encontrou com os pilotos no tradicional briefing, só quem for obrigado a cortar caminho por fora da pista deve esperar mais uma curva antes de atacar o oponente mais próximo, além de devolver a posição eventualmente conquistada.

"Assim, se terá a segurança de que não tirou vantagem", resumiu Whiting que, de acordo com Ron Dennis, chefe da McLaren, não viu nada de errado com a manobra de Hamilton sobre Kimi Raikkonen na antepenúltima volta da prova em Spa-Francorchamps.

Na ocasião, ele passou pela área de escape na Bus Stop, cedeu o primeiro lugar para o finlandês, mas o atacou na curva seguinte, ganhando o primeiro lugar.

“Imparcial”, Mosley dá sinais de que pode tentar reeleição

F1

Poucos meses depois de quase perder o cargo por conta de um escândalo sexual envolvendo prostitutas na Inglaterra, o presidente da Federação Internacional de Automolismo (FIA) mostra que o caso já é passado. Tanto que ele já até começa a dar sinais de que pode tentar se reeleger ao término de seu mandato, em outubro de 2009.

“Tenho que dizer que há muita pressão vinda de diferentes partes do mundo dizendo para eu continuar”, comentou o dirigente, após os treinos livres para o GP da Itália. “Vamos ver... Nunca diga nunca, já diz o velhor clichê. Mas, no momento, a minha intenção é ter uma vida mais calma”, despistou Mosley, que em 2009 completa 16 anos no cargo - recentemente, ele havia garantido que se aposentaria no ano que vem.

Responsável pelos negócios da Fórmula 1, Bernie Ecclestone acredita que o dirigente pode mesmo tentar permanecer no cargo. “O problema é que, se ele ficar até 2009, vai querer continuar. Tenho 100% de certeza sobre isso; não, tenho um milhão de porcento de certeza. Ele sente que ainda já trabalho importante a fazer na FIA. Mas, na minha opinião, não existe maneira de ele conseguir isso e ele deveria se aposentar durante a assembléioa geral da FIA, em novembro”, destacou.

Imparcialidade

Em entrevista à Reuters, Mosley negou que a decisão de punir Lewis Hamilton no GP da Bélgica tenha alguma relação com o fato de a McLaren ter enfrentado problemas com a FIA no ano passado, depois da descoberta de espionagem por parte da equipe inglesa contra a Ferrari.

“Qualquer sugestão de que há um complô contra alguma equipe ou piloto é completamente falsa. Isso é coisa de gente estúpida que não pensaram o caso (a ultrapassagem de Hamilton sobre Kimi Raikkonen, que gerou a punição) na posição daqueles que tiveram que tomar esta difícil decisão. Hamilton é muito talentoso e seria ótimo que ele vencesse o campeonato, mas isso não significa que vamos ajudá-lo. Aliás, ele não precisa disso”, afirmou.

FIA divulga data para julgamento de recurso da McLaren

F1

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta sexta-feira que o recurso da McLaren contra a punição imposta a Lewis Hamilton no último GP da Bélgica será realizado em 22 de setembro, ou seja, na segunda-feira antes do inédito GP de Cingapura.

O Tribunal Internacional de Apelações da entidade se encontrará em Paris para analisar os argumentos pró e contra a decisão dos comissários da disputa em acrescentar 25 segundos ao tempo final de Hamilton, que ultrapassou Kimi Raikkonen de modo considerado irregular.

Com isso, a vitória ficou com o brasileiro Felipe Massa, que desta forma diminuiu para apenas dois pontos a vantagem do inglês no Mundial de Pilotos (74 a 72). A decisão do tribunal, porém, é esperada apenas para a terça-feira, dia 23.

Na defesa de Lewis, a McLaren deve alegar que ele não levou vantagem no modo com o qual devolveu a posição a Raikkonen depois de cortá-lo por fora da pista na curva Bus Stop.

Alonso diz que esperava renovação de Kimi Raikkonen

F1

Apesar de ter visto uma porta para seu futuro fechada nesta sexta-feira, com a renovação de Kimi Raikkonen com a Ferrari até o final de 2010, o piloto espanhol Fernando Alonso não deu mostras de estar decepcionado. Pelo contrário: em entrevista concedida no autódromo de Monza, onde a Fórmula 1 realiza sua 14ª etapa em 2008 neste domingo, o bicampeão mundial disse que a prorrogação do acordo entre o finlandês e o time italiano “era questão de tempo”.

“Eu não sabia o que a equipe iria anunciar, porque não falei com eles, mas se comentava que a Ferrari poderia confirmar Kimi. Que ele ia renovar, era uma questão de tempo”, declarou o piloto da Renault, acrescentando que tinha conhecimento deste rumor há alguns meses - antes de o acordo entre Raikkonen e a Ferrari ser anunciado, especulava-se nos bastidores da categoria que Kimi poderia se aposentar em breve, abrindo vaga para Fernando no time em 2010. “Eu nunca negociei com eles. Apenas ouvi esta história na imprensa italiana”, emendou.

De acordo com Alonso, o anúncio desta sexta-feira não muda sua decisão sobre o futuro. “Era meio louco para mim quando se falava em 2010, 2011 e todas aquelas decisões. Ainda estamos no meio de 2008 e não posso ficar pensando daqui a dois anos. Quero voltar ao pódio e vencer corridas o quanto antes”, comentou.

Atualmente na Renault, o espanhol possui uma cláusula em seu contrato com a equipe francesa que prevê interrupção do acordo no final deste ano caso os resultados não sejam satisfatórios - com um quarto lugar como melhor resultado na temporada, ele não nega que está longe de se sentir plenamente satisfeito no timês francês.

“Isso não é um jogo de pôquer, onde você espera o quanto puder até não achar mais nada. Só preciso ter certeza das minhas possibilidades no próximo ano, inclusive com a Renault. Quais serão os objetivos? Quais serão os pontos fortes e fracos? Então, vou decidir assim que puder”, destacou o piloto, que tem uma excelente proposta da Honda, uma das equipes mais fracas da temporada.

“As mudanças do regulamento serão massivas e tudo pode acontecer. Honda, Red Bul, Toyota... todas podem vencer ano que vem. Como foi campeã dois anos atrás, acho que a Renault sabe como fazer um carro rápido”, brincou.

Pantano é pole e deixa Senna em situação ainda mais complicada

F1


Se já estava difícil antes de ir à pista, agora é que a situação ficou complicada para o brasileiro Bruno Senna. Precisando de um excelente resultado na rodada dupla da Fórmula GP2 em Monza para conquistar o título da temporada, ele foi apenas o 12º colocado no treino classificatório para a prova deste sábado. Para piorar, seu principal rival na briga pela taça, o italiano Giorgio Pantano, será o pole-position.

Graças ao resultado obtido na definição do grid, Pantano ganhou mais dois pontos e ampliou para 13 a vantagem com relação a Senna, segundo colocado na classificação geral - se vencer as duas corridas do final de semana fazendo a volta mais rápida em ambas as oportunidades, o brasileiro somará mais 18 pontos. Ou seja: além de fazer a sua parte, Bruno terá que torcer para Pantano não somar mais que cinco pontos nas disputas em que corre em casa.

A segunda colocação neste sábado ficará com um brasileiro, Lucas di Grassi, que mesmo sem ter disputado as seis primeiras corridas do ano, tem chances de ficar com o vice-campeonato. “Está difícil, sem dúvida. Para mim, o cenário ideal era que o Pantano e o Lucas di Grassi, que dividem a primeira fila, se enrosquem logo de cara. Ainda assim, mesmo que isso aconteça, terei um grande trabalho pela frente”, analisou Bruno Senna.

Para adiar a definição para a prova de domingo, Bruno precisa diminuir a diferença em relação ao italiano para no mínimo cinco pontos. “O carro não estava campeão hoje, mas também não era dos piores. Vamos ter de olhar a telemetria com a atenção para verificar porque nosso ritmo não foi tão bom”, comentou o decepcionado Bruno. “Deixei para arriscar mais no final. Na última volta, peguei o Michael Herck devagar e não pude melhorar meu tempo”, lamentou.

Piloto com a característica de largar agressivamente, Di Grassi prefere desconversar sobre qual tática irá adotar no início da disputa deste sábado. “O Pantano é muito experiente e conhece Monza melhor do que qualquer um de nós. Um duelo contra ele nesta pista não seria dos mais fáceis. Eu largo bem, mas ele também não é ingênuo a ponto de achar que vou ficar quietinho ali atrás”, afirmou.

Na rodada dupla anterior, realizada na Bélgica, Pantano foi excluído do evento justamente por tirar Di Grassi da primeira corrida daquele fim de semana, em um incidente que causou constrangimento na categoria. “Aquilo atrapalhou muito minha temporada, pois, de outra forma, talvez eu estivesse brigando pelo primeiro lugar e não pelo segundo. Mas é algo que já passou, e é melhor deixar para trás. Agora quero tentar o melhor resultado possível aqui em Monza”, garante o representante nacional.

Outros brasileiros na prova, Diego Nunes será o 17º do grid de largada, enquanto Alberto Válério sai em 20º lugar. Carlos Iaconelli, por sua vez, será o 25º e último colocado. A prova deste sábado começa às 11 horas (horário de Brasília).

1º. Giorgio Pantano (ITA/Racing Engineering), 1min31s220
2º. Lucas Di Grassi (BRA/Campos Team), a 0s019
3º. Sebastien Buemi (SUI/Team Arden), a 0s110
4º. Luca Filippi (ITA/ Team Arden), a 0s220
5º. Vitaly Petrov (RUS/Campos Team), a 0s307
6º. Pastor Maldonado (VEN/Piquet Sports), a 0s326
7º. Andreas Zuber (AUT/ Piquet Sports), a 0s443
8º. Roldan Rodrigues (ESP/FMSI), a 0s488
9º. Javier Villa (ESP/Racing Engineering), a0s577
10º. Karun Chandhok (IND/iSport), 0s590
11º. Romain Grosjean (FRA/ART Grand Prix), 0s729
12º. Bruno Senna (BRA/iSport), 0s744
13º. Davide Valsecchi (ITA/Durango), a 0s870
14º. Sakan Yamamoto (JAP/ART Grand Prix), a 0s872
15º. Andy Soucek (ESP/ Super Nova), a 0s945
16º. Mike Conway (ING/Trident), a 1s009
17º. Diego Nunes (BRA/DPR), a 1s016
18º. Kamui Kobayashi (JAP/DAMS), a 1s141
19º. Jerome D'Ambrosio (BEL/DAMS), a 1s283
20º. Alberto ValÉrio (BRA/Durango), a 1s330
21º. Alvaro Parente (POR/Super Nova), a 1s384
22º. Marko Asmer (EST/FMSI), a 1s588
23º. Ho-Pin Tung (CHN/Trident), a 1s597
24º. Michael Herck (ROM/ DPR), a 1s801
25º. Carlos Iaconelli (BRA/BCN), a 2s044

Insatisfeito com treinos, Massa celebra renovação de Kimi

F1

Como não andou entre os primeiros colocados dos treinos livres que abriram oficialmente os preparativos para o Grande Prêmio da Itália, Felipe Massa teve mais destaque nesta sexta-feira ao avaliar de forma bastante positiva a renovação do contrato de Kimi Raikkonen com a Ferrari do que ao comentar sobre o seu próprio desempenho na pista.

Massa, que já tinha contrato com a escuderia italiana até o fim de 2010, viu ser anunciado nesta sexta que sua parceria com Raikkonen continuará no mínimo por mais duas temporadas, uma vez que o finlandês renovou o seu vínculo que se encerrava no ano que vem.

Na análise da notícia, o brasileiro se mostrou bastante satisfeito. “Estou feliz por Kimi ter estendido o seu vínculo. Temos um bom relacionamento e sabemos trabalhar juntos, então é bacana e interessante que continue assim e é importante para a equipe ter estabilidade.”.

Por outro lado, ao falar sobre o primeiro dia de treinos livres em Monza, o qual acabou como o sexto melhor piloto, o atual vice-líder do Mundial de Pilotos já não mostrava a mesma felicidade. “Não estou 100% contente com o modo como as coisas ocorreram hoje (sexta-feira). Tive alguns problemas para ter aderência e o acerto ideal nas primeiras voltas rápidas com o pneu, que são as mais importantes. Assim, fiquei um pouco atrás”.

De qualquer forma, Massa comemorou, ao contrário do que se podia imaginar, o fato de o teste inicial na Itália ter sido realizado sob forte chuva, o que fez com que ele pudesse testar o desempenho do F2008 nessas condições. “No molhado, estava muito bom. Consegui logo de cara, com um carro até bastante pesado, fazer um bom tempo (foi o 14º colocado pela manhã)”.

Barrichello aprova 'mudanças dramáticas' no carro da Honda

F1

Um Rubens Barrichello feliz como há algumas semanas não se via foi o que pôde ser observado no paddock da Honda nesta sexta-feira. Satisfeito após o primeiro dia de treinos livres para o Grande Prêmio da Itália, o qual acabou como o 14º piloto mais veloz, o brasileiro garantiu ter valido a pena as “mudanças dramáticas” realizadas no carro japonês depois do fracasso na Bélgica, no último fim de semana.

Depois de criticar bastante o desempenho da Honda em Spa, onde freqüentou os últimos lugares em se tratando de volta lançada e abandonou a corrida de forma melancólica, recolhendo o seu carro aos boxes após perder a sexta marcha, Barrichello vibrou com o rendimento mostrado nesta sexta – abrindo os seus trabalhos em Monza, ele aproveitou a chuva para marcar o segundo melhor tempo da primeira sessão de testes, caindo para o 14º lugar com a pista seca no treinamento da tarde (horário local).

“Nós mudamos dramaticamente o carro desde os testes para Monza, já que simplesmente não éramos competitivos até então”, disse, referindo-se ainda ao mau rendimento há cerca de 15 dias em treinos coletivos realizados em Jerez de la Frontera, que serviram como preparação para o GP italiano. “Foi bom ver que o carro teve uma reação diferente à pista. Posso sentir que o equilíbrio melhorou”.

Entretanto, o fato de estar satisfeito com as alterações realizadas não faz Rubinho deixar de ser cauteloso quando perguntado sobre suas pretensões para o qualificatório do próximo sábado e para a prova a ser disputada no domingo. “Não temos como saber muito sobre o nível de performance já que as condições da pista não eram as ideais. Então depende do que os nossos oponentes fizerem, mas precisamos continuar a analisar nossos dados para planejar com cuidado nosso enfoque para o qualifying”.

Raikkonen: 'Aposentadoria nunca foi uma opção'

F1
A opção que Kimi Raikkonen tinha em mãos de se aposentar da Fórmula 1 no fim de 2009 nunca passou de especulação da imprensa. Quem garante é o próprio finlandês, que nesta sexta-feira teve dois motivos para sorrir em uma temporada que não vem sendo das melhores: no dia que marcou o anúncio de que ficará na Ferrari pelo menos até 2010, o piloto marcou o melhor tempo na abertura dos treinos livres para o Grande Prêmio da Itália.

Apesar de ter apenas 28 anos, Raikkonen nunca negou que não pretende permanecer na Fórmula 1 por tanto tempo para fazer história como, por exemplo, Michael Schumacher, sendo que sua conhecida paixão pelos ralis sempre fez surgir o boato de que ele poderia deixar a categoria já ao fim de seu antigo vínculo com a Ferrari, no ano que vem.

Entretanto, o finlandês provou que está realmente motivado para voltar a vencer o título da elite do automobilismo mundial nesta sexta-feira, anunciando que terá no mínimo mais duas temporadas na equipe italiana. “Eu nunca disse que a aposentadoria era uma opção. Isso é tudo coisa de vocês”, disse ele, referindo-se aos repórteres que o entrevistaram logo após o fim dos trabalhos no circuito de Monza.

“De qualquer modo eu sempre tive contrato para o próximo ano. Eu ainda gosto disso (da Fórmula 1)”, completou Raikkonen, garantindo que não foi difícil optar pelo prolongamento de seu vínculo com a Scuderia. “Nós podíamos ter esperado até mais, mas houve uma solução com o time e todos estão felizes”.

Perguntado sobre o momento em que a divulgação da notícia aparece, com o finlandês ocupando apenas o quarto lugar do Mundial de Pilotos, ele afirmou que isso não influenciará as cinco corridas que faltam para o encerramento da temporada. “É claro que às vezes não é fácil viver uma fase difícil, mas isso não quer dizer que eu não esteja motivado. Nunca estive preocupado com isso. Foi uma decisão minha e nada muda para o futuro – ainda tentarei fazer o melhor possível”.

De qualquer forma, Raikkonen não negou que foi importante poder comemorar a renovação de seu contrato com a liderança dos treinos em Monza, o que mostra o bom rendimento da Ferrari. “Nós começamos como queríamos e tomara que possamos ter um bom resultado. Hoje (sexta) pareceu que estivemos mais rápidos que as McLaren e estou feliz”.

Hayden confirma saída da Repsol Honda

F1
O fim da parceria entre Repsol Honda e Nicky Hayden, que já vinha se desenhando nos últimos dias, realmente se confirmou. Em entrevista concedida às vésperas do Grande Prêmio dos Estados Unidos de Moto GP, o piloto norte-americano anunciou que deixará a equipe na próxima temporada – seu provável destino, ainda que careça de confirmação oficial, é a Ducati.

Piloto conhecido por seu relacionamento difícil, Hayden esteve na hierarquia da Honda desde que estreou na elite do motociclismo mundial, em 2003. Apesar de ter chegado ao ponto alto da carreira há dois anos, quando conquistou o título mundial, o piloto de Kentucky apresentou grande queda de rendimento, sendo que a falta de bons resultados na atual temporada (é apenas o 11º colocado do campeonato), somada ao relacionamento ruim com o companheiro Dani Pedrosa, tornaram-se a sua situação na equipe japonesa insustentável.

“Este é o tempo de mudar e tentar algo diferente”, afirmou o norte-americano, que confirmou em Indiana, onde ocorre a próxima etapa da Moto GP, os indícios que já havia dado em entrevista à publicação italiana Motosprint. “Eu tenho uma longa história na Honda e é claro que as coisas ficaram feias ultimamente, mas nós tivemos boas corridas juntos e vencemos campeonatos”, emendou, em referência a títulos que ganhou no motociclismo dos EUA, como o da Superbike local.

Mais uma vez, Hayden também não perdeu a chance de criticar o modo como sua escuderia acatou a mudança de pneus proposta por Pedrosa, que trocou os compostos Michelin pelos Bridgestone com a temporada em andamento. “Trata-se de um assunto muito delicado. Eu fiquei bastante chocado, nem me perguntaram sobre isso, eu só ouvi algo nas ruas. Não pude acreditar quando fiquei sabendo, como todos”.

Perguntado sobre qual será a equipe que defenderá em 2009, o norte-americano não quis confirmar a transferência para a Ducati, que terá um lugar vago com a saída de Marco Melandri, mas deixou no ar que é realmente isso que deve acontecer. “Não é segredo – todos sabem onde será a minha próxima parada. É uma grande mudança para mim e não vejo a hora de começar”.

Com pista seca, Raikkonen lidera grupo de favoritos em Monza

F1

A chuva que marcou a abertura dos treinos livres para o Grande Prêmio da Itália desapareceu na segunda sessão de testes, e esse panorama fez com que as melhores equipes da Fórmula 1 voltassem a reinar. Com o tempo de 1min23s861, o melhor desta sexta-feira, Kimi Raikkonen figurou na liderança, superando o bom desempenho dos pilotos da BMW Robert Kubica e Nick Heidfeld.

Ao contrário do que aconteceu na parte da manhã em Monza, quando um forte temporal colocou a Force India de Adrian Sutil na primeira posição, os treinos desta tarde (horário local), que começaram com a pista ainda úmida, apresentaram resultados bem mais esperados conforme as condições do traçado foram melhorando.

Desse modo, os principais carros estiveram na frente, com destaque para Kimi Raikkonen, que celebrou a renovação de seu contrato até 2010, divulgada pela Ferrari somente nesta sexta, sendo o mais rápido do primeiro dia de testes visando à prova italiana.

O finlandês conseguiu cravar 1min23s861 quando faltavam somente quatro minutos para o fim da 1h30 prevista para a realização de testes, superando por mínguos 0s070 o tempo com o qual Kubica havia dominado grande parte dos preparativos. De qualquer forma, os treinos iniciais em Monza mostraram uma melhora por parte da BMW, que teve ainda Heifeld na terceira posição.

Líderes do Mundial de Pilotos, Lewis Hamilton e Felipe Massa tiveram um desempenho apenas regular na segunda sessão. Dono da marca de 1min23s983, o inglês da McLaren ocupou a quarta colocação, enquanto o brasileiro foi o piloto de ponta com o pior desempenho: seu 1min24s247 o colocou na sexta colocação, atrás ainda da Williams do alemão Nico Rosberg.

Apesar de ter assustado a todos nos instantes finais do treino com uma volta que poderia lhe colocar na ponta dos trabalhos, Heikki Kovalainen perdeu rendimento na terceira parte de seu giro e não passou de um sétimo lugar.

Entre as demais equipes da categoria, o ponto negativo ficou com a Renault, que esteve longe de mostrar o rendimento que vem colocando seus dois pilotos nas superpoles dos últimos qualificatórios. Ao marcar 1min25s481, o espanhol Fernando Alonso foi apenas o 18º mais veloz, enquanto o brasileiro Nelsinho Piquet acabou como o 20º.

A Honda, por sua vez, não esteve tão mal. Segundo colocado nos treinos pela manhã, Rubens Barrichello freqüentou a rabeira da classificação em boa parte dos trabalhos, mas encerrou com o 14º posto, um à frente do inglês Jenson Button.

Confira o resultado do segundo treino livre para o Grande Prêmio da Itália:

1º. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari): 1min23s861
2º. Robert Kubica (POL/BMW): 1min23s931
3º. Nick Heidfeld (ALE/BMW): 1min23s947
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min23s983
5º. Nico Rosberg (ALE/Williams): 1min24s110
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min24s247
7º. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren): 1min24s365
8º. Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min24s521
9º. Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min24s669
10º. Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso): 1min24s773
11º. David Coulthard (ESC/Red Bull): 1min25s100
12º. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso): 1min25s192
13º. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India): 1min25s192
14º. Rubens Barrichello (BRA/Honda): 1min25s296
15º. Jenson Button (ING/Honda): 1min25s309
16º. Kazuki Nakajima (JAP/Williams): 1min25s330
17º. Timo Glock (ALE/Toyota): 1min25s397
18º. Fernando Alonso (ESP/Renault): 1min25s481
19º. Jarno Trulli (ITA/Toyota): 1min25s753
20º. Nelsinho Piquet (BRA/Renault): 1min26s195

Ferrari frustra Alonso e renova com Raikkonen até 2010

F1

Se Fernando Alonso esperava realmente defender a Ferrari a partir da temporada 2010 da Fórmula 1, seus planos foram frustrados nesta sexta-feira. Através de uma nota publicada em seu site oficial, a escuderia italiana anunciou a renovação de contrato de Kimi Raikkonen, que se encerrava em 2009, por mais um ano, diminuindo as chances de se ver, pelo menos em um futuro próximo, o espanhol no carro vermelho.

A divulgação do prolongamento do vínculo de Raikkonen vem justamente no pior momento desde que o finlandês chegou à escuderia, em 2007, quando já conquistou o título mundial. Atualmente sem vencer há 11 corridas, sendo que abandonou as duas últimas etapas, o piloto vê-se pressionado pela imprensa italiana a se tornar uma espécie de escudeiro de Felipe Massa.

Vivendo um grande momento ou não, o fato é que Raikkonen está garantido na Ferrari ao menos até o fim de 2010, mesma época em que se encerrará o contrato do brasileiro. Ao garantir sua dupla de pilotos titulares por mais uma temporada, a equipe ainda abafa as especulações que davam conta de uma aposentadoria precoce do finlandês e afasta a possibilidade de Alonso vestir vermelho daqui a dois anos.

Assim, crescem as possibilidades de o bicampeão mundial da categoria assinar realmente com a BMW, em hipótese levantada pela emissora de televisão italiana Sky Sports nos últimos dias. Anteriormente, o piloto atualmente na Renault esperava ter compromisso com uma escuderia, seja a francesa ou a alemã, por apenas mais um ano de olho na vaga que sobraria na Ferrari, mas terá de mudar os seus planos.

Com chuva, Sutil faz melhor tempo e Rubinho é segundo no treino em Monza

F1

Nunca antes na história da Fórmula 1 uma Force India esteve em uma posição tão boa ao fim de um treino livre. Na abertura dos preparativos para o Grande Prêmio da Itália, na manhã desta sexta-feira, muitos pilotos nem sequer foram à pista devido ao temporal que caiu sobre a cidade de Monza, e o alemão Adrian Sutil aproveitou as condições desfavoráveis para cravar o melhor tempo, logo à frente das também surpresas Rubens Barrichello e Giancarlo Fisichella.

Como o traçado italiano esteve extremamente molhado, especialmente a partir da segunda meia hora do treinamento, quem se beneficiaram foram os carros da Force India, que completaram giros logo no início dos trabalhos, aproveitando a pista ainda apenas úmida.

Nesse contexto, Sutil anotou 1min32s842 para ficar bem à frente dos favoritos, sendo que muitos deles preferiram nem trabalhar quando a chuva forte apareceu. Dono da terceira colocação com 1min33s695, Fisichella só não completou uma dobradinha da escuderia indiana em virtude de Barrichello, que levou à Honda ao segundo posto (1min33s428) ao se aventurar também em um momento no qual o traçado estava menos prejudicado.

Primeiro representante de uma das quatro melhores equipes do campeonato a aparecer nesta sexta, o alemão Timo Glock, da Toyota, abriu os preparativos em Monza com o quarto lugar, porém, conforme o explicado, esteve longe de alcançar a marca dos líderes: 1min36s800. Sempre rápido em voltas lançadas, o também germânico Nico Rosberg, a bordo da Williams, anotou o quinto posto, à frente da Renault de Fernando Alonso e da Toro Rosso de Sebastien Bourdais.

Entre os principais nomes da temporada 2008, o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi o melhor, anotando o nono posto com o tempo de 1min37s392, praticamente três segundos mais veloz que o brasileiro Felipe Massa, dono do 14º lugar. Companheiro de Alonso na Renault, Nelsinho Piquet ficou cinco posições atrás do espanhol, fechando a manhã como o 11º colocado.

Dos 20 pilotos da categoria, os dois titulares da McLaren, Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen, e Robert Kubica (BMW) e Mark Webber (Red Bull) não se arriscaram e se limitaram a realizar voltas de instalação, enquanto o japonês Kazuki Nakajima, falhou na tentativa de se segurar na pista e protagonizou o maior susto do treinamento, perdendo o controle de sua Williams, em acidente que não lhe trouxe grandes conseqüências.

Confira o resultado do primeiro treino livre para o Grande Prêmio da Itália:

1º. Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min32s842
2º. Rubens Barrichello (BRA/Honda): 1min33s428
3º. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India): 1min33s695
4º. Timo Glock (ALE/Toyota): 1min36s800
5º. Nico Rosberg (ALE/Williams): 1min36s900
6º. Fernando Alonso (ESP/Renault): 1min36s965
7º. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso): 1min37s142
8º. Jarno Trulli (ITA/Toyota): 1min37s214
9º. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari): 1min37s392
10º. Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso): 1min37s754
11º. Nelsinho Piquet (BRA/Renault): 1min38s057
12º. David Coulthard (ESC/Red Bull): 1min38s303
13º. Jenson Button (ING/Honda): 1min39s062
14º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min40s233
15º. Nick Heidfeld (ALE/BMW): sem tempo
16º. Kazuki Nakajima (JAP/Williams): sem tempo
17º. Robert Kubica (POL/BMW): sem tempo
18º. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren): sem tempo
19º. Mark Webber (AUS/Red Bull): sem tempo
20º. Lewis Hamilton (ING/McLaren): sem tempo

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Em Monza, Massa se sente tão em casa quanto no Brasil

F1

Como piloto da Ferrari e brasileiro, Felipe Massa teria sempre de apontar duas etapas presentes no calendário da fórmula 1 como especiais: a da Itália e a do Brasil. O que poucos poderiam saber, no entanto, é que o atual vice-líder do Campeonato Mundial da Fórmula 1 considera-se tão em casa em Monza quanto em Interlagos, aguardando com ansiedade o reencontro com os torcedores italianos, marcado para o próximo fim de semana.

Segundo afirmou Massa ao diário italiano La Gazzetta dello Sport, o fato de ele viver em 2008 sua terceira temporada como piloto da Ferrari, além de ter sido testador da escuderia em 2003, coloca-o em uma posição de conhecer a relação dos ferraristas com o país europeu como ninguém, sabendo da importância de colecionar um bom resultado em Monza.

“Eu sei o que quer dizer a Ferrari, é uma religião e faz parte de todas as pessoas que vivem os seus bastidores”, explicou o brasileiro, antes de falar sobre o quanto a torcida a favor pode influenciar o resultado do Grande Prêmio da Itália. “Quanto melhores forem os resultados, terei mais fãs. Será uma corrida com muito apoio, e isso me dá mais motivação. Quando vou ao Brasil também há um feeling diverso e isso é sempre positivo”.

Apesar de se mostrar muito animado com a chegada da oportunidade de correr novamente em Monza, Massa terá um tabu a quebrar se quiser brilhar neste domingo: em cinco tentativas, jamais passou de um nono lugar em solo italiano, sendo que no ano passado cteve de lidar com um desagradável abandono.

Para ignorar o retrospecto negativo, o brasileiro conta com os testes coletivos realizados pela Ferrari há duas semanas, no circuito de Jerez de la Frontera. “É uma pista completamente diversa das outros no que toca à parte aerodinâmica. Temos um pacote Monza, que já foi testado para que possamos ter um carro competitivo. Tomara que tenhamos encontrado o acerto correto”.

Azarão, Kubica surpreende e diz que ainda pensa no título

F1

Embora costumasse descartar o seu nome da lista dos candidatos ao título mesmo quando liderou o Mundial de Pilotos da Fórmula 1, em junho passado, o polonês Robert Kubica agora mudou de opinião e, ignorando o fato de estar a 18 pontos do novo líder da classificação Lewis Hamilton, surpreendeu ao afirmar que “ainda está lutando” para ser campeão.

Atualmente longe de viver a melhor fase na temporada 2008, como quando conseguiu, no Canadá, a primeira vitória da história da BMW na categoria, Kubica subiu ao pódio em apenas uma das seis últimas etapas disputadas. Entretanto, a seqüência irregular que o fez cair na tabela do campeonato não abala o polonês, que segue sonhando com o título inédito.

“Para mim eu ainda estou pensando em tentar o melhor e lutar pelo campeonato”, afirmou de forma surpreendente Kubica, em conferência de imprensa realizada às vésperas do Grande Prêmio da Itália, marcado para o próximo domingo. “Tenho que aproveitar as minhas oportunidades como quando Kimi (Raikkonen) esteve fora, porque sem problemas de Ferrari e McLaren é difícil batê-los”, emendou, referindo-se aos dois abandonos seguidos conhecidos pelo finlandês.

Para aumentar ainda mais a polêmica, o polonês deu indícios de que, por outro lado, o foco da BMW tem sido o Campeonato de Construtores, no qual a equipe ocupa a terceira posição, e não a disputa entre os pilotos, gerando discórdia.

“É claro que se eu marcar oito pontos eles vão para o time e para a minha conta, mas talvez a prioridade ultimamente da equipe tem sido um pouco diferente da minha”, afirmou Kubica, que já havia criticado a BMW na Bélgica por ter dispensado a maior parte de sua atenção a Nick Heidfeld. “Provavelmente eu seja o único louco ou estúpido que ainda pense em lutar pelo título nesta temporada, mas enquanto houver uma chance tenho de tentar – e espero também pense assim”.

Para diretor da Renault, punição a Hamilton tira emoção da F-1

F1

Passados quatro dias desde a realização do Grande Prêmio da Bélgica, o diretor de engenharia da Renault Pat Symonds fugiu do comum ao comentar a polêmica punição recebida por Lewis Hamilton para suscitar uma outra discussão: a possibilidade de a decisão dos comissários de Spa-Francorchamps diminuir as tentativas de ultrapassagens na Fórmula 1.

Conforme as palavras de Symonds, a emoção, que já tem estado longe das pistas da categoria nos últimos tempos, pode ficar ainda mais prejudicada no momento em que Hamilton foi penalizado em 25 segundos após superar Kimi Raikkonen por meio de uma manobra controvertida – cortou a chicane da curva Bus Stop antes de devolver a posição e conseguir retomá-la nos metros seguintes.

“O caso levanta questões interessantes, e não estou falando sobre ‘estará a Fia ao lado da Ferrari’. Temos de acreditar que os comissários sejam imparciais, caso contrário o esporte não pode existir”, declarou o dirigente da Renault, descartando comentar sobre teorias conspiratórias contra a McLaren que ganharam vida desde o último domingo.

Partindo mais diretamente ao seu ponto de discussão, Symonds comentou que a definição pode acabar com a expectativa tida pelos espectadores de ver ultrapassagens. “Acho que se trata de uma questão de filosofia, porque todos estão dizendo que a Fórmula 1 precisa de mais ultrapassagens. Precisamos de mais agitação e personalidades, e me parece que esse caso parece agir contra isso”.

Desse modo, o mandatário se mostrou totalmente favorável ao modo como Hamilton agiu na reta dos boxes de Spa. “Foi uma manobra perfeitamente legítima, e isso é corrida, é isso que queremos. Tivemos uma ótima corrida com todos realmente se desafiando e isso aconteceu para quê? Se depois mudam o resultado, por que os pilotos tomarão um risco como aquele?”.

Ainda 'incrédulo', Hamilton nega sentimento de revanche em Monza

F1

Embora ainda faça questão de exibir sua insatisfação quanto à penalização que lhe tirou a vitória no Grande Prêmio da Bélgica, Lewis Hamilton está disposto a não deixar a polêmica decisão dos comissários influenciar o seu desempenho na Itália. Nesse contexto, o inglês descarta qualquer tipo de revanche com a Ferrari, possibilidade levantada porque a próxima etapa da Fórmula 1 será disputado na casa da Scuderia, em Monza.

Mesmo que tenha visto a vitória e uma vantagem mais confortável na liderança do Mundial de Pilotos escapar por seus dedos já depois da realização da prova belga, Hamilton prefere ressaltar o bom desempenho mostrado no último fim de semana, lembrando ainda que permanece na ponta da classificação.

“É claro que eu saí do circuito (de Spa) um pouco incrédulo, mas isto é automobilismo e essas coisas acontecem às vezes”, disse ele em conferência de imprensa realizada em Monza, palco da corrida do próximo domingo. “Tenho a impressão de que seja sempre um sonho para um piloto vencer em Spa, ainda mais em condições magníficas, então estou muito animado e satisfeito com o trabalho e ainda tenho dois pontos de frente na tabela”.

Ainda falando sobre a polêmica ultrapassagem sobre Kimi Raikkonen, Hamilton garante que a punição não afetará o seu modo de correr na Itália. “Quero ter a certeza de que isso não me afetará”, afirmou, garantindo que não existe clima de vingança na casa da Ferrari. “Nunca senti que há uma necessidade de revanche. O fato é que estamos tendo uma temporada de grandes batalhas com as Ferrari, o que é um prazer”.

Desse modo, o inglês assegura que o receio de receber outra punição não o impedirá de seguir com uma postura agressiva. “Precisamos continuar atacando e com um rendimento como o das últimas duas provas. E, sabendo que temos um pacote que nos deixa muito confiantes, podemos usá-lo como nosso combustível para mantermos um ritmo forte”.

domingo, 7 de setembro de 2008

Hamilton é penalizado e Massa "herda" vitória

GP DA BÉLGICA

Em final emocionante, Kimi bate e Hamilton vence na Bélgica

Spa (Bélgica) - O GP da Bélgica tinha tudo para ser perfeito para Kimi Raikkonen: com uma bela largada, onde também pôde contar com erros de Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen e Felipe Massa, o finlandês assumiu a ponta na primeira volta. Depois, liderou até a antepenúltima passagem, quando começou a chover. Com um desempenho pior que Lewis Hamilton, ele foi ultrapassado pelo inglês. Chegou a dar o troco, mas rodou na pista e perdeu a liderança novamente. Em seguida, bateu no muro e foi obrigado a abandonar a prova.

Líder do Mundial, Hamilton então se esforçou ao máximo para segurar o carro com pneus para pista seca em um asfalto totalmente molhado. Apesar de o carro ficar dançando na pista, o vice-campeão de 2007 conseguiu conduzir o carro até a linha de chegada e conquistou sua quinta vitória na temporada. Também sob grande tensão, Felipe Massa herdou a segunda colocação e, agora com 15 pontos a mais que o rival na classificação final, deve ter prioridade na escuderia italiana até o final do ano.

A chuva no final provocou um verdadeiro show de ultrapassagens nas últimas voltas da pista de Spa-Francorchamps, e Nick Heidfeld, com pneus de chuva, ainda abocanhou um lugar no pódio, mantendo sobrevida na BMW Sauber depois de uma temporada onde rendeu abaixo do esperado. O quarto lugar ficou com Fernando Alonso, que foi seguido por Sebastian Vettel, Robert Kubica, Sebastien Bourdais e Timo Glock.

Com fama de azarado até a conquista do título na última corrida da temporada 2007, Raikkonen parece estar sofrendo com a falta de sorte novamente. Já considerando-se a disputa na Bélgica, ele agora está há nove corridas sem pisar no ponto mais alto do pódio. Além disto, perdeu a chance de conquistar sua quarta vitória seguida em Spa.
Massa, por sua vez, foi 'recompensado' depois de ver seu motor estourar no final do GP da Hungria, o qual liderava tranquilamente.

Apenas três voltas antes do encerramento da prova, ele via Kimi se aproximar perigosamente na tabela, além de acompanhar Hamilton aumentar a vantagem na liderança do Mundial. Mas uma chuva pode ter mudado a história da temporada.

Kimi, na verdade, já estava perdendo rendimento desde o segundo pit stop, quando foi obrigado a colocar pneus duros. Mesmo assim, conseguia se manter à frente de Hamilton, que por vezes passou a impressão de não querer arriscar uma ultrapassagem e, consequentemente, sofrer uma batida. Mas aí a garoa apareceu e o finlandês perdeu a ponta. Em seguida, a água apertou e ele não conseguiu controle do carro, culminando em uma batida na penúltima passagem.

Hamilton ainda deu um susto na McLaren ao balançar perigosamente seu monoposto na Eau Roge, mas evitou o acidente e, no sufoco, manteve a ponta, enquanto os pilotos que estava atrás dele e de Massa se aproximavam devido à decisão de entrar nos boxes no final da disputa. Só para se ter uma idéia, a última volta do inglês e do brasileiro foram resectivamente de 2min36s187 e 2min45s209, enquanto Heidfeld conseguiu 2min01s305. A melhor passagem da prova foi de Raikkonen, que conseguiu 1min47s930 na volta 24.

Outros brasileiros na Fórmula 1, Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello abandonaram a disputa e não somaram pontos na Bélgica.

A corrida
Os primeiros segundos do GP da Bélgica foram marcados por uma grande confusão no meio do grid, com diversos carros escapando na primeira curva. Terceiro colocado na largada, Heikki Kovalainen, da McLaren, teve um início desastroso e caiu para o 11º lugar.

Melhor então para Kimi Raikkonen que, desta forma, pouco precisou se esforçar para ganhar uma posição. Na sequência, Felipe Massa perdeu tração na famosa Eau Roge e o atual campeão mundial pôde deixar o brasileiro para trás.

Vislumbrando sua grande chance de não ser escudeiro de Massa até o final da temporada, Raikkonen passou a atacar o pole Lewis Hamilton e, mais uma vez, contou com a ajuda do rival: ao rodar sozinho na La Source, o inglês deixou o caminho livre para o ferrarista assumir a liderança na prova.

Em busca de mais um bom resultado, o brasileiro Nelsinho Piquet também começou com um excepcional desempenho, pulando do 12º para o sétimo lugar na primeira volta. O novato, porém, não conseguiu manter o forte ritmo e foi perdendo as posições pouco a pouco até abandonar ao perder o controle do carro na chicane Fagnes e bater na barreira de pneus na volta 15.

O piloto havia optado por largar de pneus duros, com menos aderência e maior durabilidade. Além disto, ele iria seguir uma estratégia com apenas uma parada, ao contrário dos líderes, que preferiram parar cedo: Hamilton, por exemplo, foi para os boxes na 11ª passagem, uma antes de Raikkonen, que manteve a ponta.

Pouco antes, Kovalainen havia sido punido pela direção de prova com um drive-through: tentando retomar as posições perdidas na largada, ele se mostrou extremamento agressivo na pista e, ao tentar ultrapassar Mark Webber na briga pelo sexto lugar, fez o australiano rodar na pista. Após cumprir a punição, o piloto da McLaren caiu para o 14º lugar e arruinou qualquer chance de lutar pelo pódio.

Por sua vez, Rubens Barrichello se esforçava para se manter na pista com o péssimo carro da Honda. Entretanto, ao disputar posição com o italiano Jarno Trulli, ele perdeu a sexta marcha do carro e, para evitar uma quebra no câmbio em uma corrida na qual ele dificilmente chegaria à zona de pontuação, preferiu recolher o carro aos boxes na volta 21.

Quatro voltas mais tarde, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton fizeram a segunda parada. Apesar de a vantagem do finlandês ter caído um pouco, ele se manteve na ponta assim que Massa também fez sua parada.

Apesar de nenhum grande acontecimento ter ocorrido, a perna final do GP da Bélgica foi marcada por grande tensão, especialmente por dois motivos: primeiramente, havia boas possibilidades de a chuva aparecer até a bandeirada final. Além disto, o carro de Hamilton passou a render um pouco mais que Raikkonen.

Kimi, entretanto, conseguia se manter na ponta com relativa tranquilidade até que, com o carro mais leve, Hamilton se aproximou perigosamente e passou a pressioná-lo. Por alguns momentos, porém, o inglês passou a impressão de que não arriscaria a ultrapassagem até que uma garoa começou a cair e ele tomou a ponta do finlandês com uma bela ultrapassagem.

Valente, Raikkonen deu o troco pouco depois, mas a essa altura a chuva já estava bem mais forte e ele rodou logo na sequência. Ainda assim, Kimi manteve o segundo lugar, mas poucos metros depois perdeu o controle do carro novamente e, na reta, não conseguiu evitar uma colisão com o muro.

Segundo colocado, Massa teve que guiar nas duas últimas voltas com grande cuidado, jpa que assim como Hamilton, estava com pneus para pista seca. O inglês ainda ameaçou sair na pista, mas evitou a batida e conseguiu levar sua McLaren até o final da emocionante disputa

Raikkonen recusa-se a abdicar do título

Spa (Bélgica) - Atual campeão da Fórmula 1, o finlandês Kimi Raikkonen negou que já esteja fora da luta pelo título de 2008. Porém, depois de perder a chance de vencer o GP da Bélgica ao abandonar faltando duas voltas para o final, o piloto da Ferrari ressaltou sua condição de 'azarão'.

'Não cabe a mim se Massa vai vencer corridas ou não. Vou dar o melhor que eu posso e depois ver como a situação ficou. Tentarei ganhar provas e aí a gente vê o que aconteceu', declarou Kimi, que no ano passado só se sagrou campeão depois de uma bela recuperação nas cinco provas finais.

Sobre a corrida na Bélgica, o piloto comentou que, dada a sua situação no campeonato (57 pontos e nenhuma vitória desde abril), ele só estava interessado no primeiro lugar do pódio. 'Estava preparado para vencer ou perder, mas infelizmente eu abandonei. Só a vitória me interessava, não queria terminar atrás', destacou.

Sobre a ultrapassagem irregular de Lewis Hamilton sobre ele, o finlandês negou-se a tecer qualquer comentário. 'Há regras a respeito de sair em vantagem ao se cortar chicanes e eu não tenho nada a dizer', afirmou o ferrarista, antes de saber que o inglês havia sido punido.

Cuidadoso, Massa estava conformado com terceiro lugar

Spa (Rio de Janeiro) - Segundo colocado no GP da Bélgica - com a possibilidade de virar primeiro, já que Lewis Hamilton está sob investigação -, o piloto brasileiro Felipe Massa admitiu após a prova que esperava mesmo ficar com o ponto mais baixo do pódio. O paulista ganhou uma posição na penúltima volta, depois que Kimi Raikkonen se chocou contra o muro por conta da pista molhada em Spa.

“Eu estava confortável com a terceira colocação, já que seria muito difícil eu ultrapassar o Hamilton e o Raikkonen. Meu objetivo era este, mas o segundo lugar veio para mim. Estou satisfeito”, comentou Massa. “Foi sorte eu ter conquistado essa posição, mas, olhando as circunstâncias, não se pode dizer que foi só isso”, emendou o brasileiro, se referindo à sua habilidade em conduzir um carro com pneus para pista seca na chuva nas últimas voltas.

Massa ainda falou sobre os metros finais da disputa deste domingo. “Eu fui bem devagar porque vi muita gente saindo para fora da pista, especialmente Kimi e Lewis. Não queria correr nenhum risco, afinal oito pontos são oito pontos. Fui bem devagar nas curvas porque estava tudo muito escorregadio e qualquer coisa te jogava para fora da pista”, destacou.

Sobre o início da prova, quando acabou ultrapassado por Raikkonen, Massa admitiu que errou. “Fui devagar demais na Eau Rouge e o Kimi me passou. Ele estava mais rápido que eu', comentou Massa, que apesar de ver Hamilton aumentar a liderança no Mundial de Pilotos, segue sonhando com o título. “O campeonato está aberto. Vamos lutar corrida a corrida para ultrapassá-los e vencê-los”, prometeu.

Pensando na Itália, Rubinho abdica de corrida belga


Spa (Bélgica) - O final de semana desastroso de Rubens Barrichello terminou de forma melancólica, com o brasileiro recolhendo sua Honda aos boxes na volta 21. De acordo com ele, o problema foi a perda da sexta marcha quando ele efetuou uma ultrapassagem sobre Jarno Trulli. Com o problema, ele resolveu preservar o carro para o GP da Itália, no próximo domingo.

'A corrida estava indo relaticamente bem quando isso aconteceu. Até tentei continuar, mas, do jeito que essa caixa de câmbio trabalha, vou precisa estar na sexta para entrar na sétima marcha. Caso contrário, você sobrecarrega o motor e pode causar um grande estrago', explicou o piloto.

Desta forma, Rubinho pensou nas provas seguintes. 'O time decidiu que o melhor era levar o carro aos boxes. Esta é a nossa primeira corrida com este motor e tenho que correr com ele em Monza na semana que vem', decidiu o piloto, que em nenhum momento do final de semana teve condições reias de chegar à zona de pontuação.

"Estávamos com um problema na temperatura dos pneus e isso afetou a nossa performance negativamente", explicou Barrichello.