Para apoiar os trabalhos experimentais da FEI (Fundação Educacional Inaciana, antiga Faculdade de Engenharia Industrial), os Promotores do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 farão uma exposição de dois carros elétricos projetados e desenvolvidos por alunos da instituição, no autódromo de Interlagos, durante o GP Brasil.
Os veículos, FEI X 12 e FEI X 17, foram criados sob coordenação de Ricardo Bock, professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística, com colaboração de Eduardo Polati, diretor do Núcleo de Motores, Combustíveis e Lubrificantes do IPEI (Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais da FEI).
Com essa colaboração, os Promotores do GP querem incentivar os jovens talentos, futuros grandes engenheiros de nossa indústria automobilística e mostrar para os milhares de turistas e às equipes de Fórmula 1 o progresso e o pioneirismo do Brasil nessa área.
O 36º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dia 19, 20 e 21 de outubro.
Veja as fichas técnicas e mais informações sobre os veículos no site da FEI: imprensa@gpbrasil.com.br
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
GP Brasil apóia novos talentos da engenharia automotiva
domingo, 7 de outubro de 2007
Um teste para Interlagos receber o GP Brasil
Depois de quatro meses fechado, oito carros de Fórmula Brasil 1600 voltaram a rodar neste sábado no autódromo de Interlagos. Os pilotos não disputaram nenhuma corrida, mas participaram de um ensaio geral para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que encerra a temporada 2007 no dia 21 de outubro.
A pista de Interlagos foi recapeada em toda sua extensão e o começo da Reta dos Boxes foi alargada permitindo uma melhor visibilidade aos pilotos, entre outras obras de manutenção da pista. O teste com os monopostos serviu para avaliar alguns procedimentos essenciais para a corrida de Fórmula 1 como a entrada correta do safety car na pista, aceno de bandeiras amarelas indicando perigo, retirada de veículos ‘quebrados’ da pista e encenação de resgate de piloto com atendimento médico, transporte para o heliponto e, em seguida, para a unidade do Hospital São Luiz, no Morumbi.
Os pilotos gostaram da experiência. O novo asfalto proporciona mais aderência e foi concebido para oferecer a drenagem necessária em caso de chuva. “Está bem liso”, destacou o piloto Douglas Soares, que participou da operação.
O Diretor de Prova do GP Brasil, Carlos Montagner, explicou que o teste é necessário todos os anos para garantir que nada saia errado na corrida. “O simulado é a última etapa de uma longa preparação para o GP. Depois vem a corrida”, disse.
O engenheiro-chefe, Luis Ernesto Morales, responsável pelas obras, explicou aos jornalistas que o padrão do novo asfalto de Interlagos é o mesmo utilizado em pistas européias e auto-estradas. “Com os cuidados necessários, ele deverá durar mais do que o tipo anterior”. Antes de chegar ao composto de asfalto ideal, as equipes de trabalho testaram seis tipos diferentes na antiga Reta Oposta.
Dino Altmann, Diretor Médico do GP do Brasil, disse que o autódromo está seguro e de acordo com os regulamentos internacionais para a realização da corrida. “O teste de resgate deixou isso claro”, explicou o médico do Hospital São Luiz.
Texto: Castilho de Andrade
Mais informações para a imprensa:
Marilia Frias
imprensa@gpbrasil.com.br
Hamilton abandona e decisão vai para Interlagos
Pelo terceiro ano consecutivo, os torcedores brasileiros terão o privilégio de acompanhar uma decisão de temporada de Fórmula 1. Na madrugada deste domingo, tudo parecia estar a favor de Lewis Hamilton, mas o inglês acabou abandonando o GP da China e perdeu a primeira chance de se tornar o mais jovem campeão mundial da categoria. A vitória na Ásia ficou com Kimi Raikkonen, da Ferrari.
Com isto, três pilotos chegam a São Paulo com chances de levantar a taça. Apesar da má sorte deste domingo, Hamilton, com 107 pontos, ainda é favorito, precisando completar a última prova à frente dos adversários. Segundo colocado em Xangai, Fernando Alonso possui agora 103 pontos, três a mais que Raikkonen, que precisa torcer contra os pilotos da McLaren. Sem chances de título desde o GP do Japão, Felipe Massa ficou com a terceira posição e fez a volta mais rápida da corrida.
Melhor piloto na primeira parte da volta, Lewis Hamilton voou baixo até o primeiro pit stop. Porém, as condições instáveis da pista chinesa acabaram por trair o novato, que, assim como a McLaren, falhou na escolha da hora de trocar os pneus intermediários por secos na metade da corrida. Com o traçado sem água, o inglês, que era líder e campeão naquele momento, acabou ultrapassado por Kimi Raikkonen. Ele tentou ainda entrar nos boxes no final da volta 30 para salvar a corrida, mas parou na caixa de brita e foi obrigado a desistir da prova na entrada dos boxes.
Antes do início da corrida deste domingo, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou que a disputa começaria com chuva. A previsão, porém, só começou a se confirmar na segunda volta da corrida e mesmo assim com uma garoa. A esta altura, Lewis Hamilton já abria quase um segundo e meio de vantagem sobre Kimi Raikkonen, segundo colocado. A estratégia era fundamental para as pretensões do piloto da McLaren na corrida, que largou com menos gasolina e precisava abrir vantagem para se garantir nos pit stops.
Com todo o grid largando com pneus intermediários, Fernando Alonso tratou de partir para o ataque em cima de Felipe Massa logo na largada. Conseguiu a ultrapassagem, mas logo em seguida tentou fazer o mesmo para cima de Kimi Raikkonen, ficou vulnerável e tomou o troco do paulista. Enquanto isso, na parte final do grid, Rubens Barrichello tentava deixar Anthony Davidson, da Super Aguri, para trás. A manobra, porém, não foi bem sucedida, os dois foram para fora da pista e o brasileiro caiu para a última posição.
Após o encerramento da oitava volta, Hamilton já possuía cinco segundos de vantagem sobre o finlandês. Treinado desde a pré-adolescência pela McLaren, o britânico guiava em uma pista molhada por uma garoa como se estivesse diante de um videogame. A esta altura, quem sofria com um péssimo rendimento do carro era o finlandês Heikki Kovalainen, então décimo colocado e ultrapassado quase que na seqüência por Sebastian Vettel e Jarno Trulli.
Cerca de cinco segundos atrás do companheiro de equipe, Felipe Massa conseguia com sucesso a tarefa de segurar Fernando Alonso, que aparentava ter jogado a toalha. No final do grid, Anthony Davidson foi o primeiro a abandonar a prova. Confirmando as expectativas, Lewis Hamilton fez a sua primeira parada cedo, na volta 15, e, depois de 6s8 parado sem trocar pneus, voltou na quarta colocação.
Precisando da vitória, Kimi passou a pisar fundo e passou a estabelecer as melhores voltas da corrida. Dentre os ferraristas, Felipe Massa foi o primeiro a parar (volta 17) e, também sem trocar pneus, voltou na sexta posição. Em seu primeiro pit, Alonso continuou apagado e sequer conseguiu voltar à frente de Felipe Massa. Raikkonen, por sua vez, até conseguiu diminuir a vantagem de Hamilton, mas não o suficiente para ultrapassá-lo.
Apesar de a pista começar a secar, poucos arriscavam colocar pneus secos, já que havia previsão de chuva dentro de alguns minutos. O primeiro a tentar foi Mark Webber, mas voltou à pista com algumas dificuldades em manter o monoposto. Na frente, Massa foi o primeiro a ousar colocar pneus secos e macios, apesar de pingos voltarem a cair em Xangai. Sem aderência, ele passou a “dançar” na pista, mas logo recuperou a estabilidade.
Em busca da vitória, Kimi Raikkonen partiu para cima de Lewis Hamilton ma volta 28. Mesmo sem necessidade de chegar em primeiro lugar, o inglês ainda tentou lutar, mas escorregando muito na pista, não teve como segurar a liderança. Pouco tempo depois, foi traído pelos sucessivos erros dos meteorologistas e a demora da McLaren em chamá-lo aos boxes. Com os compostos desgastados, parou na caixa de brita pouco antes da entrada nos boxes. Era o fim do que minutos atrás parecia ser uma corrida dos sonhos.
Melhor para Raikkonen, que passou a liderar a disputa. Empolgado, Fernando Alonso ainda tentou pisar fundo para alcançar o rival, mas não conseguiu ter o mesmo desempenho do carro de Maranello. Destaque ainda para o inglês Jenson Button, que mesmo com o péssimo carro da Honda conseguiu andar na quarta colocação, uma posição à frente da qual terminaria. Enquanto isso, nos boxes, um decepcionado Hamilton era consolado por funcionários da McLaren. O clima na equipe era de funeral.
Mantendo cerca de oito segundos de vantagem sobre o rival, o finlandês não teve problemas para conduzir sua Ferrari tranqüilamente para sua quinta vitória no ano. Acomodado, Alonso também preferiu evitar um arriscado desgaste do equipamento e se conformou com a segunda colocação, seguido por Felipe Massa. O quarto lugar ficou para o jovem alemão Sebastian Vettel, da Toro Rosso, seguido por Jenson Button e Vitantonio Liuzzi, também da filial da Red Bull. Companheiro de Button na Honda, Rubens Barrichello fez uma péssima corrida e fechou na 15ª posição entre 17 carros que terminaram a prova.
Confira a classificação final do GP da China:
1 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)
2 - Fernando Alonso (ESP/McLaren) - a 9s8
3 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 12s8
4 - Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso) - a 53s5
5 - Jenson Button (ING/Honda) - a 1min08s6
6 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso) - a 1min13s6
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - a 1min14s2
8 - David Coulthard (ESC/Red Bull) - a 1min20s7
9 - Heikki Kovalainen (FIN/Renault) - a 1min21s1
10 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 1min24s6
11 - Giancarlo Fisichella (ITA/Renault) - a 1min26s6
12 - Alexander Wurz (AUT/Williams) - a uma volta
13 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a uma volta
14 - Takuma Sato (JAP/Super Aguri) - a uma volta
15 - Rubens Barrichello (BRA/Honda) - a uma volta
16 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - a duas voltas
17 - Sakon Yamamoto (JAP/Spyker) - a três voltas
Abandonaram:
Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - volta 33
Lewis Hamilton (ING/McLaren) - volta 30
Ralf Schumacher (ALE/Toyota) - volta 25
Adrian Sutil (ALE/Spyker) - volta 24
Anthony Davidson (ING/Super Aguri) - volta 11