quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Disputa acirrada: Hamilton acredita em recomeço para McLaren

Para Lewis Hamilton, a temporada de 2008 será um recomeço para a McLaren após as decepções do ano passado, recheado de confusões e escândalos que acabaram culminando na perda dos títulos dos mundiais de Construtores e Pilotos.

Embora tivesse com uma vantagem segura sobre a rival Ferrari, o time de Woking foi punido com a perda de todos os pontos que tinha na competição de equipes por causa do escândalo de espionagem, no qual supostamente teria roubado informações secretas da equipe italiana.

Não obstante, a McLaren também ficou sem o título entre os pilotos, com os brigados Lewis Hamilton e Fernando Alonso assistindo a Kimi Raikkonen levar o título mundial na última corrida, no Brasil.

No entanto, na véspera do primeiro teste com o novo carro no circuito de Jerez de la Frontera, na Espanha, Hamilton acredita que a McLaren está pronta para deixar as dificuldades da última temporada para trás e começar do zero.

“Acredito que este é um recomeço para nós”, disse o inglês. “Viramos para uma nova página com a experiência do ano passado. Sinto-me ainda mais forte.

Mal posso esperar para testar o carro e disputar a primeira corrida”, completou o piloto, que acredita que os problemas da última temporada fortaleceram a relação entre os membros da equipe.

“Quando você passa por uma experiência (como a do ano passado) com um grupo de pessoas, isto definitivamente causa tensão, mas a relação também cresce. Honestamente, sinto-me confortável no time e não acredito que Heikki (Kovalainen, novo titular da McLaren) não terá problemas para se adaptar ao novo ambiente”, afirmou.

Apesar do desastre no último GP Brasil, quando falhas individuais e problemas mecânicos lhe deixaram no sétimo lugar, insuficiente para lhe dar o título, Lewis Hamilton acredita que tal decepção faz parte de seu crescimento.

“Sinto a cada ano que cresço. Acho que todos estes golpes, erros e decepções que você talvez receba, e até mesmo as vitórias, lhe ajudam a virar uma pessoa melhor”, analisou Hamilton. Logo após a corrida (GP Brasil) não pensei ‘oh, não ganhei’, mas sim que mal podia esperar pelo próximo ano. Tenho pressa em tirar essa pré-temporada do caminho e voltar à ativa. Acredito que posso fazer um trabalho melhor na segunda vez”, concluiu.

Para diretor da Ferrari, nova regra prejudicará Hamilton

Maranello (Itália) - O diretor da Ferrari, Luca Baldisseri, acredita que a vida de Lewis Hamilton ficará mais difícil com a nova regra da Fórmula 1, que proíbe auxílios eletrônicos aos pilotos, como o controle de tração. Apesar de o jovem inglês ter sido campeão da Fórmula GP2 em 2006 sem tais artifícios, o dirigente italiano acha que as coisas serão diferentes desta vez.

“Acredito que, com essas novas regras, Lewis Hamilton terá dificuldades”, disse Baldisseri ao jornal Gazzetta dello Sport. “Certamente ele não poderá continuar pilotando do mesmo jeito de antes, ainda que tenha vencido na GP2 sem o controle de tração, pois terá pneus diferentes”, argumentou o italiano, que acredita que a Fórmula 1 regrediu ao adotar este novo regulamento.

“É só olhar na funcionalidade no volante para perceber que regredimos dez anos. Mas acho que esta é a direção certa, especialmente porque o espetáculo ficará melhor, espero”, afirmou o diretor ferrarista. Perguntado sobre o que mudará nesta temporada, Baldisseri apontou: “Até agora, 20% do trabalho nas largadas se devia à habilidade do piloto e 80% aos auxílios eletrônicos. Agora, será o contrário”, acredita o italiano.

'Os pneus se desgastarão de uma maneira diferente, portanto, precisaremos repensar as estratégias de prova e, principalmente, sem os aparatos de ajuda, será mais difícil recuperar o controle do carro após cometer um erro”, analisou o dirigente da Ferrari, cujo carro foi apresentado nesta segunda-feira, no circuito de Fiorano, na Itália.

Renault garante ter solução para problemas de 2007

O chefe de design aerodinâmico da Renault, Dino Rosso, mostra otimismo quanto à evolução da equipe na próxima temporada. Embora cauteloso, o italiano afirma que já tem a solução para que os monopostos da montadora francesa voltem a ser competitivos na temporada de 2008.

Para o mecânico, a Renault subestimou a mudança dos pneus Michelin para os da Bridgestone. “Entedemos os problemas que tivemos em 2007 e estamos resolvendo-os. Não tínhamos muitos dados e agora temos”, afirmou.

“Montamos um programa muito agressivo para evoluir”, explicou Rosso. “Enquanto Ferrari e McLaren têm carros já equilibrados e precisam melhorar só na eficiência total, a Renault tem que corrigir alguns defeitos. Nosso carro será muito diferente do de 2007 e 2009 será o ano em que daremos um real salto de qualidade', concluiu.

A Renault foi a quarta colocada no Mundial de Construtores do ano passado, com 51 pontos. Entre os pilotos, Heikki Kovalainen foi o sétimo da temporada com 30 pontos, nove a mais do que Giancarlo Fisichella, que foi o oitavo.

Para Montezemolo, Ferrari é o time a ser batido em 2008

Maranello (Itália) - O presidente da companhia Ferrari, Luca di Montezemolo, acredita que a Ferrari será o time a ser batido pelas demais equipes em 2008, em virtude dos títulos nos mundiais de Construtores e Pilotos do ano passado. Mas mesmo com o favoritismo a seu favor, o italiano se mostrou cauteloso ao analisar as chances do time vermelho na próxima temporada.

“O objetivo é ganhar novamente, mas será muito difícil. Não estou dizendo por causa de superstição. Primeiro de tudo porque há novas regras, o que significa que as coisas realmente mudarão”, afirmou Montezemolo. “Haverá uma competição acirrada, que especialmente no começo da temporada é muito empolgante. O terceiro ponto é que nós temos de administrar um campeonato em que todos querem bater a Ferrari”, completou.

Para superar a concorrência dos rivais, o presidente ferrarista cobrou empenho e dedicação dos membros de sua escuderia. “A Ferrari ganhou sete mundiais em nove anos. Obviamente nossa meta é vencer oito em dez. Porém, precisamos trabalhar duro com nossos parceiros, em simulações, com o time e em todos os detalhes”, finalizou.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Ferrari apresenta o novo F2008

Carro para a próxima temporada está mais pesado e com nova aerodinâmica
F2008 é mais pesado do que o seu antecessor devido a mudanças importas pelas novas regras da FIA para a temporada.
No entanto, a equipe afirmou que deverá fazer alterações até a primeira prova do ano, o GP da Austrália, no dia 16 de março. Campeão do mundo em 2007, o finlandês Kimi Raikkonen será o primeiro a dirigir a máquina nos testes, que acontecem a partir desta segunda-feira, em Fiorano, na Itália.
"O F2008 é muito mais confiável, porque, para ganhar títulos, é preciso completar as corridas. Estou menos preocupado com a performance"

Piero Ferrari, vice-presidente da equipe italiana

Outra novidade do carro é o cockpit, que teve as laterais "levantadas" para proteger melhor os pilotos. Com o fim do controle de tração e a adoção de uma nova unidade eletrônica, desenvolvida pela rival McLaren, o F2008 também teve mudanças na transmissão e na caixa de câmbio - seguindo as novas determinações da FIA, esta terá que durar quatro corridas.

A equipe manteve seus propulsores de 2007, já que a FIA ordenou a pausa no desenvolvimento do aparato. Além disso, a cor "vermelho perolizado", uma das novidades de 2007, continuou a ser utilizada pela Ferrari.

Vice-presidente da escuderia, Piero Ferrari diz que as alterações tornaram o novo carro mais confiável do que o seu antecessor. O dirigente lembrou que o modelo 2007 funcionou perfeitamente no último GP do ano, no Brasil, mas nem sempre atendeu às expectativas.

- O F2007 não era sempre o carro mais rápido ou o mais confiável. Mas a Ferrari fez um ótimo trabalho na última corrida e foi assim que nós vencemos - afirma, em entrevista ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport".

Piero Ferrari lembrou ainda que, para a próxima temporada, a preocupação da equipe está principalmente em manter a regularidade durante o campeonato.

- O F2008 é muito mais confiável, porque, para ganhar títulos, é preciso completar as corridas. Estou menos preocupado com a performance.