quarta-feira, 5 de março de 2008

Massa minimiza racismo contra Lewis Hamilton

Polêmica: Surpreso com Russo, Massa minimiza racismo contra Hamilton



São Paulo (SP) - Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira em São Paulo – a última no país antes do início da temporada 2008 da Fórmula 1 –, Felipe Massa não escapou de perguntas sobre dois assuntos que causaram polêmica no mundo do automobilismo nas últimas semanas: a declaração de Renato Russo de que alguns pilotos da Stock Car se drogam e bebem antes das provas e o racismo sofrido por Lewis Hamilton durante testes realizados em Barcelona.

O ferrarista não fugiu das respostas, apesar de minimizar as duas ocorrências. “As declarações do Renato Russo são uma surpresa para mim, pois nunca tive pilotos ao meu lado que poderiam estar bêbados ou usando drogas de qualquer tipo. Lógico que não coloco a minha mão no fogo até porque não conheço ninguém lá dentro, mas a Stock está ficando cada vez mais profissional”, afirmou.

“Se o Russo acha que tem razão no que está dizendo, o antidoping está aí para verificar isso, mas tem que ser bem-estruturado como acontece na Fórmula 1”, destacou o piloto da Ferrari. A principal categoria do automobilismo mundial realiza exames do tipo periodicamente em todos seus pilotos.

Felipe lembrou que, ao contrário do que ocorre em outras modalidades, o doping no automobilismo não traz nenhum benefício. “Se alguém pensar em entrar na pista alterado, pode mudar de idéia pois, apesar de nunca ter experimentado nada do tipo, sei que isso só prejudicaria, especialmente os reflexos, e traria problemas para o piloto”, ressaltou.

Já as agressões sofridas por Lewis Hamilton em Barcelona, quando alguns torcedores espanhóis o xingaram, se fantasiaram e escreveram cartazes ofensivos devido ao fato de ele ser negro fora superestimadas, de acordo com Massa.

“Acho que o maior problema foi a briga entre a imprensa da Inglaterra e da Espanha. Eu não estava no circuito aquele dia, mas creio que tudo tenha sido uma brincadeira de mau gosto. Em todas as corridas, sempre há cartazes ofensivos a pilotos, é normal e no futebol o racismo é muito maior que no automobilismo. Claro que não devemos julgar o Hamilton pela cor de pele e ele é exatamente igual aos outros, um piloto 100% querido por todos e muito respeitado”, garantiu.

Raikkonen desacredita em chances de título para Alonso

Helsinque (Finlândia) - Se depender de Kimi Raikkonen, a temporada de 2008 da Fórmula 1 não terá um bom desempenho do espanhol Fernando Alonso. Pelo menos foi essa a opinião do finlandês da Ferrari, atual campeão do Mundial de Pilotos, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira na cidade de Helsinque, no país escandinavo.

“O Fernando é um bom piloto, mas as suas opções dependem de como foi feito o carro da Renault”, iniciou Raikkonen, que se baseou nas palavras de Alonso para justificar a sua declaração. “Pelo que ele vem dizendo recentemente, parece que falta um pouco de velocidade ao monoposto”, completou.

Raikkonen, contudo, não acredita que tem caminho livre para a conquista do bicampeonato de F-1. Boa praça, o finlandês não deixou de citar o companheiro de Ferrari, o brasileiro Felipe Massa, e o compatriota Heikke Kovalainen, representante da escuderia britânica.

“Não acho que os favoritos serão o Lewis Hamilton e eu. Tanto a Ferrari como a McLaren têm pilotos muito rápidos, e certamente será uma disputa equilibrada”, comentou o Homem de Gelo.

Polícia italiana e McLaren divergem sobre caso de espionagem

Modena (Itália) - Já encerrado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o caso de espionagem vem tomando dimensões ainda maiores pelo fato de a polícia italiana insistir nas investigações. Nesta terça-feira, a McLaren reclamou de um relatório divulgado pelos italianos, que por sua vez disseram estar tranqüilos quanto às críticas.

Recentemente, investigadores da Velha Bota foram às casas de cinco dirigentes do time inglês para colher mais informações. Em um relatório, os policiais admitiram que “a responsabilidade dos administradores e de alguns técnicos de alto escalão havia ficado evidente”. A McLaren chiou.

Em comunicado divulgado nesta terça, a escuderia prateada garantiu que acionará advogados para observarem a maneira como os italianos, “grosseiramente equivocados”, estão conduzindo o assunto.

Chefe da polícia italiana, Sergio Mariotti minimizou a insatisfação da McLaren. “Eles nos interpretaram mal. Dissemos apenas que as atividades foram acionadas às evidências feitas em investigações passadas e eles entenderam que ficou provada a culpa deles no caso. Lamento que tenham traduzido tudo errado, pois relatamos apenas o que aconteceu e estamos tranqüilos”, resumiu, em entrevista ao site Autosport.

Silverstone divulga primeiro passo de mudanças no circuito

Northamptonshire (Inglaterra) - Os diretores do circuito de Silverstone divulgaram nesta terça-feira as imagens do plano de realocação dos boxes e do paddock do autódromo, o primeiro passo de uma reforma a longo prazo planejado pelos dirigentes ingleses. A intenção dos responsáveis pelo Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1 é de que o traçado em Northamptonshire se torne o principal de toda a Terra da Rainha.

O plano de Silverstone é de, em dez anos, reformular o formato da pista, alterar o local reservado aos boxes e construir no local um parque industrial com direito, uma rede de hotéis e casas para locação e uma área de lazer. Tudo isso para que o autódromo continue recebendo a F-1.

“Silverstone é uma ótima pista com uma linda história”, destacou o ex-piloto Damon Hill, presidente do Clube Britânico de Pilotos. “Essas imagens são a visão do futuro da pista e esperamos que tudo isso não fique apenas no papel. Queremos que aqui seja um lugar onde todos os esportes automobilísticos possam ser realizados, beneficiando competidores e espectadores”, completou.

Além disso, o ex-piloto da F-1 acredita que a evolução em Silvertone proporcionará um grande desenvolvimento em Northamptonshire. “Certamente isso ajudará a atrair mais empresas para cá, criando mais empregos para a população local. Só o GP da Fórmula contribuiu com 30 milhões de libras para a região e é importantíssimo que possamos manter a modalidade por aqui”, prosseguiu.

Já Richard Phillips, diretor geral de Silverstone, acredita que as evoluções, se feitas da forma certa, acabarão tornarão o principal complexo esportivo da Inglaterra. “Queremos que aqui seja um local de referência mundial para educação, comércio, lazer e tecnologia. Isso fará com que o autódromo se torne fundamental para o país, rivalizando com outros locais como Wimbledon, Wembley e Twickenham”, finalizou.

BMW Américas junto com a F-1 em Interlagos

Castilho de Andrade

Uma oportunidade para os novos pilotos brasileiros e uma ótima atração para o público de Interlagos: o GP Brasil de Fórmula 1, dia 2 de novembro, terá como um dos eventos suporte a etapa decisiva da Fórmula BMW Américas, categoria global que pretende revelar talentos para o automobilismo de ponta. Três paulistas estão inscritos na temporada da BMW: Giancarlo Vilarinho, Ricardo Favoretto e Alexandre Ruiz.

“Nunca corri em Interlagos. Sai do kart e fui para a F-BMW no ano passado. Estou ansioso em correr aqui e mostrar o que eu já aprendi lá fora”, comenta Ricardo Favoretto, 19 anos, da equipe Euro International. Em 2007, Ricardo disputou a final mundial da F-BMW e terminou em 11º entre 37 pilotos.

A organização do GP Brasil de Fórmula 1 aceitou promover a BMW Américas, apesar dos custos elevados com o transporte dos equipamentos e despesas adicionais, para chamar o interesse do público de Interlagos e também para dar uma possibilidade para jovens pilotos brasileiros se exibir para entusiastas do automobilismo e patrocinadores.

A BMW tem três divisões internacionais: a BMW Américas, o Europeu e o Campeonato do Pacífico. No final do ano, os dez melhores de cada divisão disputam o Mundial. O sistema será repetido outra vez em 2008 com a final mundial em Valência, na Espanha, logo depois da prova de Interlagos quando serão conhecidos os dez primeiros colocados da BMW Américas.

Segundo Favoretto, a BMW é hoje a melhor opção após o kart. Ele calcula que os carros, dependendo das condições da pista, poderão chegar a 220 km/h no fim do retão. “Os carros serão cerca de 1 segundo mais lentos do que os da Renault. Mas os BMW são mais modernos e estáveis”. A categoria utiliza o mesmo motor da moto K-1200 RS com câmbio Hewland.

A previsão para 2008 é que 30 carros disputem a temporada. O campeonato começa dia 18 de maio em Laguna Seca. Todas as provas serão nos EUA, com exceção da corrida de Interlagos e também a de Montreal, dia 8 de junho, como evento suporte do GP do Canadá de Fórmula 1. Ao todo serão sete etapas, com duas corridas em cada etapa. Em Interlagos, a Fórmula BMW Américas deverá ter um treino livre na sexta, treino oficial e uma corrida no sábado e outra no domingo. Pilotos brasileiros e estrangeiros sabem que as provas de Interlagos e Montreal são uma grande chance de serem vistos pelas equipes da F-1. E correr diante de um grande público. “As corridas são ótimas. O público vai adorar. Contamos com a torcida de todos”, diz Favoretto.

Assim como Favoretto, o piloto Alexandre Ruiz, 16 anos, são pilotos Júnior da BMW. Alexandre conquistou a condição de Júnior nos testes enquanto Favoretto graças ao campeonato de 2007 quando tornou-se o ‘estreante do ano’. Ruiz, campeão paulista de kart em 2006, está fazendo testes nos EUA pela sua equipe, a Apex Racing. “Mais visibilidade com menor custo” foi a razão pela qual Alexandre Ruiz decidiu correr na Fórmula BMW Américas.

Giancarlo Vilarinho, 15 anos, que também correrá pela Euro International, equipe campeã de 2006 e 2007, passou 2007 fazendo testes com carros da Fórmula BMW na Europa e Américas. Ao todo rodou mais de 4 mil quilômetros. Também está pronto para a briga.


Mais informações para a imprensa:
Castilho de Andrade
Diretor de Imprensa do GP Brasil de F1

Marília Frias
Assessora de Imprensa do GP Brasil de F1