terça-feira, 1 de setembro de 2009

Marcado por escândalos, Briatore pode estar perto de seu último capítulo na F-1



Chefe da Renault seria banido do esporte se comprovada a ordem para Nelsinho Piquet bater em favor de Alonso no GP de Cingapura de 2008

Uma das figuras mais polêmicas da Fórmula 1 atual, Flavio Briatore, de 59 anos, teve seu nome envolvido em vários escândalos na era moderna da categoria. Perto de completar 20 anos de carreira no esporte, o dirigente italiano da Renault parece ter encontrado o obstáculo final.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) contratou uma empresa independente para investigar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura de 2008, fato decisivo para a vitória de Alonso. Briatore teria mandado o brasileiro bater de propósito na 16ª volta, três após o primeiro pit stop do espanhol.

Se as acusações contra Briatore forem confirmadas pela FIA, o dirigente pode até ser banido do esporte por manipular o resultado de uma corrida e seus pilotos – Alonso e Nelsinho – punidos de forma exemplar, se for confirmada a cumplicidade de ambos no caso. Não é a primeira vez em que o dirigente corre risco de punições na F-1.



Escândalos marcam carreira de Briatore na Fórmula 1

Os métodos duvidosos de Flavio Briatore começaram a se manifestar em sua segunda temporada comandando a Benetton na Fórmula 1. Em 1991, o dirigente demitiu Roberto Pupo Moreno e colocou o então novato Michael Schumacher em seu lugar, durante a temporada, no GP da Itália. O veterano brasileiro sequer foi avisado da decisão da equipe. Nesta época, ele corria ao lado do tricampeão Nelson Piquet.

Três anos depois, em 1994, uma série de denúncias contra a Benetton manchou o primeiro título de Schumacher na Fórmula 1. A categoria reestreava o reabastecimento, que viria a ser decisivo na estratégia das equipes. Briatore mandou tirar o filtro das máquinas de sua equipe, o que acelerava o processo, mas o tornava muito inseguro. A falcatrua foi descoberta após o incêndio no carro de Jos Verstappen no GP da Alemanha, em Hockenheim, envolvendo o piloto e os mecânicos da equipe. Porém, por sorte, o acidente teve pequenas proporções e ninguém saiu ferido com gravidade.


No mesmo ano, a Benetton foi acusada de usar dispositivos eletrônicos (proibidos) disfarçados em seu carro, como o controle de tração e de largada. Schumacher ainda colocou a cereja no bolo, ao conquistar o campeonato jogando o carro sobre Damon Hill, da Williams, no GP da Austrália, última corrida do ano, disputado no circuito de rua de Adelaide.

No fim da temporada de 1994, Briatore comprou a francesa Ligier para adquirir o direito de uso dos motores Renault, os melhores da época. O regulamento da FIA não permitia que ele fosse o dono da equipe e ele repassou o time a Tom Walkinshaw, dono da TWR, também conhecido por manobras duvidosas em outras categorias. Os propulsores acabaram nos carros da Benetton.


O título de Schumacher em 1995 foi o último brilho desta época da Benetton. A saída do alemão, junto com vários membros da equipe técnica, colocou o time na metade do grid. Em 1996, Briatore comprou uma parte da Minardi, mas não conseguiu vendê-la como o esperado. No ano seguinte, ele foi demitido da Benetton. Em seu lugar entrou David Richards, dirigente bem-sucedido nos ralis.

Entre 1998 e 2000, ele chefiou a Mecachrome, que administrou os motores Renault na Fórmula 1 após a saída da montadora francesa, no fim de 1997. Em 2001, ele voltou à Benetton, após a Renault comprar o time e ele ser reconduzido ao cargo de chefe. Em paralelo, Briatore começou a investir na carreira de jovens pilotos, como o espanhol Fernando Alonso, em um claro caso de conflito de interesses.

Em 2003, Briatore demitiu Jenson Button e colocou Alonso, seu piloto, na vaga na Renault. Além do espanhol, o dirigente foi empresário de pilotos como Mark Webber, Heikki Kovalainen, Jarno Trulli e Nelsinho Piquet. No fim de 2004, após a recusa na renovação do contrato pessoal, Briatore demitiu Trulli da Renault.


A aposta em Alonso acabou se revelando acertada, com o bicampeonato de 2005 e 2006, os únicos títulos da equipe Renault na Fórmula 1. Só que, em 2007, o time francês foi acusado de espionagem contra a McLaren. Segundo a FIA, a Renault tinha dados dos modelos de 2006 e 2007 dos rivais. A equipe foi considerada culpada, mas não foi punida. Briatore demitiu o responsável por levar os dados para a Renault.

Neste ano, Briatore protagonizou uma grande polêmica com o brasileiro Nelsinho Piquet. Insatisfeito com o desempenho do piloto, o dirigente chegou a ameaçar demiti-lo pouco antes da largada das corridas. Após o GP da Hungria, ele foi desligado do time e acusou o empresário de ser seu carrasco e de apenas tomar 20% de seu salário.


Antes da Fórmula 1, escolhas corretas em busca da fortuna


Briatore nasceu em 12 de abril de 1950, na cidade italiana de Verzuolo. Ele cresceu nos Alpes Marítimos do país, em uma família de professores. Ele se formou no segundo grau com notas muito baixas e começou a trabalhar como instrutor de esqui e gerente de restaurante. Ele abriu seu próprio negócio, o “Tribüla”, que fechou pouco tempo depois.

Nos anos 1970, ele se mudou para Cuneo e se tornou assistente do empresário Attilio Dutto, dono da Paramatti Vernici, que fabricava tintas. O chefe de Briatore foi morto em 21 de março de 1979, após seu carro explodir por causa de uma bomba.

Após a tragédia, Briatore se mudou para Milão, para trabalhar na Bolsa de Valores. Nesta época, ele conheceu Luciano Benetton, fundador da fábrica de roupas Benetton. Eles ficaram amigos e, pouco tempo depois, sócios. Ao expandir a empresa para os Estados Unidos, o empresário nomeou o amigo Briatore como diretor da operação americana do grupo.

A marca teve um caminho bem sucedido nos Estados Unidos. Em 1989, a Benetton tinha cerca de 800 lojas no país e Briatore já tinha feito sua fortuna com uma participação exigida em cada franquia da empresa. O empresário saiu dos EUA vítima de sua própria estratégia agressiva: as lojas da marca passaram a concorrer entre si e o número delas caiu para 200 no fim daquela década.

Fonte: Globo Esporte




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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FIA investiga acidente de Nelsinho Piquet em Cingapura-2008 e pode punir Briatore


Segundo Reginaldo Leme, comentarista da Rede Globo, chefe da Renault teria mandado o brasileiro bater para beneficiar Fernando Alonso na corrida

A Fórmula 1 pode estar próxima de mais um escândalo. Neste domingo, Reginaldo Leme, comentarista da Rede Globo, revelou que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) contratou uma empresa independente para investigar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura de 2008, fato decisivo para a vitória de Fernando Alonso. Flavio Briatore, chefe da Renault, teria mandado o brasileiro bater de propósito na 16ª volta, três após o primeiro pit stop do espanhol.

Na ocasião, a estratégia de Alonso era considerada ousada e precisaria de um safety car no início da prova para dar certo. Coincidentemente, Nelsinho bateu em um local que forçaria a entrada do carro de segurança. A FIA confirmou, em Spa-Francorchamps, a investigação.

- O acidente do Nelsinho teria sido premeditado para que houvesse a entrada do carro de segurança em Cingapura. Ele bateu de uma forma muito estranha. Recentemente, conversando com o Felipe Massa, ele me chamou a atenção disso. E o Felipe foi ao Briatore e disse: "Essa batida não está certa, aconteceu porque vocês quiseram". Outros pilotos levantaram esta hipótese na época e agora isso vem à tona por causa da investigação que a FIA está fazendo. Ela contratou uma empresa independente e tem depoimentos contundentes que incriminam Flavio Briatore - disse Reginaldo Leme na transmissão do GP da Bélgica na Rede Globo.
Fonte: Globo Esporte




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Ferrari vai esperar exames de Felipe Massa para decidir dupla para a Itália




Giancarlo Fisichella é o favorito à vaga do compatriota Luca Badoer

A Ferrari vai esperar pelo resultado dos exames médicos de Felipe Massa em Miami nesta segunda-feira antes de decidir seus pilotos para o GP da Itália. O brasileiro estará na clínica de Steve Olvey, conhecido por seu trabalho na Fórmula Indy e membro da comissão da FIA. Ela pode manter Luca Badoer ou decidir por um novo piloto para a vaga.

-Vamos contar nos próximos três dias o que faremos nas próximas corridas. Avaliaremos os resultados dos exames que Felipe vai fazer nesta segunda e decidiremos o que fazer - diz Stefano Domenicali, em entrevista à imprensa inglesa.

Domenicali negou as notícias da imprensa italiana de que Fernando Alonso já fechou contrato com o time para 2009 e disse que o espanhol não é um concorrente a essa vaga. Giancarlo Fisichella continua como o favorito, principalmente após o segundo lugar com a Force India em Spa. O dirigente não quis comentar os planos para os pilotos na temporada 2010.

- Ninguém disse nada diferente do ponto de vista da equipe. Temos muitas especulações. Realmente espero que a imprensa continue a escrever isso. É importante entender a situação e não acho que precisamos discutir isso agora. Esta é a resposta.
Fonte: Globo Esporte




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Kimi Raikkonen supera a Force India e vence pela quarta vez na Bélgica




Após problema na largada, Rubens Barrichello faz ótima corrida de recuperação e chega em sétimo, com o carro em chamas

Kimi Raikkonen fez uma excelente corrida e venceu pela quarta vez o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, encerrando um jejum de mais de um ano. Ele não subia ao alto do pódio desde a Espanha, em 2008. O finlandês aguentou a pressão de Giancarlo Fisichella, da Force India, durante toda a corrida. O italiano chegou na segunda posição, no melhor resultado da história da equipe indiana, que nunca tinha sequer pontuado. Sebastian Vettel, da RBR, completou o pódio após uma excelente recuperação. O alemão era o oitavo do grid.

Rubens Barrichello, que largava em quarto, teve problemas na largada e ficou parado no grid. Com uma ótima corrida de recuperação, o brasileiro conseguiu levar sua Brawn GP à sétima posição, mesmo com um vazamento de óleo em seu motor Mercedes nas últimas voltas. O piloto foi forçado a diminuir o ritmo e abandonar a luta com Heikki Kovalainen pela sexta posição, mas conseguiu os dois pontos. O finlandês da McLaren garantiu os três pontos.



O brasileiro foi beneficiado pelo abandono de Jenson Button logo na primeira volta, ao ser colhido em um acidente na curva Les Combes. O inglês teve sua vantagem reduzida para 16 pontos no campeonato, com cinco corridas para o fim da temporada. Barrichello ainda contou com a punição ao australiano Mark Webber, da RBR, que teve de fazer um drive through por ter sido liberado de forma insegura dos boxes. Ele perdeu tempo e chegou apenas em nono, fora da zona de pontuação.

Robert Kubica, da BMW Sauber, chegou na quarta posição, à frente do companheiro Nick Heidfeld, o quinto. Nico Rosberg, da Williams, completou a zona de pontuação, em oitavo. A próxima corrida da temporada será o GP da Itália, no circuito de Monza, no dia 13 de setembro.

Problema na largada atrapalha corrida de Rubens Barrichello


Na largada, quase que a reação de Barrichello foi abortada. O carro do brasileiro ficou parado na quarta posição do grid e ele só conseguiu fazê-lo funcionar após quase todos os rivais o ultrapassarem. Antes do hairpin da La Source, ele caiu para o último lugar. Mais leve, ele conseguiu recuperar algumas posições no trecho entre a Eau Rouge, a Raidillon e a reta Kemmel. Na frente, Giancarlo Fisichella manteve a ponta e Kimi Raikkonen, que saiu em sexto, subiu para a segunda posição.

Só que uma confusão na Les Combes acabou por ajudar o brasileiro. Romain Grosjean, da Renault, que já tinha se enrolado na largada, se precipitou e acertou a traseira de Jenson Button, líder do campeonato, da Brawn GP. Na confusão, o espanhol Jaime Alguersuari, da STR, acertou o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. Os quatro abandonaram a corrida ali mesmo e provocaram a entrada do safety car.


Rubens Barrichello, Jarno Trulli e Adrian Sutil aproveitaram a bandeira amarela para fazer seus primeiros pit stops. Eles estavam com o pneu macio e trocaram para os duros, mais adequados para a corrida, além de encher o tanque. Por causa disso, os três caíram para as últimas posições e teriam de andar forte para se recuperar.

O safety car saiu da pista na quinta volta. Logo na relargada, Kimi Raikkonen começou a pressionar Giancarlo Fisichella. O finlandês conseguiu a ultrapassagem na reta Kemmel, logo após a curva Raidillon. Mais atrás, Barrichello começava sua recuperação ao superar o italiano Jarno Trulli. No fim da volta, na freada da nova Bus Stop, a vítima foi Luca Badoer, da Ferrari.

Na volta seguinte, Barrichello superou o japonês Kazuki Nakajima, de novo na reta Kemmel. Na frente, Kimi Raikkonen mantinha a ponta, mas Giancarlo Fisichella acompanhava o ritmo do finlandês, surpreendendo a todos. Na 12ª volta, começou a primeira rodada de pit stops, com as paradas de Robert Kubica, da BMW Sauber, e Timo Glock, da Toyota. A equipe japonesa, no entanto, teve problemas com a mangueira de reabastecimento e atrasou muito a corrida do alemão.

Kimi Raikkonen, Giancarlo Fisichella, Mark Webber e Nick Heidfeld pararam juntos na 14ª volta. As posições foram mantidas, mas a RBR liberou o australiano no pit lane de forma insegura. Ele saiu de sua posição e quase acertou o carro do alemão da BMW Sauber, o que provocou uma punição a Webber. Ele teve de cumprir o drive through na 18ª e perdeu muitas posições.

Sebastian Vettel, que estava entre os oito primeiros, fez o pit stop na 16ª volta e conseguiu retornar à pista muito bem, para tentar brigar por uma posição no pódio. Nico Rosberg, da Williams, parou duas passagens depois, na 18ª. Jarno Trulli, da Toyota, teve de fazer uma segunda parada, mas a equipe se enrolou e ele teve de abandonar a prova na 21ª.

Fernando Alonso teve uma lembrança do GP da Hungria na 24ª volta, na hora de seu pit stop. Quando estava em terceiro, o espanhol entrou nos boxes, mas teve problemas na roda dianteira esquerda, por causa de um toque com Adrian Sutil, da Force India. O mecânico demorou muito para trocá-la. Como se não bastasse o tempo perdido, ele teve de abandonar na 26ª, por precaução da equipe francesa.

Na 28ª volta, Rubens Barrichello fez seu segundo pit stop e ficou muito bem para tentar uma vaga na zona de pontuação. O brasileiro voltou atrás do finlandês Heikki Kovalainen, da McLaren, que apostou em uma tática de apenas uma parada e ganhou muito tempo com isso. Com as paradas dos adversários, Kovalainen e Barrichello subiram para a sexta e sétima posições, respectivamente.

Na frente, Raikkonen e Fisichella pararam nos boxes juntos novamente, na 31ª volta. Os dois fizeram o mesmo tempo de parada, com 7s1, e voltaram à pista na segunda e terceira posições, respectivamente. Sebastian Vettel assumiu a liderança momentaneamente e começou a andar muito rápido, para fazer uma parada rápida e um último trecho de corrida curto, para tentar superar Robert Kubica e subir ao pódio.

Na 35ª volta, Vettel fez seu último pit stop e, conforme esperado, superou o polonês Robert Kubica em seu retorno à pista. Com pouquíssimo combustível, para um trecho de apenas nove voltas, o alemão começou a reduzir a vantagem de Raikkonen e Fisichella, que duelavam pela primeira posição. Mas, com poucas voltas para o fim, o piloto da RBR teve de se contentar apenas com a terceira posição.

A cinco voltas do final, Rubens Barrichello continuava a pressionar Heikki Kovalainen, para tentar ganhar a sexta posição. O finlandês se defendia com o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), o que dificultava muito a vida do brasileiro. Só que o piloto da Brawn GP foi forçado a diminuir o ritmo por causa de um vazamento de óleo nas últimas voltas. Barrichello completou a prova se arrastando na pista, mas com a sétima posição assegurada.


Fonte: Globo Esporte




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