São Paulo (SP) - Após 13 anos, o paulista Felipe Massa recolocou o Brasil no lugar mais alto do pódio no GP Brasil de Fórmula 1. Neste domingo, ele liderou a prova praticamente de ponta a ponta e quebrou o jejum nacional.
Desde a vitória de Ayrton Senna em 1993, quando o piloto acabou carregado nos braços do povo, o país não tinha um piloto da casa terminando na primeira colocação no circuito de Interlagos.
Neste domingo, o jejum teve fim. Com uma performance impecável na prova, Massa só perdeu a liderança na primeira parada dos boxes para o espanhol Fernando Alonso, que terminou em segundo.
Com o triunfo desta tarde, ele se tornou o quinto piloto a vencer, sendo a oitava vitória. Antes de Massa, Emerson Fittipaldi ganhou em 1973 (com a Lotus) e 1974 (McLaren). No ano seguinte, foi a vez de José Carlos Pace triunfar com a Brabham.
No circuito de Jacarepaguá, Nelson Piquet ganhou por duas vezes (1983, com Brabham, e 1986, com Williams). Por fim, o último a vencer foi Senna, em 1991 e 1993, ambas
domingo, 22 de outubro de 2006
Massa obtém oitava vitória de um brasileiro em casa
Barrichello se diz feliz por vitória de Massa
São Paulo (SP) - No final de semana de festa de Felipe Massa pela primeira vitória em Interlagos, Rubens Barrichello não poupou elogios ao compatriota. Sétimo colocado na prova deste domingo, após início promissor, o piloto da Honda fez questão de parabenizar Massa logo depois da execução do hino nacional.
“Estou muito feliz como público”, disse, em entrevista à Rede Globo, sem negar um pontinho de inveja ao companheiro. “Dá vontade de estar lá, mas ele está de parabéns, teve um final de semana perfeito e ainda teve a sorte de ter o Michael fora da jogada. É muito bom e é algo que ainda estou buscando”, completou.
Ao se referir a Schumacher, Barrichello voltou a ressaltar a disputa que teve com o alemão durante os seis anos em que esteve na Ferrari. Nestas temporadas, viu a preferência da equipe pelo alemão e perdeu oportunidades de trilhar melhor caminho. Neste domingo, Schumacher sofreu com um pneu furado no início e ficou de fora da briga pela vitória.
No Brasil, Barrichello marcou duas pole positions, em 2003 e 2004, sempre com a Ferrari, mas foi no primeiro destes anos que sofreu sua maior decepção, ao abandonar no final por falta de gasolina quan
Conheça as histórias e os campões do GP Brasil
Os campeonatos mundiais de Fórmula 1 tiveram origem nos GPs disputados na Europa, desde o início do século 20. Foram interrompidos durante a Segunda Guerra Mundial e retornaram em julho de 1945. O Brasil entrou no circuito das competições em 1972, quando o argentino Carlos Reutemann, da Brabham, ganhou a prova inaugural no Autódromo de Interlagos, que não contou pontos para o campeonato.
Os pódios nacionais no GP Brasil de Fórmula 1 começaram com Emerson Fittipaldi, hoje com 59 anos. Ele venceu as provas de 1973 e 1974, primeiro com a Lotus e, depois, com a McLaren, em Interlagos. Fittipaldi também ganhou a corrida que inaugurou o Autódromo de Brasília, em 1974. Mas, por ser uma prova festiva, não valeu pontos para o Mundial de Pilotos daquela temporada.
Ainda nos anos 70, destacou-se José Carlos Pace, que teve apenas uma vitória na Fórmula 1, justamente o GP Brasil de 1975, pilotando uma Brabham, no autódromo paulista. O segundo lugar foi de Emerson Fittipaldi. Pace morreu em março de 1977, num acidente com o avião que pilotava, nos arredores de São Paulo.
Depois do pódio de Pace, foram oito anos sem vitória de brasileiros em casa. Quem quebrou esse jejum foi Nelson Piquet, no dia 13 de março de 1983, na prova de abertura da temporada, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Nesse ano, correndo pela Brabham, Piquet conquistou o segundo de seus três títulos mundiais (o primeiro foi em 1981; o terceiro, em 1987).
Em 1986, o GP Brasil continuava abrindo a temporada da Fórmula 1. Na prova de Jacarepaguá, Nelson Piquet, já na Williams, voltou a ganhar. Ayrton Senna (Lotus) ficou em segundo. Cinco anos depois, Senna chegaria à sua primeira conquista no país, repetindo o feito em 1993. Nas duas ocasiões, correndo pela McLaren, ele venceu em Interlagos.
Assim, lá se vão 13 anos da última vitória de um piloto anfitrião no GP Brasil de Fórmula 1. Nesse tempo, Michael Schumacher venceu quatro vezes, a primeira no dia 27 de março de 1994, quando Ayrton Senna rodou e não concluiu a prova. Um mês e quatro dias depois, Senna morreu, em acidente no GP de San Marino. Depois de 2002, Schumacher não voltou mais ao primeiro lugar do pódio brasileiro. Nos dois últimos GPs brasileiros, venceu o colombiano Juan Pablo Montoya, que, em julho passado, se afastou da Fórmula 1, quando corria pela McLaren.
Rei do Rio
É o francês Alain Prost o grande vencedor de GPs brasileiros, com seis conquistas em oito anos, entre 1982 e 1990. Foi apenas uma vitória no Autódromo de Interlagos, e as demais no de Jacarepaguá — o que lhe valeu o título de “Rei do Rio”. Nessas conquistas, Prost se revezou no cockpit de três escuderias: Renault, McLaren e Ferrari.
Ayrton Senna, morto em 1994, ainda é o líder em pole positions do GP do Brasil de Fórmula 1. Foram seis: três em GPs no Autódromo de Jacarepaguá — 1986, 1988 e 1989 — e a mesma quantidade em Interlagos — 1990, 1991 e 1994. A liderança está longe de ser alcançada, pois o mais próximo da marca de Senna, o finlandês Mika Hakkinen, tem apenas três poles, todas no autódromo paulista, em anos consecutivos, entre 1998 e 2000.
Uma curiosidade: o GP do Brasil é a única prova na história em que o ganhador foi declarado 24 horas depois. Isso aconteceu em 2003, em Interlagos, quando Kimi Raikkonen terminou em primeiro. Mas como a corrida tinha sido interrompida duas voltas antes, devido a diversos acidentes na chuva, a vitória foi dada a Giancarlo Fisichella, que corria com a Jordan.
Felipe Massa vence e Alonso garante o título
São Paulo (SP) - Em um domingo de festa em Interlagos, o Brasil quebrou o jejum de 13 anos sem vitória em São Paulo e voltou a figurar no lugar mais alto do pódio. O responsável pelo feito foi o paulista Felipe Massa, que pilotou com categoria desde o início e completou um final de semana perfeito – já havia sido pole position – com seu segundo triunfo na Fórmula 1.
Mas a festa não se resumiu apenas aos brasileiros. Tão ou mais feliz ficou o espanhol Fernando Alonso, que com o segundo lugar na prova se tornou bicampeão mundial da categoria, provando ser o piloto mais regular dos últimos anos. Precisando de apenas um ponto neste domingo, largou em quarto, mas fez prova equilibrada para garantir o título.
O alemão Michael Schumacher, que ainda sonhava com a conquista do oitavo campeonato, mas precisava de um milagre, viu suas chances se esvaírem logo no início, quando tentou uma ultrapassagem e viu um de seus pneus traseiros estourarem. Ele caiu para o último lugar, fez recuperação espetacular e ainda terminou em quarto.