JORNAL DO AUTÓDROMO - F1: 2011-09-25

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Para jornalista, Vettel tem tudo para entrar na galeria dos gênios da F-1

Colunista Celso Itiberê rasga elogios ao jovem piloto alemão: 'Tem toda característica de ser um fora de série. É impecável'

A galeria dos grandes pilotos campeões da Fórmula 1 pode ter mais um integrante em um futuro próximo, segundo Celso Itiberê, colunista do jornal O Globo. Para o jornalista, o alemão Sebastian Vettel, de 24 anos, que está muito perto de conquistar o bicampeonato da categoria, tem tudo para entrar no seleto grupo dos gênios da F-1, como Michael Schumacher, Alain Prost, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Juan Manuel Fangio, entre outros.

- Sebastian Vettel tem toda característica de ser um piloto fora de série. Primeira coisa, ele aprende com os erros, e isso é fundamental. Vettel é um piloto impecável. Claro que isso se deve ao fato de ter um carro extraordinário e que funciona impecavelmente nas pistas. Se for buscar os números de Vettel nesta curta trajetória na Fórmula 1, acho que tem condições de passar todos e de brigar com Michael Schumacher lá na frente pelos recordes – respondeu ao internauta Daniel (@Danieldez) durante o "Redação WEB", desta segunda feira.

Confira outras perguntas via twitter dos internautas durante o Redação WEB:

Zé Bino (@zebino747) - Se Adriano entrar 100 % no Corinthians, no dia 9 de outubro, o time tem chance de ser campeão ou buscar vaga na Libertadores de 2012?

Lédio Carmona - O Corinthians tem chance de ser campeão brasileiro com ou sem Adriano. O time briga lá em cima desde o início. Com ele, a equipe ganha o reforço de peso nesta reta final. É um grande centroavante. Com Adriano, passa a ser mais candidato ao título. Vai ser ótimo ter ele, mas de verdade, magrinho e pronto.

Emmanoel Ragoso (@EmmanoelAmanu) - É impressionante como os alemães gostam de estragar a brincadeira na Fórmula 1. Sem alemão, seria mais disputado a categoria?

Celso Itiberê - Hoje, os alemães têm uma boa quantidade de pilotos na Fórmula 1. Não tem só o Vettel. Tem o Rosberg, que é excelente, mas não tem um carro competitivo. Porém, se derem amanhã uma Ferrari ou uma McLaren vai correr lá na frente. Também tem o Suttil, que é bom. Os alemães estão repetindo o que se fez no Brasil, depois de Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet. O Vettel já é um resultado da geração Schumacher. E a tendência que a Alemanha continue produzindo bons pilotos. O Sebastian Vettel dará sequência ao processo, e eles vão continuar tendo os ídolos que o Brasil não tem mais.

Andrey Ramos (@andrey_ramosbr) - Em que posição o Vasco precisa de reforços para Libertadores de 2012?

Lédio Carmona - Sem dúvida, a lateral esquerda, mais um zagueiro e outro centroavante. Não sei se é para ser titular, tenho muita paciência no Alecsandro, acho ele um bom atacante. A torcida do Vasco pega muito no pé dele. Tem o Elton lá na frente, mas o time precisa de mais um centroavante.

Alexandre Moreira (@Moreiramataripe) - O que fazer para equilibrar a Fórmula 1?

Celso Itiberê – Para que isso aconteça, os engenheiros de McLaren e Ferrari precisam conseguir a produzir um carro no mesmo patamar de eficiência do carro do Adrian Newey (projetista da RBR). Hoje, o equipamento conta muito. O carro da RBR é superior da Ferrari e McLaren. Esse equilíbrio viria se os equipamentos fossem mais equalizados. Atualmente existe uma superioridade dos carros do Vettel e de Weber em relação aos adversários.

Felipe Monteiro (@queroumtuiti) - Vocês acham que o Mano Menezes pode colocar o Diego Souza para começar jogando com Ronaldinho na Seleção Brasileira diante da Argentina?

Lédio Carmona – Acho que ele pode entrar com Diego Souza. Mano Menezes gosta muito dele. Pode jogar ao lado de Ronaldinho no meio.

Bruno Senna lamenta toque no muro e 15º lugar: 'Poderia ter sido melhor'

Brasileiro precisou fazer uma parada extra para trocar o bico dianteiro

O GP de Cingapura (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado), definitivamente, não foi o que Bruno Senna imaginava. Após marcar os primeiros pontos da carreira na Itália, o brasileiro teve um fim de semana complicado na cidade-estado asiática e terminou na 15ª posição. Como consolo, Bruno pelo menos bateu, mais uma vez, o companheiro Vitaly Petrov, o 17º.

Além de o carro da Renault-Lotus não render tão bem quanto nos GPs anteriores, Senna tocou no muro e precisou fazer uma parada a mais nos boxes para trocar o bico dianteiro, acabando com qualquer possibilidade de terminar na zona de pontuação.

- Quando entrei no hairpin, que é a curva mais lenta do circuito, minhas rodas travaram e eu bati no muro. Isso fez minha corrida muito, muito complicada. Primeiramente por causa do tempo perdido com e depois por causa da parada extra nos boxes. Poderia ter sido uma corrida muito melhor para a gente - lamentou.

O brasileiro revelou que sua Renault-Lotus sofreu com o alto desgaste dos pneus e projetou melhores atuações na próxima corrida, no Japão, daqui a duas semanas.

- Foi uma corrida difícil. Minha primeira volta foi muito boa, mas depois sofremos com a alta degradação dos pneus. Eu estava forçando para completar boas voltas. Quando colocamos os pneus macios eles não tiveram a mesma performance que os supermacios. Agora é começar a pensar no Japão, onde espero conseguir tirar mais do potencial do carro - completou.

Bruno Senna chegou apenas em 15º com a Renault-Lotus no GP de Cingapura (Foto: Getty Images)

A um ponto do bi, Vettel está perto de bater marca de aproveitamento na F-1

Alemão já fez 88,28% dos pontos e precisa apenas de segundos lugares para bater marca de Schumacher. Entretanto, pode ser campeão até sem pontuar

Após a nona vitória em 14 GPs na temporada 2011, Sebastian Vettel ficou em situação muito privilegiada para conquistar o bicampeonato já no Japão, próxima corrida do campeonato, no dia 9 de outubro. Para não depender dos rivais, o alemão da RBR precisa apenas marcar mais um pontinho. Ou seja, chegar na décima posição em uma das cinco corridas restantes. Tarefa fácil para quem tem o maior aproveitamento de pontos até agora em um ano na Fórmula 1 (88,28%). Só que ele pode ser campeão até mesmo se zerar até o fim do ano. Tudo vai depender de Jenson Button, da McLaren, único piloto que ainda pode "ameaçar" Vettel na luta pelo título.

- Tivemos uma temporada excepcional. Por isso, o título está ao nosso alcance. Mas, como já disse, ainda temos de ganhar aquele ponto - disse Vettel, mantendo a cautela.

Apenas uma improvável combinação de resultados pode tirar o bi do jovem alemão. Button tem de ganhar todos os cinco GPs restantes (Japão, Coreia do Sul, Índia, Abu Dhabi e Brasil) e ainda torcer para o alemão não marcar nem unzinho sequer. A tarefa do inglês é quase impossível, ainda mais porque a McLaren é a segunda força entre as equipes neste ano, abaixo da RBR e pouco acima da Ferrari. O campeão da Fórmula 1 em 2009 tem duas vitórias e oito pódios em 2011 e ainda teria de lutar contra a concorrência dos outros rivais dos três principais times.

Sebastian Vettel comemora a vitória em Cingapura, sua nona na temporada 2011 da F-1 (Foto: Reuters)

Como o título é uma questão de tempo, Vettel agora passa a se concentrar em bater o maior número de recordes possíveis nesta temporada. Além de poder se tornar o bicampeão mais jovem da Fórmula 1, o alemão da RBR pode bater também o recorde do aproveitamento de pontos em uma temporada. Com 309 marcados de 350 disputados, o alemão tem 88,28% de eficiência. Para superar o recorde de Michael Schumacher em 2002 (84,71%), o piloto da RBR precisa fazer 18 pontos de média, pelo menos. Ou seja, chegar na segunda posição em todas as provas. Não é uma tarefa complicada se levarmos em conta seu domínio neste ano.

Além do aproveitamento, Vettel pode bater as marcas de poles e vitórias em uma temporada. Com 11 primeiros lugares no grid em 2011, ele precisa de mais quatro nas cinco corridas restantes para superar a marca estabelecida pelo inglês Nigel Mansell em 1992 (14). Além disso, o número de triunfos em um ano, que pertence Michael Schumacher em 2004, está próximo. Com nove, ele teria de vencer todos os cinco GPs do fim de 2011. É sua tarefa mais complicada.