sábado, 3 de abril de 2010

Lucas espera corrida de "sobrevivência"



Chuva torrencial que desabou no circuito de Sepang nos minutos finais do Q1, aliada a um problema em um filtro do VR-01, relegaram Lucas à última fila do grid

A chuva mais uma vez deu o ingrediente do imprevisível na Fórmula 1, durante o treino classificatório para o GP da Malásia, terceira etapa do Mundial. Apesar de a pole position ter ficado com o australiano Mark Webber, da Red Bull, o grid reservou algumas surpresas como a 17ª posição para o inglês Jenson Button, da McLaren, vencedor da última etapa há uma semana na Austrália; o 19º lugar para Fernando Alonso e o 21º para Felipe Massa, ambos da Ferrari, com o McLaren de Lewis Hamilton entre eles. E a água deverá se fazer presente mais uma vez neste domingo (4) no horário da prova.

Nos boxes da estreante equipe Virgin, o treino classificatório foi dividido por emoções distintas. De um lado, a alegria pelo alemão Timo Glock ter passado ao Q2 ajudado pelos problemas enfrentados por carros que normalmente freqüentam as primeiras posições (os dois McLaren e os dois Ferrari); do outro, o esforço heróico dos mecânicos que encontraram durante o terceiro treino livre um filtro de combustível bloqueado no carro de Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa), e trabalharam entre a sessão livre e a primeira parte do classificatório para deixar o VR-01 número 25 pronto a tempo de completar algumas voltas, mas não o suficiente para lhe garantir uma posição melhor do que a 24ª, no momento em que o traçado acumulava mais água, no final do Q1.

"A equipe desmontou toda a parte traseira do carro, os mecânicos fizeram um trabalho incrível para colocar o carro na pista", destacou. De fato, Lucas saiu dos boxes para os quatro minutos finais do Q1, mas foi justamente quando a chuva forte veio - e voltou no início do Q3, causando inclusive uma interrupção de alguns minutos com bandeira vermelha. "Perdi 16 dos 20 minutos da primeira parte da classificação, e peguei o momento em que a chuva ficou mais intensa, então não deu para fazer muita coisa. Pelo menos, pude sentir uma melhora no carro", afirmou o brasileiro, que desde a etapa de abertura da temporada tem tido problemas com a bomba de combustível, que o obriga a ir à pista com uma maior carga de gasolina no tanque.

A equipe trabalha em uma atualização neste sentido, e até o aumento do tamanho do tanque dos dois carros será feito. As melhorias mais efetivas, no entanto, só entrarão em prática no início da temporada européia, a partir do GP da Espanha.

"Não foi uma coisa boa para a gente, porque nossa sexta-feira foi muito boa, e isso atrapalhou todo o nosso sábado, pois perdemos a nossa chance de trabalhar na estratégia durante o treino de classificação de acordo com a chuva. Agora, independente de pista molhada ou seca, vamos fazer o possível para terminar a corrida", disse.

Terceira etapa do Mundial de Fórmula 1, o GP da Malásia terá largada às 5 horas (de Brasília), com transmissão ao vivo pela Rede Globo.

Confira o grid de largada para o GP da Malásia:

1°. Mark WEBBER (AUS/Red Bull-Renault), 1min49s327 (18 voltas)
2°. Nico ROSBERG (ALE/Mercedes), 1min50s673 (22)
3°. Sebastian VETTEL (ALE/Red Bull-Renault), 1min50s789 (19)
4°. Adrian SUTIL (ALE/Force India-Mercedes), 1min50s914 (21)
5°. Nico HULKENBERG (ALE/Williams-Cosworth), 1min51s001 (22)
6°. Robert KUBICA (POL/Renault), 1min51s051 (19)
7°. Rubens BARRICHELLO (BRA/Williams-Cosworth), 1min51s511 (21)
8°. Michael SCHUMACHER (ALE/Mercedes), 1min51s717 (24)
9°. Kamui KOBAYASHI (JAP/Sauber-Ferrari), 1min51s767 (21)
10°. Vitantonio LIUZZI (ITA/Force India-Mercedes), 1min52s254 (21)
11°. Vitaly PETROV (RUS/Renault), 1min48s760 (15)
12°. Pedro DE LA ROSA (ESP/Sauber-Ferrari), 1min48s771 (13)
13°. Sebastian BUEMI (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min49s207 (15)
14°. Jaime ALGUERSUARI (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min49s464 (16)
15°. Heikki KOVALAINEN (FIN/Lotus-Cosworth), 1min52s270 (16)
16°. Timo GLOCK (ALE/Virgin-Cosworth), 1min52s520 (13)
17°. Jenson BUTTON (ING/McLaren-Mercedes), sem tempo (3)
18°. Jarno TRULLI (ITA/Lotus-Cosworth), 1min52s884 (6)
19°. Fernando ALONSO (ESP/Ferrari), 1min53s044 (8)
20°. Lewis HAMILTON (ING/McLaren-Mercedes), 1min53s050 (8)
21°. Felipe MASSA(BRA/Ferrari), 1min53s283 (7)
22°. Karun CHANDHOK (IND/Hispania-Cosworth), 1min56s299 (9)
23°. Bruno SENNA (BRA/Hispania-Cosworth), 1min57s269 (9)
24°. Lucas DI GRASSI (BRA/Virgin-Cosworth), 1min59s977 (4)

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Chuva elimina Massa e Alonso, e Mark Webber marca a pole do GP da Malásia





Australiano coloca pneus intermediários e supera rivais na parte final do treino. Rubens Barrichello supera Michael Schumacher e larga em sétimo


A chuva que deu emoção à corrida na Austrália voltou a atacar no treino classificatório para o GP da Malásia, neste sábado. O asfalto começou a ficar molhado cinco minutos antes da sessão e provocou um festival de erros de estratégia na McLaren e na Ferrari. Resultado: Fernando Alonso (19º), Lewis Hamilton (20º) e Felipe Massa (21º) foram eliminados na primeira parte. Jenson Button rodou, ficou na caixa de brita após marcar tempo e sai apenas em 17º. A pole ficou com Mark Webber, após uma interrupção de 15 minutos na superpole ocasionada pelas péssimas condições da pista em Sepang.

Com 1m49s327 e pneus intermediários, o australiano superou o tempo de Nico Rosberg, da Mercedes, com os intermediários, por 1s346. O alemão larga em segundo, logo à frente do compatriota Sebastian Vettel, da RBR, o terceiro. A Rede Globo transmite o GP da Malásia neste domingo, a partir das 5h (de Brasília). Veja a galeria de fotos do treino classificatório.

Adrian Sutil, da Force India, larga em quarto. O novato Nico Hulkenberg, da Williams, foi o quinto, seguido por Robert Kubica, da Renault, o sexto. Mas a superpole foi marcada pelo duelo entre Rubens Barrichello e Michael Schumacher. O brasileiro ficou sempre à frente do antigo companheiro de Ferrari e vai largar em sétimo. Já o alemão conseguiu apenas o oitavo tempo.

A surpresa Kamui Kobayashi, da Sauber, conseguiu avançar à superpole pela primeira vez no ano e ficou em nono. Vitantonio Liuzzi, companheiro de Adrian Sutil na Force India, completa a lista dos dez primeiros colocados no treino classificatório em Sepang.

Os outros brasileiros dividem a última fila do grid do GP da Malásia. Bruno Senna rodou na primeira parte do treino e conseguiu apenas o 23º tempo com sua Hispania. Já Lucas di Grassi teve problemas com a bomba de combustível da VRT e sairá na 24ª posição deste domingo.


McLaren e Ferrari sofrem com chuva

A chuva atingiu o circuito de Sepang cinco minutos antes do treino classificatório e rapidamente molhou a pista. A força não era a da tempestade de 2009, que causou o fim prematuro da corrida, mas obrigou todos a colocar pneus intermediários. À medida que o tempo avançava na primeira parte da sessão (Q1), a intensidade aumentou e as rodadas começaram a acontecer.

A McLaren e a Ferrari, vendo a chuva, cometeram um grave erro estratégico. As duas equipes demoraram a mandar seus pilotos à pista e acabaram por dificultar a vida deles. Hamilton e Button saíram com os pneus intermediários, mas rodaram por causa da pista molhada. O atual campeão conseguiu avançar à segunda parte (Q2), mas ficou atolado na caixa de brita e teve de ser rebocado.

Após os problemas, Button vai largar apenas em 17º. Já Hamilton marcou apenas o 20º tempo. Após cometer um erro e rodar, Alonso conseguiu um tempo melhor que Massa, mas insuficiente para avançar ao Q2. O espanhol começa a corrida em 19º e o brasileiro, que também saiu da pista, em 21º.

Os estreantes brasileiros também foram eliminados na primeira parte. Bruno Senna rodou logo no início e vai largar na penúltima posição do GP da Malásia. Já Lucas di Grassi demorou muito a ir para a pista por causa de problemas na bomba de combustível. Por causa da chuva, ele não conseguiu marcar um bom tempo e ficou em último.



Barrichello e Schumi duelam no Q2

A segunda parte do treino classificatório (Q2) viu a chuva aumentar no início, tanto que os pilotos tiveram de colocar pneus para chuva forte. Barrichello e Schumacher acabaram monopolizando as atenções, ao se revezar na ponta durante a maior parte dos 15 minutos. Entretanto, os dois acabaram sendo superados no fim, mas foram para a superpole.

Sebastian Vettel acabou como o mais rápido no Q2, que não teve surpresas entre os eliminados. Heikki Kovalainen, da Lotus, e Timo Glock, da VRT, colocaram suas equipes pela primeira vez nesta parte do treino, mas vão largar apenas em 15º e 16º, respectivamente. Sebastien Buemi (13º) e Jaime Alguersuari (14º), da STR, também acabaram fora.



Confira o grid de largada para o GP da Malásia:

Pos. Piloto País Equipe Tempo
1 Mark Webber AUS RBR-Renault 1m49s327
2 Nico Rosberg ALE Mercedes 1m50s673
3 Sebastian Vettel ALE RBR-Renault 1m50s789
4 Adrian Sutil ALE Force India-Mercedes 1m50s914
5 Nico Hulkenberg ALE Williams-Cosworth 1m51s001
6 Robert Kubica POL Renault 1m51s051
7 Rubens Barrichello BRA Williams-Cosworth 1m51s511
8 Michael Schumacher ALE Mercedes 1m51s717
9 Kamui Kobayashi JAP Sauber-Ferrari 1m51s767
10 Vitantonio Liuzzi ITA Force India-Mercedes 1m52s254
Eliminados na segunda parte do treino classificatório
11 Vitaly Petrov RUS Renault 1m48s760
12 Pedro de la Rosa ESP Sauber-Ferrari 1m48s771
13 Sebastien Buemi SUI STR-Ferrari 1m49s207
14 Jaime Alguersuari ESP STR-Ferrari 1m49s464
15 Heikki Kovalainen FIN Lotus-Cosworth 1m52s270
16 Timo Glock ALE VRT-Cosworth 1m52s520
17 Jenson Button ING McLaren-Mercedes sem tempo
Eliminados na primeira parte do treino classificatório
18 Jarno Trulli ITA Lotus-Cosworth 1m52s884
19 Fernando Alonso ESP Ferrari 1m53s044
20 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes 1m53s050
21 Felipe Massa BRA Ferrari 1m53s283
22 Karun Chandhok IND Hispania-Cosworth 1m56s299
23 Bruno Senna BRA Hispania-Cosworth 1m57s269
24 Lucas di Grassi BRA VRT-Cosworth 1m59s977





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terça-feira, 30 de março de 2010

De olho na temperatura, Lucas busca terminar corrida




Para o final de semana no forte e úmido calor da Malásia, Virgin apresenta pequenas atualizações em relação à confiabilidade do VR-01

Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa) espera que haja mais um avanço na evolução dos carros da equipe Virgin Racing para o GP da Malásia, que acontece neste domingo (4) no circuito de Sepang. Mesmo com dois abandonos nas duas provas anteriores, o brasileiro afirma que já vê melhoras no desempenho na comparação entre a etapa do último final de semana na Austrália e a abertura da temporada, no Barein. Entretanto, a equipe segue trabalhando.

"Temos algumas atualizações e algumas melhoras em relação à confiabilidade do carro, principalmente no que concerne aos problemas que tivemos e que nos prejudicaram na Austrália, como a bomba de combustível e detalhes na parte hidráulica que serão modificados e tratados com mais atenção durante o final de semana", disse Lucas, que demonstra preocupação especial em relação ao característico calor que faz na Malásia.

"As altas temperaturas prejudicam a durabilidade. Está bem mais quente aqui do que estava na Austrália. Isso sem falar na umidade, que é muito alta e aumenta a sensação de calor", observou. "Por causa disso, o carro em geral trabalha bem mais quente, e isso não é bom. Por isso estamos tão focados nestas melhorias, porque o objetivo é, antes de qualquer coisa, terminar a corrida", afirmou.

Um fator no VR-01 que deixou Di Grassi confiante após a corrida da Austrália foi o desempenho. "O carro melhorou e a performance está boa. Espero pelo menos brigar com os Lotus, o que não aconteceu em Melbourne, já que eles estavam um pouco mais rápidos e nós estávamos economizando combustível", ressaltou.

"Em termos gerais, deveremos ter uma melhora em relação à última corrida, e o mais importante é terminar a prova. É disso que realmente precisamos: fazer uma corrida inteira sem problemas. E, claro, continuar evoluindo", concluiu.

Confira a programação para o GP da Malásia de Fórmula 1 (horário de Brasília):

QUINTA-FEIRA (01/04):
23h00 - 1º treino livre

SEXTA-FEIRA (02/04):
03h00 - 2º treino livre

SÁBADO (03/04):
02h00 - 3º treino livre
05h00 - Treino Classificatório

DOMINGO (04/04):
05h00 - Largada

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Lucas faz boa corrida, duela com Schumacher, mas abandona





Brasileiro já demonstra evolução do carro da Virgin em relação à primeira prova da temporada


Em sua segunda corrida na Fórmula 1, Lucas Di Grassi (Clear, Eurobike, Sorocred, Schioppa, Locaweb) foi capaz de mostrar a evolução da Virgin em relação à etapa do Barein, na abertura da temporada. No GP da Austrália, disputado na madrugada deste domingo (28) no horário de Brasília, o brasileiro abandonou na 26ª das 58 voltas da prova. No Barein, Di Grassi teve de deixar a corrida após o terceiro giro.

O problema na bomba de combustível verificado nos dois carros da equipe no sábado durante o treino classificatório obrigou o time fazer a troca das peças no sábado à noite. Por isso, tanto Lucas como seu companheiro de equipe Timo Glock foram obrigados a largar dos boxes.

A pista molhada no início da prova e o traçado do Albert Park foram as senhas para uma corrida completamente diferente da que foi vista há duas semanas. Várias disputas por posição, ultrapassagens - e até alguns acidentes - mantiveram a emoção em alta no GP, vencido por Jenson Button, da McLaren.

"A corrida foi boa, apesar de termos de largar dos boxes por causa do defeito na bomba de combustível, que tivemos de trocar. Com a pista molhada, a primeira parte da prova foi normal, com o carro se comportando bem", comentou Lucas. "Infelizmente, paramos um pouco mais tarde que os outros para fazer a troca para os pneus de pista seca e por isso perdemos algum tempo, mas tudo estava correndo bem", narrou.

O ponto alto da corrida do brasileiro foi uma disputa pela 16ª posição com ninguém menos que o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, na quinta volta da corrida. Com a pista parcialmente úmida, o piloto da Mercedes ultrapassou o VR-01 de Di Grassi, mas o estreante retomou a posição com uma manobra por dentro da curva seguinte - conhecida no jargão do automobilismo como "xis".

"Ele teve de parar para trocar o bico do carro (Schumacher havia se envolvido em um acidente logo após a largada, na primeira curva com Fernando Alonso e Jenson Button) e tivemos uma boa disputa", lembra. "Foi um bom começo, mas ainda temos muito o que fazer no carro para começar a disputar para valer com as outras equipes que já estão estabelecidas há mais tempo na F1", analisou.

A razão do abandono de Lucas, na 26ª volta da corrida, foi um vazamento hidráulico. "Tudo parou de funcionar, e só deu para levar aos boxes", disse. A equipe ainda passou bom tempo trabalhando no carro do brasileiro para tentar colocá-lo de volta na pista, mas o problema se mostrou severo o bastante para acabar com as chances de continuidade do carro número 25 na corrida. "Vamos encontrar o problema e resolvê-lo. Com certeza estaremos melhores na próxima corrida. São pequenos passos que talvez outras pessoas não possam ver, mas são grandes evoluções para nós, uma equipe estreante. Estamos trabalhando duro para melhorar nossa situação e tenho plena confiança de que iremos evoluir", avaliou.

"Já melhoramos bastante em relação à última corrida, mas ainda temos muito o que fazer para o carro terminar os GPs. Tivemos uma boa performance, e vamos passar a fazer corridas melhores assim que o problema de durabilidade se resolver", concluiu Lucas.

A próxima etapa do Mundial de Fórmula 1 é o GP da Malásia, no circuito de Sepang, no dia 4 de abril.

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domingo, 28 de março de 2010

Apesar de carro mais pesado, Di Grassi vê melhoras na Austrália




Peso extra prejudica desempenho assim como queda da temperatura, que acarretou dificuldade para aquecer pneus e diminuiu aderência na pista do Albert Park


O trabalho nas duas semanas de intervalo entre os GPs do Barein e da Austrália já começa a render frutos para a Virgin Racing, equipe estreante que é defendida por Lucas Di Grassi (Clear, Eurobike, Sorocred, Schioppa, Locaweb). O time já apresenta rápida reação em termos de durabilidade e permitiu que o piloto brasileiro fizesse séries maiores de voltas sem nenhum inconveniente neste quesito.

"Nosso objetivo é fazer esta corrida como se fosse um teste, chegando ao final da prova", afirmou. "E quando o carro estiver totalmente confiável, o foco vai ser a melhora no desempenho", apontou. O 22º lugar obtido para o grid, no entanto, não demonstra a real condição do VR-01, primeiro carro a ser completamente desenvolvido no CFD, dispensando o uso do túnel de vento.

"Não é a nossa posição real por causa do peso extra que estamos carregando", revelou o piloto, que assim como o companheiro de equipe, tem sido instruído por seu engenheiro a ir para a pista com uma quantidade maior de combustível, ao contrário do que ocorre normalmente em treinos classificatórios, quando os pilotos usam uma quantidade mínima de gasolina para diminuir o peso, e consequentemente, conseguir tempos de volta mais rápidos.

A medida trata-se de uma precaução em virtude de um problema enfrentado na sexta-feira com um dos pescadores de combustível (que leva a gasolina do tanque para o motor) do VR-01. Nick Wirth, projetista do modelo da Virgin, explica que tanto o carro de Lucas como o do alemão Timo Glock estão indo à pista sempre com combustível extra, o que acarreta sobrepeso.

"Além disso, sou mais alto e mais pesado que o meu companheiro de equipe, e só esta diferença já representa cerca de oito décimos no tempo de volta", apontou o brasileiro. "Então, acho que em condições normais nós estaríamos mais próximos dos carros da Lotus", analisou.

Além do peso extra em seu VR-01, houve outro fator que impediu o brasileiro de conquistar tempos de volta mais baixos durante o classificatório. Fator externo que pegou alguns outros pilotos de surpresa: a súbita queda da temperatura ambiente - e por conseqüência, do asfalto - entre o terceiro treino livre, realizado durante a manhã (no horário australiano), e a sessão que definiu as posições no grid.

"O treino livre foi bom, consegui dar várias voltas", afirmou Lucas, que marcou o 21º tempo da sessão e ficou à frente de seu companheiro de equipe na Virgin Racing, o alemão Timo Glock. "Depois disso melhoramos um pouco o acerto, mas a temperatura na hora da classificação baixou 10 graus, o que tornou a tarefa de aquecer os pneus bem mais complicada, e o carro ficou muito instável e difícil de guiar, nos impedindo de maximizar a performance do carro nas voltas lançadas", explicou o brasileiro, que ficou com a 22ª posição no grid de largada.

Este foi um drama comum enfrentado por alguns pilotos em Melbourne. Felipe Massa também afirmou logo após o treino classificatório que por causa da queda de temperatura ele não conseguia maximizar o desempenho dos pneus em suas voltas rápidas.

Entretanto, o estreante brasileiro se mostra otimista para a corrida, que tem largada marcada para as 3 horas da manhã (horário de Brasília) deste domingo (28), com transmissão ao vivo pela Rede Globo. "Gostei da pista. Ela é mais rápida do que parece, mas tem muitas ondulações, o que para o nosso carro não é o ideal. O carro está melhor, não tivemos mais problemas hidráulicos. Depois de um início difícil, encontramos o caminho certo, e repito: quero fazer a corrida com o objetivo de terminá-la", disse.

Confira o grid de largada para o GP da Austrália:

1-) Sebastian VETTEL (ALE/Red Bull-Renault) - 1min23s919
2-) Mark WEBBER (AUS/Red Bull-Renault) - 1min24s035
3-) Fernando ALONSO (ESP/Ferrari) - 1min24s111
4-) Jenson BUTTON (ING/McLaren-Mercedes) - 1min24s675
5-) Felipe MASSA (BRA/Ferrari) - 1min24s837
6-) Nico ROSBERG (ALE/Mercedes) - 1min24s884
7-) Michael SCHUMACHER (ALE/Mercedes)- 1min24s927
8-) Rubens BARRICHELLO (BRA/Williams-Cosworth) - 1min25s217
9-) Robert KUBICA (POL/Renault) - 1min25s372
10-) Adrian SUTIL (ALE/Force India-Mercedes) - 1min26s036
11-) Lewis HAMILTON (ING/McLaren-Mercedes) - 1min25s184
12-) Sebastien BUEMI (SUI/Toro Rosso-Ferrari) - 1min25s638
13-) Vitantonio LIUZZI (ITA/Force India-Mercedes) - 1min25s743
14-) Pedro DE LA ROSA (ESP/Sauber-Ferrari) - 1min25s747
15-) Nico HULKENBERG (ALE/Williams-Cosworth) - 1min25s748
16-) Kamui KOBAYASHI (JAP/Sauber-Ferrari) - 1min25s777
17-) Jaime ALGUERSUARI (ESP/Toro Rosso-Ferrari) - 1min26s089
18-) Vitaly PETROV (RUS/Renault) - 1min26s471
19-) Heikki KOVALAINEN (FIN/Lotus-Cosworth) - 1min28s797
20-) Jarno TRULLI (ITA/Lotus-Cosworth) - 1min29s111
21-) Timo GLOCK (ALE/Virgin-Cosworth) - 1min29s592
22-) Lucas DI GRASSI (BRA/Virgin-Cosworth) - 1min30s185
23-) Bruno SENNA (BRA/Hispania-Cosworth) - 1min30s526
24-) Karun CHANDHOK (IND/Hispania-Cosworth) - 1min30s613


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Com pancada de chuva e emoção de volta, Button vence o GP da Austrália




Inglês troca pneus na hora certa e conta com a sorte após abandono de Vettel. Kubica resiste a ataques e chega em segundo, à frente de Massa


Após a monótona corrida no Bahrein, com uma procissão que irritou pilotos e torcedores, a Fórmula 1 precisava de uma chacoalhada na Austrália. E foi uma pancada de chuva dez minutos antes da largada que desencadeou uma das provas mais animadas dos últimos tempos na categoria. Quando o pole Sebastian Vettel passou reto na curva e abandonou na 25ª volta, o atual campeão tomou as rédeas em Melbourne. Primeiro a apostar nos pneus para pista seca, Jenson Button assumiu a ponta e conduziu sua McLaren até a bandeirada do ator John Travolta, vencendo pela primeira vez desde o GP da Turquia no ano passado e quebrando um jejum de 11 corridas em nove meses.

Atrás de Button veio um heroico Robert Kubica. O polonês da Renault segurou a pressão do inglês Lewis Hamilton durante a maior parte da prova e terminou em segundo. O brasileiro Felipe Massa completou o pódio e assegurou o melhor início de temporada da carreira, com o segundo lugar no Bahrein e o terceiro na Austrália. Para chegar lá, ele resistiu ao fogo amigo do companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, que rodou na largada e caiu para último, mas fez uma excelente corrida de recuperação para terminar em quarto. O bicampeão mundial segue na liderança do campeonato, com 37 pontos, quatro a mais que Massa e seis a mais que Button.

Alonso foi pressionado no fim por Hamilton, que acabou tocando Mark Webber, da RBR, e caiu para o sexto lugar. O quinto foi Nico Rosberg, que mais uma vez deixou para trás Michael Schumacher no duelo interno da Mercedes – o veterano de 41 anos chegou em décimo após trocar a asa de seu carro logo na primeira volta e sofrer para superar rivais mais lentos à sua frente. Rubens Barrichello, da Williams, cruzou a linha de chegada em oitavo, logo atrás do italiano Vitantonio Liuzzi, da Force India. Atrás de Rubinho vieram Webber e Schumi, fechando a zona de pontuação.

Os brasileiros estreantes abandonaram mais uma vez. Com um problema hidráulico em seu Hispania, Bruno Senna parou na quarta volta. Lucas di Grassi, da VRT, resistiu até a 30ª, mas foi obrigado a recolher o carro aos boxes.


Chuva e confusão





Dez minutos antes da largada, uma chuva leve molhou toda a pista montada nas ruas do Albert Park. Já com o grid montado, as equipes correram para colocar pneus intermediários nos carros. Mesmo assim, com a pista muito escorregadia, os pilotos tiveram dificuldades na volta de apresentação.

Na largada, Vettel manteve a ponta com facilidade, enquanto Massa pulou para trás dele ao ganhar três posições. Webber perdeu o segundo lugar, mas o grande prejudicado foi Alonso. Após largar em terceiro, o espanhol patinou, perdeu tempo e, para piorar, ainda tocou a roda de Button na primeira curva. Com a rodada, o bicampeão mundial caiu para último.

Outra vítima do festival de toques na primeira curva foi Schumacher, que teve a asa dianteira danificada. A Mercedes ordenou que ele voltasse aos boxes para trocar a peça, e o retorno à pista foi na parte de trás do pelotão. Ainda na volta inicial, pouco antes da curva Sports Centre, Kamui Kobayashi, da Sauber, acertou um pedaço de carro que estava na pista, perdeu o controle e colidiu em cheio com a Williams de Nico Hulkenberg. Sobrou também para o suíço Sebastien Buemi, que teve sua STR atingida por Nico. Os três saíram da corrida, confirmando logo no início uma previsão óbvia para a prova: a entrada do safety car, que ficou até a quarta volta.

Com a relargada, Vettel e Massa se mantiveram na frente, enquanto Webber era pressionado por Robert Kubica na briga pela terceira posição. Lá atrás, Alonso começava sua corrida de recuperação ultrapassando Timo Glock.

Jenson Button, que perdeu sua posição para o companheiro Hamilton, foi o primeiro a entrar nos boxes – na sexta volta – para colocar os pneus macios de pista seca. Ele deu uma escapada na saída do pit stop, mas se segurou na pista e passou a andar mais rápido que os rivais. Duas passagens depois, quase todos os pilotos fizeram o mesmo, mas àquela altura o atual campeão do mundo já tinha dado a cartada certeira.


Trocas com atraso

A RBR só chamou Vettel para a troca uma volta depois de Button. O alemão manteve a liderança, mas perdeu boa parte da vantagem. Webber não teve a mesma sorte: após mudar os pneus, deu uma escapada na curva e perdeu a quinta posição para Massa.

Na 12ª volta, ao retornar do pit stop, Hamilton começou a recuperar terreno e superou Barrichello para ganhar a sétima posição. O inglês colou em Webber, enquanto o australiano ainda estava com pneus frios. Alonso continuava firme em sua recuperação, tomando o nono lugar de Pedro de la Rosa, da Sauber.


Chuva volta, mas vai embora rápido


Na 14ª volta, todos os pilotos já estavam com pneus para pista seca e, para desespero geral, uma leve garoa voltou a cair em Albert Park. Mas o asfalto mantinha boas condições, e as disputas por posição continuaram. Na 15ª, Alonso pulou para oitavo, deixando Barrichello para trás, enquanto a ameaça de chuva era definitivamente descartada.

Na passagem seguinte, Webber atacou Massa e conseguiu a ultrapassagem, seguido por Hamilton. O inglês tentou superar o australiano na Sports Centre, mas os dois se tocaram e foram parar na caixa de brita. Retornaram sem maiores problemas, e o dono da casa começou a andar rápido, recuperando o tempo perdido.



Com a temperatura baixa do asfalto, Felipe sofria com o equilíbrio de sua Ferrari. Na 22ª volta, o brasileiro saiu de traseira e permitiu mais um ataque de Hamilton, que o ultrapassou novamente com facilidade. Àquela altura, Alonso já estava colado na traseira do companheiro de equipe, mas não conseguiu superá-lo e ainda perdeu a posição para Webber.


Sem freio, Vettel roda

No fim da 26ª volta, a luta pelo primeiro lugar teve sua reviravolta definitiva. Com problemas nos freios, Vettel passou reto na curva Ascari e, atolado na caixa de brita, não conseguiu mais voltar. A liderança caiu no colo de Jenson Button, que era um dos mais rápidos naquele momento. Kubica ficou com a segunda posição, mas ainda sofreria bastante para mantê-la.

Uma volta depois, Hamilton ultrapassou Rosberg e foi à caça de Kubica. O polonês se manteve à frente com bravura, segurando os ataques do inglês no fim da reta dos boxes de Melbourne. Na 33ª passagem, alguns dos ponteiros optaram por trocar os pneus para tentar melhorar seus desempenhos. Webber foi o primeiro, seguido por Rosberg e Hamilton. Com as paradas, Massa e Alonso subiram para o terceiro e quarto lugares.


Webber e Hamilton se estranham


A prova já estava na 37ª volta quando Webber e Hamilton iniciaram mais um duelo, enquanto tentavam se aproximar das Ferraris. O inglês errou, foi superado pelo australiano, mas devolveu em seguida. Rob Smedley, engenheiro de Massa, mandava o brasileiro atacar Kubica, mas o piloto da Ferrari já estava com os pneus deteriorados, assim como o companheiro Alonso, em quarto.

A dez voltas do fim, Hamilton chegou em Alonso e passou a travar uma batalha com seu maior rival na categoria. O espanhol sofria com a aderência dos pneus, mas conseguia se manter à frente do inglês, que tentava a ultrapassagem em todos os fins de reta.



Após ser superado no Bahrein, Massa segura a posição na frente de Alonso no GP da Austrália
Foto: Agência/Reuters


Na penúltima volta, o inglês ainda tentou mais uma vez, errou e teve a traseira acertada por Webber. Os dois foram novamente para a caixa de brita, mas assim como da primeira vez, conseguiram retornar à pista. O campeão de 2008 caiu para a sexta posição, enquanto o australiano foi obrigado a trocar o bico e voltou em nono. Na frente, alheio a tudo isso e já com uma boa vantagem, Jenson Button cruzou a linha de chegada e fez as pazes com a vitória.


Confira o resultado final do GP da Austrália:

Pos Piloto País Equipes Tempo
1 Jenson Button ING McLaren-Mercedes 58 voltas em 1h33m36s531
2 Robert Kubica POL Renault a 12s034
3 Felipe Massa BRA Ferrari a 14s488
4 Fernando Alonso ESP Ferrari a 16s304
5 Nico Rosberg ALE Mercedes a 16s683
6 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes a 29s898
7 Vitantonio Liuzzi ITA Force India-Mercedes a 59s847
8 Rubens Barrichello BRA Williams-Cosworth a 1m00s536
9 Mark Webber AUS RBR-Renault a 1m07s319
10 Michael Schumacher ALE Mercedes a 1m09s391
11 Jaime Alguersuari ESP STR-Ferrari a 1m11s301
12 Pedro de la Rosa ESP Sauber-Ferrari a 1m14s084
13 Heikki Kovalainen FIN Lotus-Cosworth a 2 voltas
14 Karun Chandhok IND Hispania-Cosworth a 5 voltas
Não completaram
Timo Glock ALE VRT-Cosworth a 17 voltas/mecânico
Lucas di Grassi BRA VRT-Cosworth a 32 voltas/mecânico
Sebastian Vettel ALE RBR-Renault a 33 voltas/freio
Adrian Sutil ALE Force India-Mercedes a 49 voltas/mecânico
Vitaly Petrov RUS Renault a 49 voltas/rodada
Bruno Senna BRA Hispania-Cosworth a 54 voltas/hidráulico
Sebastien Buemi SUI STR-Ferrari a 58 voltas/acidente
Nico Hulkenberg ALE Williams-Cosworth a 58 voltas/acidente
Kamui Kobayashi JAP Sauber-Ferrari a 58 voltas/acidente
Jarno Trulli ITA Lotus-Cosworth a 58 voltas/não largou


Fonte: Globo Esporte

GP da Austrália


  • Circuito:Albert Park Grand Prix Circuit, Melbourne
  • Data:28 Mar 2010
  • Nº de voltas:58
  • Volta no circuito:5.303m
  • Total do percurso:307.574 km

Estatísticas

  • Melhor volta1m24s125 - Michael Schumacher - 2004
  • Provas realizadas13
  • Último vencedorJenson Button

Infográfico

Histórico

O circuito de Albert Park Lane aproveita trechos da estrada próximos a uma lagoa artificial situada ao sul do distrito financeiro de Melbourne. É um dos mais belos da F1. Antes de 1996 o GP de Austrália era disputado em outro circuito urbano em Adelaide. A pista é considerada fácil pelos pilotos, mas a ultrapassagem é difícil. É de média velocidade, com algumas curvas bem fechadas, mas com uma reta comprida que permite pisar no acelerador. O número de espectadores tem diminuído nos últimos anos. Em 2009, 286 mil pessoas acompanharam a corrida, longe das 401 mil de 1996.