domingo, 22 de outubro de 2006

Massa obtém oitava vitória de um brasileiro em casa

São Paulo (SP) - Após 13 anos, o paulista Felipe Massa recolocou o Brasil no lugar mais alto do pódio no GP Brasil de Fórmula 1. Neste domingo, ele liderou a prova praticamente de ponta a ponta e quebrou o jejum nacional.

Desde a vitória de Ayrton Senna em 1993, quando o piloto acabou carregado nos braços do povo, o país não tinha um piloto da casa terminando na primeira colocação no circuito de Interlagos.

Neste domingo, o jejum teve fim. Com uma performance impecável na prova, Massa só perdeu a liderança na primeira parada dos boxes para o espanhol Fernando Alonso, que terminou em segundo.

Com o triunfo desta tarde, ele se tornou o quinto piloto a vencer, sendo a oitava vitória. Antes de Massa, Emerson Fittipaldi ganhou em 1973 (com a Lotus) e 1974 (McLaren). No ano seguinte, foi a vez de José Carlos Pace triunfar com a Brabham.

No circuito de Jacarepaguá, Nelson Piquet ganhou por duas vezes (1983, com Brabham, e 1986, com Williams). Por fim, o último a vencer foi Senna, em 1991 e 1993, ambas

Barrichello se diz feliz por vitória de Massa

São Paulo (SP) - No final de semana de festa de Felipe Massa pela primeira vitória em Interlagos, Rubens Barrichello não poupou elogios ao compatriota. Sétimo colocado na prova deste domingo, após início promissor, o piloto da Honda fez questão de parabenizar Massa logo depois da execução do hino nacional.

“Estou muito feliz como público”, disse, em entrevista à Rede Globo, sem negar um pontinho de inveja ao companheiro. “Dá vontade de estar lá, mas ele está de parabéns, teve um final de semana perfeito e ainda teve a sorte de ter o Michael fora da jogada. É muito bom e é algo que ainda estou buscando”, completou.

Ao se referir a Schumacher, Barrichello voltou a ressaltar a disputa que teve com o alemão durante os seis anos em que esteve na Ferrari. Nestas temporadas, viu a preferência da equipe pelo alemão e perdeu oportunidades de trilhar melhor caminho. Neste domingo, Schumacher sofreu com um pneu furado no início e ficou de fora da briga pela vitória.

No Brasil, Barrichello marcou duas pole positions, em 2003 e 2004, sempre com a Ferrari, mas foi no primeiro destes anos que sofreu sua maior decepção, ao abandonar no final por falta de gasolina quan

Conheça as histórias e os campões do GP Brasil

Os campeonatos mundiais de Fórmula 1 tiveram origem nos GPs disputados na Europa, desde o início do século 20. Foram interrompidos durante a Segunda Guerra Mundial e retornaram em julho de 1945. O Brasil entrou no circuito das competições em 1972, quando o argentino Carlos Reutemann, da Brabham, ganhou a prova inaugural no Autódromo de Interlagos, que não contou pontos para o campeonato.

Os pódios nacionais no GP Brasil de Fórmula 1 começaram com Emerson Fittipaldi, hoje com 59 anos. Ele venceu as provas de 1973 e 1974, primeiro com a Lotus e, depois, com a McLaren, em Interlagos. Fittipaldi também ganhou a corrida que inaugurou o Autódromo de Brasília, em 1974. Mas, por ser uma prova festiva, não valeu pontos para o Mundial de Pilotos daquela temporada.

Ainda nos anos 70, destacou-se José Carlos Pace, que teve apenas uma vitória na Fórmula 1, justamente o GP Brasil de 1975, pilotando uma Brabham, no autódromo paulista. O segundo lugar foi de Emerson Fittipaldi. Pace morreu em março de 1977, num acidente com o avião que pilotava, nos arredores de São Paulo.

Depois do pódio de Pace, foram oito anos sem vitória de brasileiros em casa. Quem quebrou esse jejum foi Nelson Piquet, no dia 13 de março de 1983, na prova de abertura da temporada, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Nesse ano, correndo pela Brabham, Piquet conquistou o segundo de seus três títulos mundiais (o primeiro foi em 1981; o terceiro, em 1987).

Em 1986, o GP Brasil continuava abrindo a temporada da Fórmula 1. Na prova de Jacarepaguá, Nelson Piquet, já na Williams, voltou a ganhar. Ayrton Senna (Lotus) ficou em segundo. Cinco anos depois, Senna chegaria à sua primeira conquista no país, repetindo o feito em 1993. Nas duas ocasiões, correndo pela McLaren, ele venceu em Interlagos.

Assim, lá se vão 13 anos da última vitória de um piloto anfitrião no GP Brasil de Fórmula 1. Nesse tempo, Michael Schumacher venceu quatro vezes, a primeira no dia 27 de março de 1994, quando Ayrton Senna rodou e não concluiu a prova. Um mês e quatro dias depois, Senna morreu, em acidente no GP de San Marino. Depois de 2002, Schumacher não voltou mais ao primeiro lugar do pódio brasileiro. Nos dois últimos GPs brasileiros, venceu o colombiano Juan Pablo Montoya, que, em julho passado, se afastou da Fórmula 1, quando corria pela McLaren.

Rei do Rio
É o francês Alain Prost o grande vencedor de GPs brasileiros, com seis conquistas em oito anos, entre 1982 e 1990. Foi apenas uma vitória no Autódromo de Interlagos, e as demais no de Jacarepaguá — o que lhe valeu o título de “Rei do Rio”. Nessas conquistas, Prost se revezou no cockpit de três escuderias: Renault, McLaren e Ferrari.

Ayrton Senna, morto em 1994, ainda é o líder em pole positions do GP do Brasil de Fórmula 1. Foram seis: três em GPs no Autódromo de Jacarepaguá — 1986, 1988 e 1989 — e a mesma quantidade em Interlagos — 1990, 1991 e 1994. A liderança está longe de ser alcançada, pois o mais próximo da marca de Senna, o finlandês Mika Hakkinen, tem apenas três poles, todas no autódromo paulista, em anos consecutivos, entre 1998 e 2000.

Uma curiosidade: o GP do Brasil é a única prova na história em que o ganhador foi declarado 24 horas depois. Isso aconteceu em 2003, em Interlagos, quando Kimi Raikkonen terminou em primeiro. Mas como a corrida tinha sido interrompida duas voltas antes, devido a diversos acidentes na chuva, a vitória foi dada a Giancarlo Fisichella, que corria com a Jordan.

Felipe Massa vence e Alonso garante o título


São Paulo (SP) - Em um domingo de festa em Interlagos, o Brasil quebrou o jejum de 13 anos sem vitória em São Paulo e voltou a figurar no lugar mais alto do pódio. O responsável pelo feito foi o paulista Felipe Massa, que pilotou com categoria desde o início e completou um final de semana perfeito – já havia sido pole position – com seu segundo triunfo na Fórmula 1.

Mas a festa não se resumiu apenas aos brasileiros. Tão ou mais feliz ficou o espanhol Fernando Alonso, que com o segundo lugar na prova se tornou bicampeão mundial da categoria, provando ser o piloto mais regular dos últimos anos. Precisando de apenas um ponto neste domingo, largou em quarto, mas fez prova equilibrada para garantir o título.

O alemão Michael Schumacher, que ainda sonhava com a conquista do oitavo campeonato, mas precisava de um milagre, viu suas chances se esvaírem logo no início, quando tentou uma ultrapassagem e viu um de seus pneus traseiros estourarem. Ele caiu para o último lugar, fez recuperação espetacular e ainda terminou em quarto.



domingo, 8 de outubro de 2006

Alonso vence e fica próximo do bicampeonato da F1



GP do Japão


Schumacher abandona e Alonso fica perto do título

Tudo parecia perfeito para o alemão Michael Schumacher até a 36ª volta do GP de Suzuka, no Japão. Com folga na frente após bom início, caminhava tranqüilo neste domingo para mais uma vitória, que o colocaria perto do oitavo título da carreira. No entanto, improvável quebra de motor da Ferrari após saída dos boxes praticamente enterrou o sonho do piloto em ser novamente campeão.

Quem se deu bem foi o espanhol Fernando Alonso, que venceu sua sétima prova na temporada após sair na quinta colocação no grid. O espanhol foi aos poucos garantindo seu espaço, recebeu inesperado presente e agora fica perto de conquistar o segundo título seguido, que pode acontecer com um oitavo lugar no GP do Brasil, no dia 22 de outubro.

Com a vitória, Alonso foi a 126 pontos na tabela e deixou Schumacher com 116, precisando de milagre em Interlagos para ficar com a oitava taça. Antes com chance de ser campeão no Japão, o alemão precisa do inverso: vencer a 18ª etapa e ainda torcer para que seu principal rival não complete ou chegue em nono. Neste caso, empataria em pontos, mas levaria vantagem no critério de desempate por ter mais vitórias (8 a 7).

O brasileiro Felipe Massa, que largou na pole position, fez boa corrida e terminou com a segunda colocação, garantindo pontos importantes na briga pelo terceiro lugar no campeonato. Na corrida, o companheiro de Alonso, o italiano Giancarlo Fisichella completou o pódio, mas não impediu que o brasileiro o ultrapassasse na classificação geral (70 a 69).
Ao final, Alonso não escondeu sua satisfação pela volta aos bons resultados. O piloto não vencia desde o GP do Canadá, no dia 25 de junho, e passou sete corridas sem subir ao lugar mais alto do pódio. Nesta série, Schumacher elevou o nível, fez 57 pontos contra 32 do rival e chegou à liderança no Japão, com a possibilidade de ficar com o título.

Alonso tenta repetir a temporada 2005, quando ficou com o título também no GP do Brasil, na ocasião a antepenúltima etapa da temporada. A diferença naquele ano é que chegou a São Paulo com mais folga na tabela e seu concorrente era outro: o finlandês Kimi Raikkonen, que encerra sua participação pela McLaren e inicia em 2007 nova era na Ferrari.

O GP de Suzuka também não foi bom para Rubens Barrichello. Ele teve problemas, precisou trocar o bico logo cedo e despencou na classificação antes de chegar em 12º. Seu companheiro, Jenson Button, por sua vez, confirmou a boa forma e terminou em quarto. Raikkonen (quinto), Jarno Trulli (sexto), Ralf Schumacher (sétimo) e Nick Heidfeld (oitavo) também pontuaram.

A largada da prova deixou as primeiras colocações iguais, com a manutenção da liderança do pole position Massa. Quem se deu bem foi Alonso, que pulou para quarto, superando Trulli. Na segunda volta, porém, aconteceu a primeira mudança importante, com a ultrapassagem de Schumacher sobre o companheiro de Ferrari.

Os dois seguiram em bom ritmo na frente, abrindo cerca de cinco segundos em relação dos demais concorrentes. No pelotão de trás, Barrichello fez sua primeira parada após toque na largada e trocou o bico do carro, caindo para a 22ª colocação. As posições na frente ficaram praticamente as mesmas até a primeira série de pit stops, quando começou o show de Alonso.

Depois de ultrapassar Ralf Schumacher e assumir o terceiro lugar, o atual campeão mundial conseguiu dois giros rapidíssimos e obrigou que a Ferrari antecipasse a parada de Massa, que aparecia com problemas de pneu. Uma volta mais tarde, a Renault trabalhou bem e Alonso garantiu o retorno de seu piloto à frente do brasileiro, na segunda posição.

Schumacher manteve a ponta e iniciou disputa pessoal com o espanhol, com diferença na casa dos cinco segundos. Veio, então, a segunda série de paradas e a mudança que praticamente definiu o título da temporada 2006. Logo após o pit, na 37ª volta, o motor da Ferrari do alemão estourou e obrigou o piloto a abandonar a prova.

Alonso herdou a primeira posição sem maiores dificuldades, um prêmio por sua consistência e agressividade na corrida, e continuou à frente até o final, sem ser incomodado por Massa. O espanhol, que torcia por chuva para ter mais chances contra as rápidas Ferrari, teve presente ainda maior.

Confira a classificação final:
1) Fernando Alonso (ESP/Renault/M), 53 voltas em 1h23min53s413
2) Felipe Massa (BRA/Ferrari/B), a 16s151
3) Giancarlo Fisichella (ITA/Renault/M), a 23s953
4) Jenson Button (ING/Honda/M), a 34s101
5) Kimi Raikkonen (FIN/McLaren-Mercedes/M), a 43s596
6) Jarno Trulli (ITA/Toyota/B), a 46s717
7) Ralf Schumacher (ALE/Toyota/B), a 48s869
8) Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber/M), a 1min16s095
9) Robert Kubica (POL/BMW Sauber/M), a 1min16s932
10) Nico Rosberg (ALE/Williams-Cosworth/B), a 1 volta
11) Pedro de la Rosa (ESP/McLaren-Mercedes/M), a 1 volta
12) Rubens Barrichello (BRA/Honda/M), a 1 volta
13) Robert Doornbos (POR/Red Bull-Ferrari/M), a 1 volta
14) Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso-Cosworth/M), a 1 volta
15) Takuma Sato (JAP/Super Aguri-Honda/B), a 1 volta
16) Tiago Monteiro (POR/MF1-Toyota/B), a 2 voltas
17) Sakon Yamamoto (JAP/Super Aguri-Honda/B), a 3 voltas

Não completaram
Scott Speed (EUA/Toro Rosso-Cosworth/M), 48ª volta
Mark Webber (AUS/Williams-Cosworth/B), 40ª
Michael Schumacher (ALE/Ferrari/B), 37ª
David Coulthard (ESC/Red Bull-Ferrari/M), 36ª
Christijan Albers (HOL/MF1-Toyota/B), 22ª

domingo, 1 de outubro de 2006

Schumacher vence, empata classificação e assume a liderança



Xangai (China) - O alemão Michael Schumacher assegurou seu melhor resultado no GP da China de Fórmula 1 e garantiu a vitória na corrida deste domingo. O espanhol Fernando Alonso ficou em segundo e os dois agora somam exatamente os mesmos 116 pontos no Mundial de Pilotos, embolando ainda mais a disputa pelo título.

Apesar da igualdade de pontuação, o alemão leva vantagem no critério de desempate. Com sete vitórias na temporada, uma a mais que seu adversário, ele é oficialmente o líder da classificação.

Com este resultado, o título mundial pode ser definido no próximo final de semana, no GP do Japão. Para isso, Schumacher precisa vencer a prova e Alonso não pode pontuar na corrida.
Giancarlo Fisichella terminou em terceiro com Jenson Button em quarto. O final da prova foi marcado pelo retorno da chuva que complicou a vida para os pilotos. Nick Heidfeld bateu nos últimos metros da volta final e Rubens Barrichello acabou perdendo posições, mas terminou em sexto, atrás de Pedro De la Rosa.

O brasileiro Felipe Massa teve problemas com a suspensão de seu carro e não conseguiu completar a prova. O piloto da Ferrari fazia uma prova de recuperação e após largar em 20º no grid, ocupava o nono lugar quando seu carro sofreu um toque com o de David Coulthard em uma disputa de posição.
O abandono custou a Massa a terceira posição na classificação geral, que foi assumida por Fisichella. A Ferrari também saiu perdendo com isso e foi ultrapassada pela Renault no Mundial de Construtores. A escuderia francesa soma 179 pontos, um a mais que o time de Maranello.

Veja como terminou a prova em Xangai:
1 - Michael Schumacher (ALE/Ferrari) – 1h48min739
2 - Fernando Alonso (ESP/Renault) – a 3s1
3 - Giancarlo Fisichella (ITA/Renault) – a 44s1
4 - Jenson Button (ING/Honda) – a 72s0
5 - Pedro de la Rosa (ESP/McLaren) – a 77s1
6 - Rubens Barrichello (BRA/Honda) – a 79s1
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber) – a 91s9
8 - Mark Webber (AUS/Williams) – a 93s1
9 - David Coulthard (ESC/Red Bull) – a 93s3
10 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso) – a 1 volta
11 - Nico Rosberg (ALE/Williams) – a 1 volta
12 - Robert Doornbos (POR/Red Bull) – a 1 volta
13 - Robert Kubica (POL/Sauber) – a 1 volta
14 - Takuma Sato (JAP/Super Aguri) – a 1 volta
15 - Scott Speed (EUA/Toro Rosso) – a 1 volta
16 - Christijan Albers (HOL/MF1) – a 3 voltas
17 - Sakon Yamamoto (JAP/Super Aguri) – a 4 voltas
Não completaram a prova
Ralf Schumacher (ALE/Toyota) – a 7 voltas
Felipe Massa (BRA/Ferrari) – a 12 voltas
Jarno Trulli (ITA/Toyota) – a 18 voltas
Tiago Monteiro (POR/MF1) – a 19 voltas
Kimi Raikkonen (FIN/McLaren-Mercedes) – a 38 voltas