Os campeonatos mundiais de Fórmula 1 tiveram origem nos GPs disputados na Europa, desde o início do século 20. Foram interrompidos durante a Segunda Guerra Mundial e retornaram em julho de 1945. O Brasil entrou no circuito das competições em 1972, quando o argentino Carlos Reutemann, da Brabham, ganhou a prova inaugural no Autódromo de Interlagos, que não contou pontos para o campeonato.
Os pódios nacionais no GP Brasil de Fórmula 1 começaram com Emerson Fittipaldi, hoje com 59 anos. Ele venceu as provas de 1973 e 1974, primeiro com a Lotus e, depois, com a McLaren, em Interlagos. Fittipaldi também ganhou a corrida que inaugurou o Autódromo de Brasília, em 1974. Mas, por ser uma prova festiva, não valeu pontos para o Mundial de Pilotos daquela temporada.
Ainda nos anos 70, destacou-se José Carlos Pace, que teve apenas uma vitória na Fórmula 1, justamente o GP Brasil de 1975, pilotando uma Brabham, no autódromo paulista. O segundo lugar foi de Emerson Fittipaldi. Pace morreu em março de 1977, num acidente com o avião que pilotava, nos arredores de São Paulo.
Depois do pódio de Pace, foram oito anos sem vitória de brasileiros em casa. Quem quebrou esse jejum foi Nelson Piquet, no dia 13 de março de 1983, na prova de abertura da temporada, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Nesse ano, correndo pela Brabham, Piquet conquistou o segundo de seus três títulos mundiais (o primeiro foi em 1981; o terceiro, em 1987).
Em 1986, o GP Brasil continuava abrindo a temporada da Fórmula 1. Na prova de Jacarepaguá, Nelson Piquet, já na Williams, voltou a ganhar. Ayrton Senna (Lotus) ficou em segundo. Cinco anos depois, Senna chegaria à sua primeira conquista no país, repetindo o feito em 1993. Nas duas ocasiões, correndo pela McLaren, ele venceu em Interlagos.
Assim, lá se vão 13 anos da última vitória de um piloto anfitrião no GP Brasil de Fórmula 1. Nesse tempo, Michael Schumacher venceu quatro vezes, a primeira no dia 27 de março de 1994, quando Ayrton Senna rodou e não concluiu a prova. Um mês e quatro dias depois, Senna morreu, em acidente no GP de San Marino. Depois de 2002, Schumacher não voltou mais ao primeiro lugar do pódio brasileiro. Nos dois últimos GPs brasileiros, venceu o colombiano Juan Pablo Montoya, que, em julho passado, se afastou da Fórmula 1, quando corria pela McLaren.
Rei do Rio
É o francês Alain Prost o grande vencedor de GPs brasileiros, com seis conquistas em oito anos, entre 1982 e 1990. Foi apenas uma vitória no Autódromo de Interlagos, e as demais no de Jacarepaguá — o que lhe valeu o título de “Rei do Rio”. Nessas conquistas, Prost se revezou no cockpit de três escuderias: Renault, McLaren e Ferrari.
Ayrton Senna, morto em 1994, ainda é o líder em pole positions do GP do Brasil de Fórmula 1. Foram seis: três em GPs no Autódromo de Jacarepaguá — 1986, 1988 e 1989 — e a mesma quantidade em Interlagos — 1990, 1991 e 1994. A liderança está longe de ser alcançada, pois o mais próximo da marca de Senna, o finlandês Mika Hakkinen, tem apenas três poles, todas no autódromo paulista, em anos consecutivos, entre 1998 e 2000.
Uma curiosidade: o GP do Brasil é a única prova na história em que o ganhador foi declarado 24 horas depois. Isso aconteceu em 2003, em Interlagos, quando Kimi Raikkonen terminou em primeiro. Mas como a corrida tinha sido interrompida duas voltas antes, devido a diversos acidentes na chuva, a vitória foi dada a Giancarlo Fisichella, que corria com a Jordan.
domingo, 22 de outubro de 2006
Conheça as histórias e os campões do GP Brasil
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