sexta-feira, 14 de março de 2008

Hamilton elogia Kovalainen e evita polêmicas com Alonso

Melbourne (Austrália) - O clima de cordialidade tomou conta da entrevista coletiva que abriu oficialmente a temporada 2008 da Fórmula 1. Acompanhado por Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, Lewis Hamilton elogiou a relação com seu novo companheiro de equipe, Heikki Kovalainen, e preferiu não polemizar com o antigo parceiro, Alonso.

Perguntado sobre o relacionamento com o jovem finlandês, que assim como Alonso chega à McLaren após uma passagem pela Renault, Hamilton teceu elogios: “Muito bom. Ele se assentou bem na equipe e parece estar gostando muito. Ele jogou tênis e manteve a forma comigo recentemente, e estamos indo muito bem”.

O piloto inglês não acredita que a falta de experiência da dupla seja motivo para preocupação. “Isto não é um problema e não acho que será. Ele já tem uma ótima carreira e muita experiência como tenho eu. Nós dois estamos entrando em nossas segundas temporadas na Fórmula 1 e temos a mesma fome de vitórias e de levar a equipe adiante. Acho que é muito bom que estejamos mirando na mesma direção”, comentou.

Hamilton disse ainda que foi um “privilégio” ter dividido boxes com Alonso, com quem teve uma relação problemática. “Heikki foi bem-vindo na equipe assim como foi Fernando. Obviamente é diferente; quando você tem dos títulos mundiais, quando você entra em sua primeira temporada e há alguém a quem você assistiu por tantos anos, você vir e trabalhar com ele é um privilégio”. “Deste ponto de vista, é uma vergonha ele não estar mais lá (na McLaren), mas é um novo desafio para mim e para Heikki. Tendo outra pessoa na equipe, você sempre aprende algo novo, então eu tenho esta oportunidade”, ressaltou.

Alonso minimiza falta de controle de tração

Melbourne (Austrália) - Fernando Alonso considera exagerados os inúmeros questionamentos acerca das mudanças no regulamento da Fórmula 1 para esta temporada. Em entrevista coletiva concedida em Melbourne, o piloto espanhol garantiu que ir à pista sem o controle de tração não é tão diferente como muitos imaginam.

“(Interfere) menos do que eu pensava. A primeira vez em que dirigi, em Jerez, estava esperando mais problemas do que tivemos, declarou. “Em uma corrida longa é claro que você sente a perda de tração e a estabilidade dos freios não é nada grande, mas é parecido com o que tivemos no ano passado. Então, como eu disse, não é uma grande dificuldade”, avaliou, para depois entrar em mais detalhes.

“Mas isto ainda muda de circuito para circuito. Em alguns deles, não há muita diferença comparado ao ano passado, e em outros há um pouco mais. Então eu imagino que cada pista será diferente e talvez lugares como Mônaco terão uma diferença maior”, disse, utilizando o travado circuito de rua de Monte Carlo como parâmetro.

Alonso confirmou também que os trabalhos no desenvolvimento dos carros diminuem ainda mais as diferenças: “Todos os times estão trabalhando nesta direção, para tentar conseguir as características mecânicas e aerodinâmicas que perdemos devido à eletrônica. Então é claro que, com o ajuste e as outras coisas em volta do carro, estamos tentando lidar com esta perda”.

Por fim, o espanhol preferiu minimizar as discussões que rondam a temporada de 2009, quando ainda mais mudanças no regulamento estão previstas, como altas limitações nos orçamentos das equipes. “Não estou interessado nestas regras e nestes limites de gastos. Acho que, se for a melhor coisa e todos os times concordarem no assunto, é porque eles acham que será o melhor para nosso futuro”. “Isto é tudo. Acho que, do ponto de vista do piloto, enquanto tivermos em mãos um carro e formos capazes de dirigir e desfrutar das corridas, o resto não é muito”, concluiu.

Ainda posso contribuir, diz Dennis

Melbourne (Austrália) - Terminada a onda de especulações acerca de seu futuro na Fórmula 1, Ron Dennis justificou a permanência no comando da McLaren dizendo que ainda tem muito a contribuir para a equipe. Nas últimas semanas, muito se comentou que a perda do título no ano passado somado ao escândalo de espionagem que abalou a categoria poderia ocasionar a renúncia de Dennis.

Falando pela primeira vez desde que decidiu seguir como chefe-de-equipe, Dennis confirmou que pensava em deixar a categoria. “Há muitas coisas que as pessoas não entendem realmente e que aconteceram durante os últimos meses. No início da última temporada, pensei bastante se esta seria a minha última indo às corridas, simplesmente porque estou há muito tempo nisto”, comentou.

“Mas havia outras coisas que se apresentaram e me fizeram pensar. Não sentia que tinha que compartilhar com alguém, e não entendo por que isto se tornou um assunto público”, revelou. “Este é um processo pelo qual passo a cada ano, e por alguma razão ganhou um pouco mais de publicidade”.

“Meu esforço, dedicação e foco é fazer crescer a McLaren como marca. (Minha decisão de ficar) é algo que se tornou muito maior do que realmente é. Sou apenas um cara que ama ir a corridas e, se eu não sentisse que tenho algo positivo para contribuir, então não estaria aqui”, garantiu.

Dennis chamou a atenção para o diretor-executivo da McLaren, Martin Whitmarsh, tratado por todos como seu sucessor. “Eu vou continuar como chefe-de-equipe, mas esta é a menor parte do meu trabalho – e uma parte que Martin definitivamente quer daqui a um tempo, mas ele ainda terá que esperar um pouco mais”, explicou Dennis, que também é sócio da escuderia.

Perguntado se está feliz por iniciar a temporada deixando para trás as especulações e os problemas da última temporada, Dennis disse que não pensa mais sobre o passado: “Estou olhando para o futuro. Fizemos um carro muito bom, os caras fizeram um ótimo trabalho, estamos aqui para competir no Grande Prêmio da Austrália, e todos os meus esforços e focos estarão sobre esta corrida”.

Kimi Raikkonen nega favoritismo ao bicampeonato

Alonso minimiza falta de controle de tração



Melbourne (Austrália) - Fernando Alonso considera exagerados os inúmeros questionamentos acerca das mudanças no regulamento da Fórmula 1 para esta temporada. Em entrevista coletiva concedida em Melbourne, o piloto espanhol garantiu que ir à pista sem o controle de tração não é tão diferente como muitos imaginam.

“(Interfere) menos do que eu pensava. A primeira vez em que dirigi, em Jerez, estava esperando mais problemas do que tivemos, declarou. “Em uma corrida longa é claro que você sente a perda de tração e a estabilidade dos freios não é nada grande, mas é parecido com o que tivemos no ano passado. Então, como eu disse, não é uma grande dificuldade”, avaliou, para depois entrar em mais detalhes.

“Mas isto ainda muda de circuito para circuito. Em alguns deles, não há muita diferença comparado ao ano passado, e em outros há um pouco mais. Então eu imagino que cada pista será diferente e talvez lugares como Mônaco terão uma diferença maior”, disse, utilizando o travado circuito de rua de Monte Carlo como parâmetro.

Alonso confirmou também que os trabalhos no desenvolvimento dos carros diminuem ainda mais as diferenças: “Todos os times estão trabalhando nesta direção, para tentar conseguir as características mecânicas e aerodinâmicas que perdemos devido à eletrônica. Então é claro que, com o ajuste e as outras coisas em volta do carro, estamos tentando lidar com esta perda”.

Por fim, o espanhol preferiu minimizar as discussões que rondam a temporada de 2009, quando ainda mais mudanças no regulamento estão previstas, como altas limitações nos orçamentos das equipes. “Não estou interessado nestas regras e nestes limites de gastos. Acho que, se for a melhor coisa e todos os times concordarem no assunto, é porque eles acham que será o melhor para nosso futuro”. “Isto é tudo. Acho que, do ponto de vista do piloto, enquanto tivermos em mãos um carro e formos capazes de dirigir e desfrutar das corridas, o resto não é muito”, concluiu.