sábado, 31 de julho de 2010

Desempenho no treino livre anima Lucas para corrida





Piloto da Virgin foi o melhor entre as equipes novatas na sessão que precedeu o treino classificatório e acredita em boa performance neste domingo (1º)

O tempo de 1min24s547 colocou Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa) como o piloto mais rápido entre as equipes estreantes no terceiro treino livre visando o Grande Prêmio da Hungria, 12a etapa do Mundial de Fórmula 1. Desempenho que animou o brasileiro não só para a sessão classificatória que aconteceu neste sábado (31) no circuito de Hungaroring, como também para a corrida de amanhã. O GP terá transmissão ao vivo pela Rede Globo, a partir das 9 horas de Brasília.


Lucas tentava repetir a performance na primeira parte do treino de classificação, quando escapou da pista e danificou a parte de baixo do carro. "Arrisquei demais e cometi um erro na minha primeira saída, dei uma escapada isso destruiu meu assoalho. Como não dava para trocar a peça durante o treino, até tentei sair de novo, mas o carro perdeu muito downforce e não pude melhorar meu tempo", afirmou o estreante, que larga amanhã do 22º lugar.

Entretanto, o desempenho demonstrado nos treinos realizados neste sábado fazem o brasileiro alimentar boas expectativas para a prova. "Nosso carro está bom. A exemplo da terceira sessão livre, em que fui o mais rápido entre as novatas, a equipe colocou um carro novamente à frente das Lotus. Apesar de as ondulações da pista não favorecerem o nosso conjunto, temos demonstrado bastante crescimento", apontou.

Di Grassi tem se notabilizado por fazer boas largadas e conquistar um bom número de colocações nas primeiras voltas das corridas. No GP da Alemanha, por exemplo, Lucas teve de largar do 24º lugar como punição por ter trocado o câmbio, e no final da primeira volta ocupava a 16ª posição. "Vou me concentrar em largar bem novamente, ganhar o máximo de colocações possível. A idéia é ter um carro tão bom quanto tive no terceiro treino livre", destacou.

"A corrida é bem longa, muita coisa pode acontecer entre as equipes novatas. O principal é permanecer na pista, fazer uma boa estratégia e disso, tirar um resultado que nos coloque novamente na frente da Lotus e da Hispania", afirmou.

Lucas Di Grassi no Twitter: www. twitter.com/lucasdigrassi

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Vettel domina 2º treino livre na Hungria; Massa é o 4º




Hungaronring (Hungria), 30 jul (EFE).- O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, voltou a dominar os treinos livres para o GP da Hungria de Fórmula 1 nesta sexta-feira ao fazer a volta mais rápida na segunda sessão (1min20s087).


Vettel já havia sido o melhor no primeiro treino, quando marcou 1min20s976.

O segundo melhor tempo da sessão vespertina em Hungaroring foi do espanhol Fernando Alonso (1min20s584), que superou seu companheiro de Ferrari, o brasileiro Felipe Massa (1min20s986), o quarto melhor do treino.

O australiano Mark Webber, da Red Bull, ficou em terceiro, com 1min20s597. Rubens Barrichello (Williams) foi superado por seu companheiro de equipe, o alemão Nico Hulkenberg (8º), ao fazer a 12ª melhor volta (1min21s844). Lucas Di Grassi, da Virgin, foi o 21º (1min25s669), e Bruno Senna, da Hispania, o 22º (1min26s745).

Confira os melhores tempos da 2ª sessão de treinos livres:.

1. Sebastian Vettel (ALE) Red Bull 1min20s087

2. Fernando Alonso (ESP) Ferrari 1min20s584

3. Mark Webber (AUS) Red Bull 1min20s597

4. Felipe Massa (BRA) Ferrari 1min20s986

5. Vitaly Petrov (RUS) Renault 1min21s195

6. Lewis Hamilton (ING) McLaren 1min21s308

7. Robert Kubica (POL) Renault 1min21s375

8. Nico Hulkemberg (ALE) Williams 1min21s623

9. Jenson Button (ING) McLaren 1min21s730

10. Michael Schumacher (ALE) Mercedes 1min21s773

11. Pedro de la Rosa (ESP) Sauber 1min21s809

12. Rubens Barrichello (BRA) Williams 1min21s844

13. Nico Rosberg (ALE) Mercedes 1min22s039

14. Kamui Kobayashi (JAP) Sauber 1min22s212

15. Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso 1min22s469

16. Adrian Sutil (ALE) Force India 1min22s507

17. Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso 1min22s602

18. Vitantonio Liuzzi (ITA) Force India 1min23s138

19. Jarno Trulli (ITA) Lotus 1min24s553

20. Timo Glock (ALE) Virgin 1min25s376

21. Lucas di Grassi (BRA) Virgin 1min25s669

22. Bruno Senna (BRA) Hispania 1min26s745

23. Sakon Yamamoto (JAP) Hispania 1min26s798

24. Heikki Kovalainen (FIN) Lotus 1min27s705





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Vettel conquista pole position do Grande Prêmio da Hungria




BUDAPESTE (Reuters) - O alemão Sebastian Vettel conquistou neste sábado sua quarta pole position consecutiva no Grande Prêmio da Hungria, enquanto seu companheiro na Red Bull, o australiano Mark Webber, o acompanhará na primeira fila.


A sétima "pole" de Vettel na temporada também foi a 11a da Red Bull em 12 corridas, e seus carros pareciam absolutamente dominantes no circuito de Hungaroring.

A Ferrari ocupará a segunda fila, com Fernando Alonso junto ao companheiro Felipe Massa. Alonso foi 1,2 segundo mais lento que Vettel, uma diferença considerável.

O líder do campeonato de Fórmula 1, o piloto da McLaren Lewis Hamilton, se classificou na quinta posição. Seu companheiro de equipe, o campeão do mundo Jenson Button, largará na 11a posição.




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quinta-feira, 29 de julho de 2010

F-1: Em Hungaroring, times devem optar por uma parada




Confira uma análise técnica da pista húngara feita por Luiz Razia, piloto de testes da equipe Virgin

A F-1 disputa sua última etapa antes do intervalo de verão neste final de semana, na Hungria. O GP em Hungaroring, circuito localizado a 19 quilômetros da capital Budapeste, tem como característica principal o fato de ser um dos mais travados da temporada.

A corrida também tem seu conteúdo histórico: foi o palco da primeira visita da F-1 a um país da chamada "Cortina de Ferro", em 1986, e presenciou uma batalha épica entre Nelson Piquet e Ayrton Senna, que fizeram uma dobradinha na prova inaugural. O Brasil, inclusive, possui seis vitórias no local: três com Senna, duas com Piquet e uma com Rubens Barrichello.

Foi na Hungria, também, que Felipe Massa viveu o maior drama de sua carreira, ao ser atingido por uma mola na classificação do ano passado. Para este ano, a expectativa é de uma corrida com muito calor, o que resultará em chuva na sexta-feira e no sábado.

Com 4.381 metros, Hungaroring se caracteriza como um circuito de baixa velocidade com 14 curvas, sendo sete para a direita e sete para a esquerda. Para entender a influência do circuito húngaro nas diversas partes do carro, confira a análise técnica feita pelo baiano Luiz Razia, piloto de testes da equipe Virgin.

Aerodinâmica
"Na Hungria, a aerodinâmica influencia bastante, mas nada como Silverstone, na Inglaterra. O prolongamento da reta dos boxes, anos atrás, deu um bom ponto de ultrapassagem. Provavelmente vamos ver as equipes bem próximas neste circuito, já que o principal é ter um bom equilíbrio mecânico."

Motor
"Neste fim de semana, muitas equipes estarão completando o ciclo de corridas de seus motores. Quase todos usarão os propulsores dos GPs da Inglaterra e Alemanha. Veremos muita gente cautelosa com este ítem."

Freios
"A energia usada nos freios em Hungaroring é parecida com Valência. Não será um fator de muita preocupação para as equipes, mesmo com a sequência de curvas fechadas e travadas; os times devem priorizar o que é melhor para a aerodinâmica, com os dutos de freios."

Pneus
"Usaremos os modelos 122 e o 177 que são os supermacios e médios. É um pouco diferente de Hockenheim, onde usamos os compostos duro e supermacio. Acredito que a maioria dos carros que não tiveram um desempenho bom em Hockenheim irão melhorar para Hungria por causa dos pneus."

Estratégia
"Acredito que a estratégia padrão para as grandes equipes é de apenas uma parada. Elas devem largar com os supermacios e trocar pelos médios. Para as equipes pequenas, o melhor é tentar sobreviver à corrida inteira com o médio, colocando os supermacios no final. Bandeiras azuis serão um grande problema, já que a Hungria é como se fosse um kartódromo, de tão estreito, e perde-se muito tempo passando os retardatários (ou deixando os líderes passar)."

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Foto: Drew Gibson/GP2




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Di Grassi volta ao circuito de sua última pole




GP da Hungria é a 12ª etapa do Mundial de F1, local onde Lucas conquistou pódios nas duas últimas corridas lá disputadas, ainda pela GP2

Apesar de se tratar de um circuito com média de velocidade mais baixa do que as Silverstone e Hockenheim, onde foram disputadas as duas últimas provas, a pista de Hungaroring, palco da 12ª etapa da temporada 2010 do Mundial de Fórmula 1, Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa) demonstra bastante otimismo. A principal razão é o efeito positivo gerado pelas atualizações do carro, que demonstrou uma curva crescente de desempenho e permitiu ao brasileiro liderar a disputa entre os pilotos das equipes novatas durante o GP da Alemanha.

"A pista não é rápida, mas gosto de guiar lá. No último fim de semana que tive nessa pista, fiz uma pole e dois pódios", lembrou o piloto, que ano passado disputava a GP2 e acumulou um segundo e um terceiro lugares na prova húngara, caracterizada pelo forte calor nesta época do ano. "É um circuito mais lento, mas mesmo assim eu gosto de guiar lá. O calor é sempre forte, então a preparação física conta bastante sempre que corremos na Hungria", disse. Os compostos de pneus fornecidos pela Bridgestone para a prova serão os supermacios e médios.

"A pista não tem nenhuma curva de alta velocidade, é só de média e baixa. Além disso, a asfalto é bastante ondulado, então o acerto mecânico é o principal, que são as regulagens de suspensão, amortecedores, e o setup das molas. Isso vai ser muito importante", apontou Di Grassi, que tem se notabilizado por boas largadas - em Hockenheim, o brasileiro conquistou oito posições, a ponto de seu companheiro de equipe, Timo Glock, elogiar o estreante, com quem lutou pelo título da GP2 em 2007: "O Lucas me passou na largada com uma manobra brilhante".

O otimismo de Lucas se baseia no desempenho apresentado na última corrida. "Na Alemanha foi a terceira vez em quatro corridas em que eu era o mais rápido entre as equipes estreantes. Estamos numa posição muito boa para disputar com os carros da Lotus. Já estamos de igual para igual, e vamos tentar fazer o melhor em Budapeste", disse.

Dois treinos livres nesta sexta-feira (30) abrem a programação oficial do GP com transmissão ao vivo pelo canal por assinatura SporTV; sábado (31) e domingo (1º), a Rede Globo transmite, respectivamente, o treino classificatório e a corrida, ambos a partir das nove horas (de Brasília).

Confira a programação para o GP da Hungria*:

SEXTA-FEIRA (30/07):
05h00 - 1º Treino Livre
09h00 - 2º Treino Livre

SÁBADO (01/08):
06h00 - 3º Treino Livre
09h00 - Treino Classificatório

DOMINGO (31/07):
09h00 - Largada
*Horário de Brasília

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lucas faz ótima corrida até quebra do carro




Com mais uma grande largada, brasileiro novamente foi destaque entre as equipes estreantes

A 11ª etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1, realizada na manhã deste domingo (25), no circuito de Hockenheim, na Alemanha, não deixará muitas saudades para Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa). O brasileiro da Virgin Racing era o melhor entre os pilotos das equipes iniciantes, mas foi obrigado a abandonar a 17 voltas do final devido à quebra em um dos triângulos da suspensão traseira.

Apesar dos problemas com a caixa de câmbio enfrentados antes do treino classificatório deste sábado (24), Di Grassi estava confiante de que poderia fazer uma boa corrida e novamente levar a melhor na disputa entre os pilotos das equipes novatas. Lucas, que tem como uma de suas principais virtudes fazer boas largadas, mais uma vez conseguiu imprimir sua marca e deixou quatro adversários para trás logo na primeira volta, entre eles o seu companheiro de equipe, Timo Glock, e os dois pilotos da Hispania, do brasileiro Bruno Senna e do japonês Sakon Yamamoto.

O piloto andou as 21 primeiras voltas na 16ª colocação. Após a parada para troca de pneus, o competidor da Virgin Racing era o 18º, a melhor posição entre as equipes iniciantes, quando enfrentou a quebra mecânica na 51ª volta, que fez o VR-01 rodar e forçou o abandono. Apesar das dificuldades, Di Grassi ressalta a evolução de performance trazida pelas últimas atualizações do carro. "Estamos muito mais próximos da Lotus", disse o brasileiro, que já pensa na próxima etapa da competição.

"Eu tive uma largada muito boa, ganhei quatro posições logo na primeira volta e andei próximo do Heikki Kovalainen no início da prova. O carro estava se comportando bem e eu estava confiante que poderíamos bater a Lotus na corrida de hoje e ultrapassá-los após a segunda parada para troca de pneus. Passei no ressalto em uma zebra e isso acabou quebrando a suspensão e o carro ficou fora de controle. Com essa quebra, foi impossível continuar e o que poderia ter sido uma grande prova, terminou cedo para mim. No entanto, mostramos a força do nosso carro aqui na Alemanha. Estou realmente ansioso para o GP da Hungria na próxima semana", afirmou o piloto da Virgin Racing.

O espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, foi o vencedor em Hockenheim. A próxima etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 é o Grande Prêmio da Hungria, que acontece no próximo domingo, dia 1º de agosto, no circuito de Hungaroring.

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domingo, 25 de julho de 2010

Massa abre para Alonso vencer em dobradinha da Ferrari


Decepção de Felipe Massa, festa de Fernando Alonso no pódio em Hockenheim (Foto: getty image)

Ferrari manda recado, Massa abre e cede vitória a Alonso em Hockenheim

Líder da prova até a 49ª volta, brasileiro recebe ‘indireta’ pelo rádio e permite ultrapassagem do espanhol; Sebastian Vettel completa o pódio em terceiro


O domingo para os brasileiros na Fórmula 1 terminou com um gosto amargo que não era sentido há tempos. Após uma bela largada, quando superou Fernando Alonso e Sebastian Vettel para assumir a liderança do GP da Alemanha, Felipe Massa se dedicou a segurar a pressão do companheiro de equipe. Resistiu aos ataques do espanhol, que chegou a se irritar – “Isto é ridículo!” – com a resistência do brasileiro. A bravura, no entanto, caiu por terra na 49ª volta, a 18 do fim, quando a Ferrari decidiu acabar com a disputa. Rob Smedley, engenheiro de Massa, disse pausadamente, dando ênfase a cada palavra:

- Fernando está mais rápido que você. Pode confirmar que entendeu esta mensagem?

O efeito foi imediato. Felipe quase parou o carro na pista para ceder a liderança da corrida a Alonso. Com a “ajudinha” da equipe, o espanhol venceu o GP em Hockenheim, seu segundo triunfo na temporada 2010. O brasileiro chegou em segundo, seguido por Vettel, da RBR, Lewis Hamilton e Jenson Button, a dupla da McLaren. Para completar o constrangimento, Massa ainda ouviu no rádio outra mensagem do engenheiro, se desculpando pelo "incômodo":

- Boa decisão. Temos de ficar assim agora. Desculpe.


Após a bandeirada, Alonso cumpriu o protocolo, subiu no carro para comemorar e se dirigiu a Massa. A recepção do brasileiro foi fria, com tapinhas tímidos nas costas do espanhol. Nada mais que isso. Em seguida, na entrevista coletiva, Felipe seguiu a cartilha e até elogiou o trabalho da Ferrari, mas foi irônico ao ser perguntado sobre a manobra polêmica:

- Não preciso dizer nada sobre isso.

O episódio deste domingo (veja no vídeo ao lado) revive o GP da Áustria de 2002, quando Rubens Barrichello chegava para vencer a prova, e a mesma Ferrari mudou o rumo das coisas. Na ocasião, o brasileiro foi obrigado a frear bruscamente nos últimos metros para a ultrapassagem do companheiro Michael Schumacher.

Decidido pela estratégia do time italiano, o GP da Alemanha mantém o inglês Lewis Hamilton na liderança do campeonato, com 157 pontos, 15 à frente do companheiro Jenson Button, e 19 à frente de Mark Webber (sexto colocado no domingo) e Sebastian Vettel, a dupla da RBR. Com a vitória, Alonso subiu para 123 e, em quinto, se aproximou da briga pelo título. Massa é o oitavo, com 85 pontos. A próxima corrida será disputada no próximo domingo, dia 1º de agosto, na Hungria, a última antes da pausa para as férias de verão da Fórmula 1.


Rubens Barrichello, da Williams, chegou em 12º lugar no domingo. Bruno Senna, da Hispania, foi o 19º, o último piloto entre os que completaram a prova. Lucas di Grassi, da VRT, abandonou a 17 voltas do fim por problemas mecânicos.

A corrida

Mesmo com tempo nublado em Hockenheim, a ameaça de chuva passava longe do circuito antes da largada do GP da Alemanha. O duelo na corrida deveria ficar entre as RBRs de Vettel e Webber e as Ferraris de Alonso e Massa, que dominavam as duas primeiras filas.

Só que a largada se encarregou de acabar com esta expectativa. Após uma dividida de Vettel com Alonso, ainda na reta dos boxes, Massa foi inteligente e superou os dois rivais. O espanhol se manteve à frente do alemão e assumiu a segunda posição da corrida. Com um bom desempenho, os dois carros da Ferrari começaram a abrir uma boa vantagem para o alemão.

A partir daí, as emoções da corrida ficariam restritas ao duelo entre Massa e Alonso pela primeira posição. Como o espanhol tinha mais pontos no campeonato que o brasileiro, acreditava-se que a Ferrari daria uma ordem rápida para a inversão das posições, mas não foi o que aconteceu. Massa se manteve à frente, andando rápido com os pneus supermacios.

O brasileiro se manteve à frente do espanhol no primeiro trecho da corrida, sem ser muito ameaçado. Na 13ª volta, Alonso foi chamado aos boxes para seu pit stop e todos temiam que a inversão poderia ser feita no trabalho da equipe. O brasileiro entrou na volta seguinte e o temor foi afastado: a Ferrari fez o mesmo tempo de parada para ambos.

Com os pneus duros, Massa começou a ter problemas com o aquecimento da borracha. Alonso se aproximou rapidamente do brasileiro, que travava as rodas em excesso. Na 21ª volta, o espanhol tentou a manobra no hairpin do circuito, mas Massa defendeu exemplarmente e se manteve à frente. O bicampeão da F-1 não desistiu e tentou novamente na passagem seguinte, mas sem sucesso.

Pressionado, Massa finalmente conseguiu dar a temperatura ideal a seus pneus e encaixou uma série de cinco voltas muito rápidas, abrindo quase quatro segundos para o espanhol. A partir daí, os dois começaram a andar no mesmo ritmo. Eles se revezavam nas voltas mais rápidas, mas a vantagem permanecia na casa dos três segundos.

A partir da 39ª volta, Massa começou a perder terreno para Alonso, que andava muito bem no primeiro e terceiro setores da pista. O espanhol reduziu a desvantagem para menos de um segundo, quando a comunicação por rádio com o brasileiro foi mostrada na transmissão oficial da TV. Uma ordem da equipe, codificada, mandava que ele cedesse a posição ao companheiro.

Na 49ª volta, Massa quase parou seu carro na pista para deixar que Alonso o ultrapassasse. Relegado à segunda posição, o brasileiro recebeu um pedido de desculpas de Rob Smedley, seu engenheiro na equipe italiana. O espanhol, então, começou a andar mais forte, meio que como para justificar a decisão da Ferrari, enquanto Massa apenas mantinha seu ritmo.

Alonso então teve tranquilidade para cruzar a linha de chegada em primeiro. Massa cruzou quatro segundos atrás, mas não chegou a ser ameaçado por Vettel, que completou em terceiro. O alemão chegou até a fazer voltas mais rápidas na parte final, mas não foi suficiente para lhe deixar em condições de tentar uma ultrapassagem sobre o brasileiro.

Confira o resultado final do GP da Alemanha (306,458km):

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 67 voltas em 1h28m38s866
2 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 4s196
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 5s121
4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 26s896
5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 29s482
6 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 43s606
7 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 1 volta
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
9 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
10 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
11 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
12 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta
13 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 1 volta
14 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
15 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
16 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - a 2 voltas
17 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 2 voltas
18 - Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - a 3 voltas
19 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 4 voltas

Não completaram:
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 11 voltas/mecânico
Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - a 17 voltas/mecânico
Sakon Yamamoto (JAP/Hispania-Cosworth) - a 48 voltas/mecânico
Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 64 voltas/mecânico
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 66 voltas/acidente

Melhor volta: Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m15s824, na 67ª

Ferrari manda, Massa abre e Alonso vence na Alemanha

Exatamente um ano após quase morrer durante o treino classificatório do GP da Hungria, Felipe Massa tinha tudo para voltar em grande estilo às vitórias: com uma bela largada e segurando com habilidade os ataques de Fernando Alonso, o brasileiro liderou os primeiros dois terços do GP da Alemanha. Mas aí veio uma ordem da Ferrari...


"Fernando é mais rápido do que você", informou Rob Smedley, engenheiro de Felipe, pelo rádio, de forma bem pausada. Na volta 49, o brasileiro mostrou que entendeu o recado e, na saída do hairpin, quase freou o carro para Alonso passar. Até então, o bicampeão, de fato, era um pouco mais rápido que ele, mas não foi capaz de efetuar a ultrapassagem.

Pouco depois do primeiro pit stop de ambos, Alonso já havia reclamado, sob a alegação de que o paulista estava mais lento na pista: "Isto é ridículo!". Massa ignorou e respondeu na pista, com volta rápida atrás de volta rápida. Fernando deu o troco e iniciou-se um belo duelo entre os dois, interrompido por uma marmelada semelhante à vista no GP da Áustria de 2002, quando Rubens Barrichello parou praticamente em cima de linha de chegada para Michael Schumacher vencer.

Com o resultado, o espanhol chega aos 123 pontos, se inserindo novamente na luta pelo título. Terceiro colocado neste domingo, Sebastian Vettel tem 136, o mesmo número de seu parceiro de Red Bull, Mark Webber, o sexto - o australiano leva vantagem por ter uma vitória no campeonato. A liderança do campeonato segue com Lewis Hamilton, quarto em Hockenheim, com 157. Jenson Button, que foi o quinto, tem 143 e ainda é o vice-líder.

No lugar em que venceu pela primeira vez na Fórmula 1, há dez anos, Rubens Barrichello fez uma corrida ruim: após perder três posições na largada, ele não se recuperou e foi apenas o 12º colocado. Bruno Senna, por sua vez, apareceu em 19º e último, enquanto Lucas di Grassi abandonou.

A corrida

Precisando de um bom resultado para espantar a má fase, Massa se aproveitou da rivalidade entre Vettel e Alonso para se dar bem na largada. Pole-position, o alemão se preocupou apenas em espremer o bicampeão mundial contra o muro, deixando o caminho livre para o brasileiro assumir a liderança.

Lá atrás, Lucas di Grassi e Bruno Senna se deram bem com uma confusão envolvendo os carros da Toro Rosso e da Force India, fechando a primeira volta respectivamente em 16º e 17º lugar. Por outro lado, Rubens Barrichello não se deu tão bem e caiu da oitava para a 11ª colocação.

O piloto da Red Bull foi o primeiro dos ponteiros a trocar pneus, na volta 13. Na passagem seguinte, foi a vez de Fernando Alonso, enquanto Massa passou nos boxes na 15ª volta. O paulista até voltou na frente do companheiro de equipe, mas, com pneus duros, passou a ser fortemente pressionado pelo espanhol.

A ultrapassagem quase veio na volta 21, mas Felipe se defendeu bem, provocando a ira de Alonso. "Isso é ridículo!", bradou o piloto pelo rádio, reclamando que o parceiro estava mais lento. O brasileiro ignorou a reclamação e respondeu na pista, finalmente se adaptando aos compostos duros e pisando fundo.

A partir da 30ª volta, Alonso reagiu. A disputa particular entre os dois pelas melhores voltas durou até a 49ª passagem, quando Felipe abriu para Massa passar. A Ferrari jura que o brasileiro estava com problemas e Vettel começava a ameaçar a dobradinha da Ferrari. Os torcedores, porém, não concordaram e nem Niki Lauda. "Vergonha", comentou o tricampeão mundial após a prova.

Nas últimas voltas, Fernando reinou sozinho na ponta, enquanto Massa se preocupou com Vettel. O alemão, porém, não chegou a tentar o ataque e a grande "emoção" dos minutos finais foi o abandono de Lucas di Grassi, que rodou sozinho e abandonou na volta 61.




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GP da Alemanha


  • Circuito:Hockenheimring
  • Data:25 Jul 2010
  • Nº de voltas:67
  • Volta no circuito:4.574m
  • Total do percurso:306.458 km

Estatísticas

  • Melhor volta1m13s780 - Kimi Raikkonen - 2004
  • Provas realizadas31
  • Último vencedorMark Webber

Infográfico

Histórico

O circuito de Hockenheim foi construído em 1939 pela Mercedes para testar os seus carros. Atualmente, a pista é a mais longa e mais rápida da F1. Para aumentar a emoção tem três chicanes de baixa velocidade e um trecho super-difícil no Stadium. Ela substituiu Nurburgring como sede do GP de Alemanha em 1977, após o gravíssimo acidente de Nick Lauda. Hockenheim sediou o GP de 1970, e nos últimos anos tem tido uma presença intermitente no calendário da F1 (foram disputados lá os GPs de 1970, 1977–1984, 1986–2006 e 2008). Em 2002, a pista sofreu uma grande reforma para evitar os problemas de umidade na área que passava pela floresta. O traçado é uma dura prova para os motores que ficam o tempo todo nas rotações máximas. Sair na pole é uma grande vantagem.