sábado, 3 de maio de 2008

Webber faz duras críticas à Curva Nove do circuito

São Paulo (SP) - Amigo de Heikki Kovalainen e membro da Associação de Pilotos de Grande Prêmios, o australiano Mark Webber dedicou a última edição de sua coluna na BBC para falar do acidente sofrido pelo finlandês no último final de semana, na curva nove do circuito espanhol da Catalunha. Para o piloto da Red Bull, este é o pior trecho do circuito.

“É realmente desagradável ver um carro debaixo da barreira de pneus. A primeira coisa a se dizer é que a escapatória da curva é muito curta e alguém tem que revisar isto porque qualquer erro ali pode causar um grande acidente. Se o problema de Heikki tivesse começado dois segundos mais tarde, ele teria como controlar o carro, mas tudo ocorreu na pior parte do traçado”, destacou.

Webber ainda disse que já tinha inspecionado o lugar na quinta-feira, com uma scooter. “Fui ver a barreira de pneus porque nos testes o Sebastien Bourdais havia batido a uns cinco metros dali. Ele cometeu um erro, enquanto Heikki teve uma falha no carro, mas o resultado foi o mesmo. O problema de Kovalainen foi o ângulo da batida”, analisou o piloto.

“A primeira coisa que fica exposta nesta situação é sua cabeça”, completou Webber, que já bateu duas vezes a mais de 300km/h em Le Mans. “Com a experiência, você percebe quando o carro falhou e se prepara para a batida. A impressão é der estar no colo dos deuses. Você não tem nenhuma influência sobre como o carro vai bater e só espera. Tudo fica mais lento. No primeiro acidente, eu só pensava na minha irmã, que tinha um bebê. Na segunda vez, imaginei que não teria mesma sorte duas vezes. Só queria que fosse rápido e eu não tivesse muita dor”, comentou.

Toyota espera ter aprendido lição com erro de comunicação

São Paulo (SP) - Uma cena, no mínimo, curiosa chamou atenção no GP da Espanha, no último final de semana. Já na parte final da prova, o alemão Timo Glock se envolveu em um acidente com David Coulthard, da Red Bull, e teve o aerofólio dianteiro danificado. Ao ver as imagens pela TV, a equipe se confundiu e chamou Jarno Trulli, o outro piloto do time, aos boxes. Resultado: o italiano caiu da sexta para a oitava posição por conta da parada desnecessária.

“Nós só havíamos programado duas paradas para Jarno, mas ele entrou nos boxes uma terceira vez por conta de uma confusão na comunicação com ele e Timo Glock. Quando nos demos conta do erro, mandamos ele seguir passar direto no pit lane, mas aí ele já havia perdido duas posições”, lamentou Noritoshi Arai, diretor de coordenação técnica da equipe.

O jeito, então, é fazer de tudo para que falha semelhante nunca mais se repita. “Só posso dizer que a equipe é a única responsável por este erro. Por que isto aconteceu e como fazer para evitar que isso não aconteça de novo? Com certeza, isso será tema de muitas deliberações dentro da Toyota. Aprendemos bem a lição”, garantiu Arai. Em tempo: Glock entrou nos boxes pouco depois de Trulli e teve a peça trocada, terminando a corrida na 11ª posição.

Trulli também falou sobre o erro bizarro de sua equipe, mas ao menos publicamente procurou minimizar o ocorrido. “Não foi uma corrida fácil, mas estava indo bem na sexta posição quando a equipe me mandou parar. São coisas que podem acontecer, mas pagamos com pontos preciosos”, afirmou.

Teixeira revela antigo plano com a Toro Rosso, mas descarta F-1

Londres (Inglaterra) - O bilionário sul-africano Tony Teixeira negou nesta quarta-feira que tenha planos para adquirir uma equipe de Fórmula 1 a curto prazo. Presidente da equipe de seu país na A1GP, Teixeira admitiu ter negociado com escuderias do circo no final de 2007, mas reconheceu que as dificuldades para comprar um dos chamados carros-cliente acabaram dificultando as conversas.

“Queríamos uma equipe da A1 na Fórmula 1, onde nossos pilotos vencedores tivessem uma chance de correr. Afinal, nos últimos tempos, a aspiração dos meninos tem sido sempre correr na Fórmula 1”, disse, em entrevista à agência Reuters, o magnata que teve seu nome ligado a equipes como Spyker e Toro Rosso, e que descartou a possibilidade de entrar na categoria máxima do automobilismo com chassi próprio.

“Queríamos correr entre os dez melhores. E a única maneira de conseguir isso é com carros-cliente. Em outras palavras, seríamos uma Ferrari B, e é por isso que eu pretendia comprar a Toro Rosso”, revelou.

O próprio magnata sul-africano revelou que pretendia comprar a Spyker, porque já tinha planos de fornecimento de motores com Ferrari. No entanto, atendendo a pedidos do próprio Bernie Ecclestone, que pretendia integrar a Índia ao cenário automobilístico, Teixeira cedeu as negociações com o time holandês e correu atrás do time B da Red Bull, favorecido pelo acordo da STR com a própria Ferrari.

“Sentei-me com a Toro Rosso e estivemos próximos de um acordo, mas a Fórmula 1 mudou as regras: sem carros-cliente. Saí quando eles alteraram o regulamento”, disse o empresário. “Isso também afastou a Prodrive, que seria a McLaren B”, lembrou.

Bruno Senna se dá ultimato para chegar à F-1: “É agora ou nunca”


Dublin (Irlanda) - Bruno Senna já não esconde a sua ansiedade de chegar à Fórmula 1. Com um bom desempenho guiando a iSport na GP2, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, cuja morte completa 14 anos nesta quinta-feira, Bruno definiu que 2008 será decisivo no seu objetivo de seguir os passos do parente famoso e chegar à principal modalidade do automobilismo mundial.

“Este ano é o mais importante da minha carreira. É agora ou nunca”, definiu o piloto de 24 anos ao jornal irlandês Irish Sun, colocando o título na temporada como fundamental para sua ascensão. “Se eu conseguir ser campeão da GP2, posso ter a oportunidade de chegar na Fórmula 1 no ano que vem”, estimou.

Apesar da vontade em disputar corridas com os grandes nomes do automobilismo, Bruno demonstra ambição e, quando chegar à Formula 1, quer se candidatar a conquistar o campeonato. Mas, para isso, admite que é preciso experiência que ainda lhe falta.

“Quero ter sucesso, não apenas estar na Fórmula 1. Mas estou apenas no meu quarto ano. Existem pessoas com mais experiência e toda experiência conta”, comentou, sem, no entanto, citar seus ídolos na atual Fórmula 1. “Minha personalidade não me permite essa admiração porque, se tiver chance, vou brigar contra qualquer piloto”. No momento, Bruno soma 11 pontos na temporada da GP2 e divide a liderança com Álvaro Parente.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Há 14 anos, morria Ayrton Senna



Há exatos 14 anos, o Brasil perdia um dos seus maiores ídolos. No dia 1º de maio de 1994, Ayrton Senna não resistiu à pancada no muro de proteção da curva Tamburello com sua Williams a mais de 200km/h. Poucas horas depois do acidente, sua morte era confirmada no Hospital Maggiore, em Bolonha, na Itália.

O tricampeão mundial de Fórmula 1 em 1988, 1990 e 1991 havia largado na pole position do GP de San Marino, em Imola. A quebra na barra de direção o deixou como “passageiro” em seu carro na terceira etapa da temporada. O brasileiro liderava com Schumacher em segundo lugar na sétima volta, quando aconteceu o acidente fatal. A luta dos médicos para mantê-lo vivo durou 17 minutos. Senna foi declarado morto às 18h40m, hora local (13h40m de Brasília), no Hospital Maggiore, em Bolonha.

No Brasil, 250 mil pessoas acompanharam o enterro do ídolo no dia 5 de maio, no cemitério do Morumbi. Mais de cem mil pessoas passaram pelo velório, no salão nobre da Assembléia Legislativa de São Paulo. Seu caixão foi levado ao túmulo por 15 pilotos e ex-pilotos, entre eles Émerson, Wilson e Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello, Alain Prost, Jackie Stewart e Gerhard Berger.

Ayrton Senna Silva nasceu, em São Paulo no dia 21 de março, de 1960. Começou a carreira no kart, aos 13 anos. Passou pela Fórmula Ford, Fórmula 2000 e Fórmula 3 Inglesa, antes de ingressar na Fórmula 1. Na principal categoria do automobilismo, o tricampeão conquistou 41 vitórias e 65 pole positions e tem seu nome gravado entre os mais importantes pilotos da história da Fórmula 1.

domingo, 27 de abril de 2008

Haikkonen vence e Felipe Massa fica em segundo


Raikkonen vence com tranquilidade, seguido de Massa

Barcelona (Espanha) - Há uma brincadeira nos paddocks da Fórmula 1 que diz que quando Michael Schumacher acompanha uma corrida in loco no circuito, Kimi Raikkonen tem azar na pista. Porém, isso não aconteceu na edição 2008 do GP da Espanha. Mesmo com o heptacampeão nos boxes da Ferrari, o finlandês fez uma de suas melhores corridas desde que chegou à escuderia de Maranello e venceu os rivais com grande superioridade, ampliando ainda mais sua vantagem no Mundial de Pilotos.

A segunda posição ficou com Felipe Massa, que ultrapassou Fernando Alonso logo na largada, em seu melhor momento na prova. Depois, mesmo tendo largado mais leve que o companheiro de Ferrari, não conseguiu acompanhar o forte ritmo do finlandês para fazer a ultrapassagem nos boxes. Em terceiro lugar, apareceu Lewis Hamilton, cujo maior mérito neste domingo foi conseguir segurar os ataques de Robert Kubica, que terminou em quarto.

Quem não levou sorte na abertura da temporada européia da Fórmula 1 foram Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet. Mais uma vez na temporada, Barrichello teve problemas nos boxes. Desta vez, ao menos, ele não ultrapassou farol vermelho: ao sair do pit depois de sua primeira parada, ele se tocou com Nick Heidfeld e perdeu o bico do carro.

Detalhe: o safety car estava na pista por conta de uma forte batida sofrida por Heikki Kovalainen, que escapou na curva 9 a cerca de 230km/h. O finlandês foi levado ao hospital, mas tem situação estável e passa apenas por exames de rotina.

Rubinho ainda tentou continuar na prova, mas não teve condições e não conseguiu completar sua 256ª corrida na Fórmula 1, prova em que igualou o recorde de Riccardo Patrese como o piloto que mais etapas disputou na categoria. Já Nelsinho Piquet terá boas lembranças apenas do treino classificatório do GP da Espanha. Depois de largar entre os top 10 desde que estreou na Renault, ele foi passear na caixa de brita logo nas primeiras voltas. Tentou se recuperar e ia fazendo uma bela ultrapassagem sobre o francês Sebastien Bourdais, mas teve a porta fechada e abandonou ainda na sétima volta.

Em termos de ultrapassagens, a corrida em Barcelona teve o esperado: algumas tentativas e quase nenhum sucesso. A exceção ficou por conta de Heidfeld, que no final da corrida passou Giancarlo Fisichella por fora, e ganhou a 11ª posição. O êxito deste domingo foi o segundo de Kimi Raikkonen na temporada, que também venceu pela segunda vez em Barcelona. Além disso, como vem acontecendo desde 2001, o pole-position venceu o GP da Espanha. A temporada da Fórmula 1 segue no dia 11 de maio, com a disputa do GP da Turquia, onde, ao que o momento e as características do circuito indicam, a Ferrari deve dominar novamente.

Acidente bizarro tira Rubinho de prova na Espanha

F1

Barcelona (Espanha) - Na prova em que iguala o recorde de Riccardo Patrese como o piloto que mais corridas disputou na Fórmula 1 (256), Rubens Barrichello se envolveu em um acidente bizarro e abandonou. Aproveitando a entrada do safety car na pista por conta do acidente com Heikki Kovalainen, o brasileiro foi para os boxes, mas 'disputou posição' com Nick Heidfeld ainda no pit lane e perdeu o bico do carro.

Após completar uma volta inteira com o carro avariado, Rubinho trocou a peça, mas caiu da 11ª para a 16ª posição, e não teve condições de prosseguir. O piloto da BMW Sauber, por sua vez, foi obrigado a passar novamente pelos boxes para cumprir punição. Minutos depois, tristeza para a torcida espanhola: com um problema de motor, Fernando Alonso abandonou a corrida em casa. Mesmo assim, saiu aplaudido pelos 130 torcedores.

As primeiras colocações seguem ocupadas por Kimi Raikkonen, Felipe Massa e Lewis Hamilton. Kovalainen, por sua vez, foi levado de helicóptero para o hospital, mas ainda na maca fez um sinal de positivo mostrando que tudo estava bem.

Nelsinho abandona e chega à quarta corrida sem pontuar

F1

Barcelona (Espanha) - Depois de fazer uma largada correta, Nelsinho Piquet, então décimo colocado, prejudicou sua prova ao ir passear na caixa de brita momentos depois de o safety car sair da pista. Na volta, caiu para as últimas colocações do grid.

Ansioso para recuperar as posições, o brasileiro ia fazendo uma bela ultrapassagem sobre o francês Sebastien Bourdais, quando teve a porta fechada. Ele acabou tocado no carro e foi obrigado a abandonar. Desta forma, o estreante na F1 completou sua quarta corrida na temporada sem pontuar.

Kovalainen é levado ao hospital por precaução

F1

Barcelona (Espanha) - Uma forte batida sofrida por Heikki Kovalainen na volta 24 do GP da Espanha causou apreensão naqueles que acompanhavam a disputa em Barcelona. Porém, de acordo com comunicado distribuído pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o piloto está bem e foi levado a um hospital próximo ao autódromo apenas por precaução.

Segundo a FIA, o finlandês está consciente passou antes por exames médicos no centro médico do circuito e aparentemente nenhuma lesão foi constatada. O piloto escapou da pista na curva nove a cerca de 230km/h depois de sua suspensão dianteira esquerda quebrou repentinamente. Heikki então virou passageiro no próprio carro e foi parar debaixo da barreira de pneus.

Por não conseguirem ter acesso ao piloto, os fiscais de prova ficaram bastante agitados. Somente um guindaste conseguiu puxar a McLaren de Kovalainen. Porém, na hora que foi retirado de maca, o piloto fez um sinal de positivo para as câmeras.