segunda-feira, 18 de abril de 2011

Após início ruim, presidente da Ferrari exige reação: 'Um momento delicado'

Luca di Montezemolo diz que desempenho está muito aquém do esperado


Maranello, Itália
felipe massa alonso ferrari gp da china (Foto: agência EFE)Massa e Alonso sofrem com falhas no carro após
as três primeiras corridas de 2011 (Foto: EFE)
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, demonstrou toda a sua insatisfação com os resultados da equipe italiana nas primeiras corridas da temporada 2011 da Fórmula 1. Apesar da equipe estar na terceira posição do Mundial de Construtores, o time ainda não subiu ao pódio e tem graves problemas aerodinâmicos em seu carro, decepcionando após o bom desempenho nos testes.
O dirigente exigiu que a equipe melhore rapídamente em 2011. No último domingo, no GP da China, Felipe Massa foi o sexto e Fernando Alonso, o sétimo, após a Ferrari apostar em uma tática errada.
- É um momento muito delicado para a equipe, mas precisamos reagir imediatamente. Isto não é e nem pode ser o patamar da equipe. Espero que nossos engenheiros atuem com determinação e conhecimento, dando o máximo e colocando suas capacidades para melhorar o desempenho do carro em um tempo curto. Quero que a Ferrari esteja onde nós e nossos fãs exigem - diz Montezemolo, em entrevista ao site oficial da equipe italiana.

Alonso e a asa móvel na China

Disputa entre Fernando Alonso e Michael Schumacher durante o GP da China
Muita gente já falou comigo sobre a suposta infração de Fernando Alonso às regras de uso da traseira móvel (DRS ou Drag Reduction System, em inglês) durante a disputa do GP da China, disputado no domingo. Tudo porque o espanhol teria acionado o equipamento fora da zona de ultrapassagem quando perseguia Michael Schumacher na 23ª volta. Tudo isso aconteceu no trecho entre as curvas 14 e 16, antes da reta dos boxes.
Na hora da corrida, até notei esse movimento da asa, em um replay da transmissão (veja no fim do post) e fiquei curioso por não ter havido uma investigação. Na correria do domingo, acabei deixando este incidente de lado. Pois agora a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) explicou o incidente: um problema com Alonso causou a abertura do DRS. Segundo a entidade, o acionamento não teria ajudado e sim, atrapalhado.
Vale lembrar que a zona de ultrapassagem em Xangai começava na reta oposta, 750 metros antes da curva 14, um hairpin, e se encerrava no momento da frenagem dos carros, que automaticamente desativava o sistema. Uma falha eletrônica causou o acionamento do DRS de Alonso, que deixou a asa aberta por um curto período após a curva 14. Os comissários da FIA estão investigando a questão.
Vale lembrar que Alonso já havia sofrido com problemas no DRS no GP da Malásia, quando sua asa travou fechada na parte final da prova por causa de uma falha hidráulica. Parece mesmo não ter havido vantagem para o espanhol. Só que este acionamento fora de hora é muito perigoso. Imaginem se a asa abre no meio de uma curva de alta como a Eau Rouge? Provocaria um acidente de enormes proporções. O equipamento já provou ser eficiente para o aumento das disputas. Precisa agora confirmar a segurança em seu uso.

Em cinco capítulos, saiba como foi o GP da China, vencido por Hamilton

Confira os vídeos com os momentos marcantes da terceira prova de 2011


Parecia que seria mais um passeio da RBR. Afinal, após o treino classificatório, a diferença era grande, de sete décimos, a favor do líder Sebastian Vettel. Mas o domingo do GP da China começou diferente, com sol e temperatura agradável. Eis que o nome de Lewis Hamilton apareceu, antes da largada, com contornos dramáticos. Um vazamento de combustível quase o tirou da corrida. Mas os mecânicos da McLaren conseguiram sanar o problema no grid e ele conseguiu alinhar para a corrida em Xangai. Após uma prova inteligente com a tática de três paradas, Hamilton superou Vettel a cinco voltas do fim, quebrou a hegemonia do alemão e venceu a primeira do ano. O líder do campeonato, que sofreu com problemas no Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), foi o segundo. Após se recuperar, Mark Webber completou o pódio.
A corrida teve muitas disputas e ultrapassagens, além de seis líderes diferentes. O brasileiro Felipe Massa fez mais uma boa corrida e terminou em sexto, após apostar em uma tática ousada, de apenas duas paradas, a mesma de Vettel e Fernando Alonso. O vice-campeão de 2008 acabou chegando bem à frente do companheiro espanhol, sétimo colocado, que teve muitas dificuldades com o desgaste dos pneus Pirelli durante a corrida em Xangai. Então, vale a pena recordar, em cinco capítulos, os momentos mais relevantes do GP da China de 2011:
1) Drama nos boxes antes da largada
O GP da China começou a ganhar contornos dramáticos antes mesmo da largada. Com um vazamento de combustível em seu carro, Hamilton ficou ameaçado de precisar largar dos boxes ou até mesmo não disputar a corrida. Os mecânicos e engenheiros da McLaren iniciaram a operação para tentar solucionar o problema, trabalharam freneticamente, correndo de um lado para o outro, e o liberaram a apenas 30 segundos do fechamento dos boxes, sem uma parte da carenagem, a tampa do motor, que é dividida em duas. Finalmente, já no grid, a falha foi sanada antes da volta de apresentação e o inglês pôde começar a corrida sem muitas dores de cabeça.
2) Largada perfeita da McLaren
O sol apareceu na largada, que teve uma agradável temperatura de 22ºC em Xangai, bem diferente do tempo dos treinos livres, nublado e frio. Na saída, Vettel teve problemas no acionamento do Kers, demorou a acelerar e acabou superado pelos dois carros da McLaren, com Button em primeiro e Hamilton em segundo, que fizeram inícios perfeitos. Rosberg se manteve em quarto e Massa assumiu a quinta posição, superando mais uma vez o companheiro Alonso na largada, assim como aconteceu nos GPs da Austrália e da Malásia. O primeiro trecho da corrida teve os dois pilotos da McLaren e o alemão da RBR separados por menos de dois segundos.
3) Vettel recupera a ponta após pit
A corrida ficou mais animada após a primeira rodada de pit stops. Vettel, Massa e Alonso apostaram em uma arriscada tática de duas paradas, enquanto todos os rivais partiram para três. Hamilton, Button e Rosberg entravam nos boxes pela segunda vez para colocar os macios, o piloto da RBR e a dupla da Ferrari se mantinham na pista, nas três primeiras posições. Com a segunda parada já feita, Rosberg começou a se aproximar de Alonso e assumiu a terceira posição na 29ª. O espanhol começou a perder desempenho e acabou superado rapidamente por Button e Hamilton. Na frente, Vettel fez novo pit stop na 31ª, duas antes do espanhol da Ferrari e três antes de Massa. Os três voltariam para as primeiras posições a partir da 38ª volta, quando a janela de parada da tática de três pit stops foi aberta e a dupla da McLaren entrou.
4) Hamilton supera Massa na pista
Vettel e Massa, em primeiro e segundo, respectivamente, começaram a sofrer com o alto desgaste dos pneus Pirelli e a perder rendimento em relação a Hamilton e Button, que vinham se recuperando após a terceira parada. O brasileiro até tentou brigar contra o campeão de 2008, mas acabou sendo ultrapassado com facilidade no fim da reta dos boxes. A história se repetiu com Button, Rosberg e Webber. Massa caiu para a sexta posição, à frente de Alonso, também limitado pelo desgaste dos pneus duros na parte final da corrida. O espanhol estava mais de 12 segundos atrás do companheiro.
5) Ultrapassagem sobre Vettel no fim
Na frente, Vettel começou a ser ameaçado por Hamilton e segurou a posição por algumas voltas. Mas o alemão não resistiu à pressão e acabou cedendo a ponta na 52ª volta da corrida. O inglês da McLaren abriu rapidamente 5s2 de vantagem e pôde caminhar com tranquilidade para a primeira vitória na temporada. Com seu domínio encerrad, Vettel chegou em segundo e Webber, em terceiro, após uma bela corrida de recuperação e passar Button na penúltima volta. Massa ficou só em sexto.

Briatore acredita que problema de Fernando Alonso é o carro


Roma, 18 abr (EFE).- O ex-chefe da equipe Renault Flavio Briatore lamentou nesta segunda-feira que o piloto espanhol Fernando Alonso, seu pupilo à época da escuderia francesa, não possa obter melhores resultados na italiana Ferrari por causa de seu carro.

"O piloto é importante, mas o carro é ainda mais. Se um piloto competitivo tem um carro competitivo isso faz a diferença, mas Fernando (Alonso) não pode fazê-lo porque o problema da Ferrari é o carro", disse Briatore nesta segunda-feira em declarações à rede de televisão "Sky Sport".

O início da temporada está sendo difícil para Ferrari depois que nenhum de seus pilotos, Fernando Alonso e o brasileiro Felipe Massa, tenham conseguido subir ao pódio nas três corridas disputadas até o momento.

Para Ferrari "é impossível recuperar terreno com a Red Bull, terão de lutar pelo terceiro posto", manifestou Briatore.

No entanto, descartou que as dificuldades que atravessa a casa italiana neste início de temporada possam afastar o piloto espanhol de suas fileiras.

"Fernando quis muito estar na Ferrari. Está mais do que satisfeito com a equipe. Só precisa ter uma Ferrari mais competitiva", declarou.

Briatore considerou que a casa de Maranello tem "potencial, recursos econômicos e equipe" para melhorar a situação atual e para isso falta apenas "um pouco mais de criatividade".

A "Ferrari está atravessando um momento muito difícil e é preciso encontrar soluções", em particular para o "problema aerodinâmico", que considerou como a principal preocupação da equipe.

O ex-chefe de Fórmula 1 reconheceu que os Red Bull do alemão Sebastian Vettel e do australiano Mark Webber são "inalcançáveis" e vaticinou que o mundial de Fórmula 1 está praticamente sentenciado.

"Não é possível recuperar esta diferença e não acredito que cometam (Red Bull) os erros do ano passado. Em seis ou sete corridas terão vencido praticamente o campeonato", acrescentou. EFE

Briatore acredita que problema de Fernando Alonso é o carro


Roma, 18 abr (EFE).- O ex-chefe da equipe Renault Flavio Briatore lamentou nesta segunda-feira que o piloto espanhol Fernando Alonso, seu pupilo à época da escuderia francesa, não possa obter melhores resultados na italiana Ferrari por causa de seu carro.

"O piloto é importante, mas o carro é ainda mais. Se um piloto competitivo tem um carro competitivo isso faz a diferença, mas Fernando (Alonso) não pode fazê-lo porque o problema da Ferrari é o carro", disse Briatore nesta segunda-feira em declarações à rede de televisão "Sky Sport".

O início da temporada está sendo difícil para Ferrari depois que nenhum de seus pilotos, Fernando Alonso e o brasileiro Felipe Massa, tenham conseguido subir ao pódio nas três corridas disputadas até o momento.

Para Ferrari "é impossível recuperar terreno com a Red Bull, terão de lutar pelo terceiro posto", manifestou Briatore.

No entanto, descartou que as dificuldades que atravessa a casa italiana neste início de temporada possam afastar o piloto espanhol de suas fileiras.

"Fernando quis muito estar na Ferrari. Está mais do que satisfeito com a equipe. Só precisa ter uma Ferrari mais competitiva", declarou.

Briatore considerou que a casa de Maranello tem "potencial, recursos econômicos e equipe" para melhorar a situação atual e para isso falta apenas "um pouco mais de criatividade".

A "Ferrari está atravessando um momento muito difícil e é preciso encontrar soluções", em particular para o "problema aerodinâmico", que considerou como a principal preocupação da equipe.

O ex-chefe de Fórmula 1 reconheceu que os Red Bull do alemão Sebastian Vettel e do australiano Mark Webber são "inalcançáveis" e vaticinou que o mundial de Fórmula 1 está praticamente sentenciado.

"Não é possível recuperar esta diferença e não acredito que cometam (Red Bull) os erros do ano passado. Em seis ou sete corridas terão vencido praticamente o campeonato", acrescentou. EFE

Presidente da Ferrari define como "muito delicado" momento da escuderia


Roma, 18 abr (EFE).- Um dia depois de os pilotos da Ferrari, o brasileiro Felipe Massa e o espanhol Fernando Alonso, não conseguirem os resultados esperados no campeonato de Fórmula 1, o presidente da escuderia italiana, Luca Cordero di Montezemolo, definiu como "muito delicado" o atual momento da equipe.

Em declaração divulgada nesta segunda-feira no site da Ferrari, Montezemolo deixa claro seu descontentamento com os resultados da equipe, depois de Massa chegar na sexta posição e Alonso em sétimo no Grande Prêmio da China.

"Isto não pode e não deve ser o nível da escuderia. É um momento muito delicado", afirma o presidente da Ferrari.

"Espero que nossos técnicos atuem com determinação e saibam tirar o máximo de sua capacidade para melhorar os carros com rapidez. Quero a Ferrari ali onde todos nós e nossos torcedores queremos que esteja", conclui.

O presidente da escuderia planejou para esta segunda-feira em Maranello, a sede da equipe no norte da Itália, um longo dia de trabalho para abordar a situação que atravessa a equipe, cujos pilotos ainda não conseguiram subir no pódio nas três corridas disputadas nesta temporada.

O diretor esportivo da Ferrari, Stefano Domenicali, também já voltou da China para Maranello para participar do dia de trabalho, na qual será abordado ainda o futuro desenvolvimento do carro 150º Itália, ao que muitos responsabilizam pelo decepcionante início de temporada da escuderia italiana. EFE