sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Kimi mira dobradinha, mas admite: 'Massa precisará de sorte'

F1

Conforme admite até Kimi Raikkonen, a sorte terá de estar ao lado de Felipe Massa caso a Ferrari queira ser campeão do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 pela segunda vez consecutiva. Vendo o companheiro de equipe chegar ao Grande Prêmio do Brasil como ‘azarão’ na disputa pelo título, o finlandês promete ajudar com uma dobradinha, mas sabe que somente o imponderável pode levar o brasileiro ao triunfo, visto que até um quinto lugar favorece Lewis Hamilton.

Curiosamente, em 2007 quem encarou situação parecida à de Massa na reta final do campeonato foi o próprio Raikkonen, que tirou uma vantagem de 17 pontos em favor de Hamilton com apenas 20 tentos em disputa – especificamente em Interlagos, o inglês chegou à pista precisando de um quarto posto para faturar a taça independentemente dos resultados do nórdico e de Fernando Alonso.

Portanto, sabendo até por experiência como é depender de outros resultados para ser campeão mundial Raikkonen não tem dúvidas em afirmar que o brasileiro terá de contar com a sorte. “O Felipe precisará de sorte. No fim das contas, não cabe a nós (definir o vencedor do campeonato). Podemos fazer uma dobradinha, mas temos que ver o que vai acontecer ao fim da prova. Não temos influência direta.”.

Embora se porte apenas como um coadjuvante na reta final da Fórmula 1, o finlandês voltou a negar que veja problemas em ter a missão de auxiliar a Ferrari, no caso o companheiro, no que for possível. “A todo o momento me perguntam isso, mas é normal ter de fazer o melhor para a equipe”, disse, antes de responder às críticas recebidas por ter evitado apoiar Massa já em um primeiro momento. “Não estou interessado em saber se as pessoas gostam do que eu falo”.

Consultado ainda sobre a possibilidade de considerar o brasileiro o parceiro mais forte dentre os que ele já teve, Raikkonen preferiu despistar. “É difícil comparar, pois são carros diferentes e depende também como cada piloto se encaixa com o desempenho dos carros. O Felipe é um dos melhores”, cravou o finlandês, que em seus sete anos na categoria já teve a companhia de Juan Pablo Montoya, Pedro de la Rosa, David Coulthard e Nick Heidfeld.

Polêmica de Hamilton
A suposta auto-comparação de Lewis Hamilton com Ayrton Senna também não fugiu à pauta da entrevista coletiva realizada por um dos patrocinadores da Ferrari, em São Paulo. Nesse contexto, Kimi Raikkonen também foi convidado a comentar as palavras que o inglês jura jamais ter pronunciado.

“Não ouvi nada nesse sentido”, disse o ferrarista, mostrando considerar que o assunto não passa realmente de um boato infundado pela imprensa. “Cada um pode dizer o que quiser, porém é difícil comparar gerações diferentes”.

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