Alonso lembra que quarto lugar não é realidade da Renault

Melbourne (Austrália) - Um domingo de muita sorte. Assim Fernando Alonso pode definir sua estréia na temporada 2008 da Fórmula 1 no GP da Austrália. Depois de passar toda a pré-temporada dizendo que o carro da Renault não tinha condições de andar no grupo da frente, o espanhol terminou a corrida de abertura em uma inimaginável quarta colocação e já somou cinco pontos no Mundial de Construtores. “Terminamos nossa primeira prova com um bom resultado, o que impulsionará o time e nos dará confiança para o resto da temporada”, previu.

Entretanto, não se pode creditar o resultado ao desempenho de sua Renault. Alonso contou muito mais com os inúmeros acidentes, abandonos, penalização de Rubens Barrichello e, acima de tudo, a imperícia do finlandês Heikki Kövalainen. Depois de ultrapassar o espanhol na penúltima volta, o piloto da McLaren repetiu o erro de Lewis Hamilton no Brasil, tocou o botão que reduz a velocidade e permitiu que o bicampeão retomasse a quarta colocação. “Foram emocionantes essas últimas voltas e essa ultrapassagem, porque na verdade foram duas em uma”, ressaltou o asturiano.

Apesar do resultado surpreendente, Alonso reclamou das vezes em que o safety car entrou na pista e o acabou prejudicando. Sem falso entusiasmo, Alonso lembrou que se não fossem os abandonos sua posição seria entre oitavo e nono lugar e que, por isso, há que se ter em mente que a Renault tem que melhorar muito. “O quarto lugar está muito bom. É algo inesperado, mas não há como negar que sem nenhum abandono estaria fora da zona de pontuação facilmente. Nos falta muito por fazer e se não fizermos logo virá a decepção, provavelmente já na próxima corrida quando os carros bons de verdade chegarem ao final da corrida”, ressaltou.

O resultado dos tempos mostra que Fernando Alonso está com a razão. Seu desempenho foi 17s1 mais lento que do campeão Lewis Hamilton e nove segundos atrás do terceiro colocado, Nico Rosberg. Sua previsão é que a Renault apresente melhoras apenas no GP da Catalunha, em 27 de abril. 'Mas até lá todas as outras equipes também terão melhorado', alertou.