Luiz Razia, piloto de testes da Virgin
Foto: Alastair Staley/GP2
Foto: Alastair Staley/GP2
Tradicional circuito inglês sofre grande reforma para receber GP da Inglaterra neste domingo; Luiz Razia explica influências de pista no carro
A Fórmula 1 retorna neste fim de semana ao palco onde tudo começou. Usado como aeroporto para a Força Aérea Britânica na Segunda Guerra Mundial, o circuito de Silverstone realizou a primeira corrida da história da categoria em 1950, o GP da Europa. E, depois de 828 GPs, a pista segue firme, forte e renovada para receber os carros mais conhecidos do planeta.
Durante os 60 anos de presença no calendário da F-1, alternando algumas edições do GP da Inglaterra com as pistas de Brands Hatch e Aintree, Silverstone sofreu muitas modificações em seu traçado, mas manteve boa parte de suas curvas clássicas e o aspecto de pista rápida, considerada como sendo de média para alta velocidade.
Para este ano, a pista sofreu sua maior reforma desde 1991, incorporando o setor Arena e passando a ter 5.891 metros, contra 5.141 da versão anterior, sempre de olho nos altos padrões de exigências da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e buscando proporcionar mais pontos de ultrapassagens. Esta nova versão já foi estreada em corridas regionais e da MotoGP, sendo aprovada pela maior parte dos competidores.
Piloto de testes da equipe Virgin, o brasileiro Luiz Razia explica os efeitos que o circuito exerce em cada parte do carro, e como deve ser traçada a melhor estrategia para a corrida deste domingo, marcada para as 9h (de Brasília) e com transmissão ao vivo da Rede Globo e das rádios Bandeirantes, Joven Pan, Globo e CBN. Confira:
Aerodinâmica
"Com 5.891 metros, a pista de Silverstone depende muito da pressão aerodinâmica, mais conhecida como "downforce". Aproximadamente 90% das curvas sao contornadas em velocidades superiores a 130 km/h, e é preciso um bom equilíbrio entre as curvas rápidas e lentas. O desempenho dos carros dependerá muito do pacote aerodinâmico que cada equipe tiver à disposição neste final de semana."
Motor
"Muita gente vai usar motor novo neste final de semana, já que Silverstone é uma pista que exige bastante disso. É uma pista que vai consumir muito, também, principalmente pelo fato de a pista agora permitir que o piloto fique mais tempo em aceleração total que a anterior. Em testes no simulador, foi detectado que, em cerca de 60% do tempo de volta, o piloto ficará com o pé embaixo . Por isso, podemos classificar o motor como peça chave para esta prova."
Freios
"Apesar de o trecho novo ser composto por algumas freadas mais exigentes, os freios não serao nenhum problema para Silverstone. Afinal, passamos a maior parte do tempo é acelerando e não devemos ter problemas de superaquecimento."
Pneus e estratégia
"Apesar de ser uma pista reformada e bastante usada durante a temporada, Silverstone consome muito os pneus. A degradação talvez seja um pouco menos no caso dos pneus prime, mais duros, mas os pilotos talvez encontrem problemas com o composto macio. Este detalhe pode fazer a diferença durante a estratégia da corrida. Isso será detectado apenas nos treinos, e, se os pneus durarem bastante, as equipes podem arriscar uma única parada."
Assessoria de Imprensa Luiz Razia
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Durante os 60 anos de presença no calendário da F-1, alternando algumas edições do GP da Inglaterra com as pistas de Brands Hatch e Aintree, Silverstone sofreu muitas modificações em seu traçado, mas manteve boa parte de suas curvas clássicas e o aspecto de pista rápida, considerada como sendo de média para alta velocidade.
Para este ano, a pista sofreu sua maior reforma desde 1991, incorporando o setor Arena e passando a ter 5.891 metros, contra 5.141 da versão anterior, sempre de olho nos altos padrões de exigências da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e buscando proporcionar mais pontos de ultrapassagens. Esta nova versão já foi estreada em corridas regionais e da MotoGP, sendo aprovada pela maior parte dos competidores.
Piloto de testes da equipe Virgin, o brasileiro Luiz Razia explica os efeitos que o circuito exerce em cada parte do carro, e como deve ser traçada a melhor estrategia para a corrida deste domingo, marcada para as 9h (de Brasília) e com transmissão ao vivo da Rede Globo e das rádios Bandeirantes, Joven Pan, Globo e CBN. Confira:
Aerodinâmica
"Com 5.891 metros, a pista de Silverstone depende muito da pressão aerodinâmica, mais conhecida como "downforce". Aproximadamente 90% das curvas sao contornadas em velocidades superiores a 130 km/h, e é preciso um bom equilíbrio entre as curvas rápidas e lentas. O desempenho dos carros dependerá muito do pacote aerodinâmico que cada equipe tiver à disposição neste final de semana."
Motor
"Muita gente vai usar motor novo neste final de semana, já que Silverstone é uma pista que exige bastante disso. É uma pista que vai consumir muito, também, principalmente pelo fato de a pista agora permitir que o piloto fique mais tempo em aceleração total que a anterior. Em testes no simulador, foi detectado que, em cerca de 60% do tempo de volta, o piloto ficará com o pé embaixo . Por isso, podemos classificar o motor como peça chave para esta prova."
Freios
"Apesar de o trecho novo ser composto por algumas freadas mais exigentes, os freios não serao nenhum problema para Silverstone. Afinal, passamos a maior parte do tempo é acelerando e não devemos ter problemas de superaquecimento."
Pneus e estratégia
"Apesar de ser uma pista reformada e bastante usada durante a temporada, Silverstone consome muito os pneus. A degradação talvez seja um pouco menos no caso dos pneus prime, mais duros, mas os pilotos talvez encontrem problemas com o composto macio. Este detalhe pode fazer a diferença durante a estratégia da corrida. Isso será detectado apenas nos treinos, e, se os pneus durarem bastante, as equipes podem arriscar uma única parada."
Mapa do circuito de Silverstone
Foto: Divulgação/FIA
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