domingo, 6 de julho de 2008

Emocionado, Rubinho dedica pódio ao filho mais velho

F1

De vota ao pódio depois de três anos, Rubens Barrichello não escondeu a emoção de estar novamente entre os melhores da Fórmula 1. Assim que saiu do carro, o brasileiro correu em direção a membros da equipe que o aguardavam atrás de um cerca. A empolgação era tanta que na hora de abraçá-los a grade cedeu e todos caíram no chão.

No pódio, ele ainda reeditou a famosa sambadinha, além de ter se esbaldado com o champanhe. Na entrevista coletiva após a prova, Barrichello dedicou a vitória ao seu filho mais velho, Eduardo. “Quero dedicar este resultado para o Eduardo. Ontem, depois que eu só consegui o 16º lugar no treino, ele me ligou e disse que iria rezar para que chovesse. E parece que funcionou”, comemorou o brasileiro, que não chegava ao pódio desde o GP dos Estados Unidos de 2005, uma prova que só teve seis carros na pista por conta de um protesto das equipes que usavam pneus Michelin.

Rubinho ainda revelou que foi dele a idéia de colocar pneus para chuva forte quando todos andavam com compostos intermediários, fator decisivo para seu bom resultado. “Essa foi uma escolha minha porque antes eu estava escorrengando muito e cheguei quase a acertar o muro”, contou o piloto, recordista de corridas disputadas na história da categoria. “A equipe sabe que eu ainda me sinto jovem e estou trabalhando cada vez melhor. Amo este esporte, a velocidade e não sei viver sem isso”, destacou.

O brasileiro também contou que teve um pequeno problema durante o segundo pit stop, mas definiu a edição 2008 do GP da Inglaterra como “sensacional”. “Sei que hoje foi um dia de sorte para mim, mas nunca perdi a confiança em mim mesmo. A corrida foi perfeira e só tive um pequeno problema na segunda parada. Depois que coloquei pneus para chuva forte, comecei a ultrapssar gente por dentro, por fora... foi mágico”, destacou.

Silverstone traz muitas boas lembranças para o brasileiro, que andou bastante na tradicional pista quando estava nas categorias de base. Em 2003, ele já havia vencido o GP da Inglaterra de forma brilhante, liderando de ponta a ponta - além do êxito do brasileiro, aquela corrida entrou para a história graças à invasão do padre irlandês Cornelius Horan, o mesmo que prejudicaria o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona das Olimpíadas de Atenas, um ano depois.

“Parece que sempre chove a meu favor e esse lugar sempre me deu grandes alegrias”, destacou Rubinho, que agora chega a 11 pontos no Mundial de Pilotos, enterrando de vez a última temporada, quando não terminou na zona de pontuação uma vez sequer.

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